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sexta-feira, 15 de abril de 2011

O RETORNO.

                                               O RETORNO.

            O viajante anda sempre pêlos caminhos programado para a sua vida, sejam eles de provas, de expiação, e ou cumprindo a sua missão, porém, todos escolhidos por ele.
            Durante o trajeto que percorre, muitas são as descidas que o desviaram da rota traçada antes da sua chegada. Muitos erros, tropeços, atrasos, dores, desenganos, revoltas, perdas, perseguições foram às situações encontradas.
            Por quê?
            Qual a causa?
            O que fez por merecer tantas situações desagradáveis?
            Nem ele saberia responder.
            Com o orgulho ferido, distanciaram-se cada vês mais dos seus objetivos para essa existência, a sua evolução. Não enxergava nada de melhor no caminho a seguir, temperança mentais afetavam a sua consciência, faltavam-lhe provisões de fé e de amor para alimentá-lo com toda a força, e, acertadas decisões e útil dedicação para reencontrar-se.
            Assim, seguiu ele os seus dias desencantados, cansando, oprimido, fatigado na escuridão dos seus sentimentos, pois, enuviados de ilusões estavam os seus pensamentos.        Quanto mais se lamuriava sobre suas provas, mais pesados tornavam-se os seus fardos. Queria correr para logo chegar ao final da estrada, porém, seus esforços pareciam em vão, ficando cada vez mais distante dos pontos a alcançar.
            Infeliz, pois, aflorou o seu egoísmo, por si só se interessava nada de bom fazia a ninguém em derredor de si, passava pêlos seres moralmente caídos, não os levantavam, outros se achavam perdidos nos vícios mundanos, nem sequer mostrava o caminho para reencontrarem-se, alguns cegos pelo ódio, não procura restituir-lhes a visão do amor, aqueles que se tornaram surdos pelo rancor, nada lhes dizia, para ouvirem algo sobre o perdão, mudos pela soberba, nada ensinava a falar-lhes sobre a caridade, para os incrédulos pela ignorância, nunca demonstrou a existência da fé, os deficientes da moral devido ao abuso da sensualidade, nada praticou para exemplificá-los uma vida saudável, passou diante de todos que lhes estendiam as mãos em busca de um socorro, a nem um auxiliou, nem uma guarida para o espírito doente, nada fez para que os retirassem do lamaçal da consciência.
            Pois, com o orgulho ferido, tornou-se egoísta, exauriu todas as suas forças até a exaustão, pois, deseja vencer a ambiciosa e louca corrida da vida, sem objetivos sinceros e virtuosos, queria chegar até o fim da estrada, porém, parou.
            Parou e refletiu, nessa reflexão avaliou os malefícios praticados por não ter realizados benefícios nem aos seres queridos, muito menos para com a humanidade.          Conscientemente resolveu voltar ao início do caminho, sem pressa, queria reiniciai a caminhada, passo a passo, seguir a rota até o final pré determinado, para fazer, o que antes havia deixado de realizar, reerguer os caídos, amparar os fracos, repartir o pão com os famintos, dessedentar os sedentos, curar os doentes, iluminar os que vivem na escuridão, fortalecer os pobres e oprimidos do Espírito, transportar os incrédulos no barco da fé até o porto seguro da caridade, aos poucos, ajuntou o que restava da forças despendidas anteriormente pelo caminho percorrido, encheu de forças o seu coração e retornou a verdadeira vida.
            Incansável, cresceu, trabalhou, fortificou-se de energia incomparável, tornou-se útil, amável, assim fez e fará, tantas quantas vezes as necessidades se aproximarem dele, pois compreendeu o verdadeiro sentido do “... amar o próximo com a si mesmo”, entendendo que a prática do amor pela caridade é a única forma de salvação.

                                                                                              Dr. Humberto.

                                                                                              RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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