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domingo, 10 de abril de 2011

AS VIRTUDES... A CARIDADE.

- As Virtudes:

            ... “a caridade é a fonte de todas as virtudes”. Fénelon.

            A palavra "Virtude", nos dicionários, é assim definida: "disposição firme e constante para a prática do bem".
            Vamos encontrar no Evangelho Segundo o Espiritismo, Capitulo 17, nas Instruções dos Espíritos nº 8, ditado pelos Espíritos; de François, Nicolas, Madeleine, Cardeal Morlot em Paris 1853, o seguinte: ... “A virtude, no seu mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Ser bom, caridoso, sóbrio, modesto, é qualidades do homem virtuoso. Infelizmente são acompanhadas quase sempre de pequenas falhas morais que as desmerecem e as enfraquecem. Aquele que faz alarde a sua virtude não é virtuoso, pois lhe falta a principal qualidade: a modéstia. E o vício mais oposto o orgulho. A virtude realmente digna desse nome não gosta de se exibir; ela é sentida, mas se esconde no anonimato e foge da admiração das multidões. São Vicente de Paulo era virtuoso; o digno Cura de Ars era virtuoso, e muitos outros não muito conhecidos do mundo, mas conhecido de Deus. Todos esses homens de bem ignoravam que eram virtuosos; deixavam-se ir pela corrente de suas santas inspirações e praticavam o bem com total desinteresse e completo esquecimento de si mesmos.
            À virtude, assim compreendida e praticada, é que eu vos convido meus filhos a essa virtude verdadeiramente cristã e verdadeiramente espírita que eu vos convido a consagrar-vos. Afastai de vossos corações o sentimento do orgulho, da vaidade, do amor- próprio, que sempre desvalorizam as mais belas qualidades. Não imites o homem que se coloca como um modelo e se gaba de suas próprias qualidades para todos os ouvidos tolerantes. Essa virtude com contestação esconde, muitas vezes, uma multidão de pequenas mesquinharias e odiosos fraquezas.
            Em princípio, o homem que exalta a si mesmo, que ergue uma estátua à sua própria virtude, aniquila, por essa única razão, todo mérito efetivo que possa ter. Mas o que direi daquele que dá valor em parecer aquilo que não é? Compreendo muito bem que o homem que faz o bem sinta no fundo do coração uma satisfação íntima, mas, uma vez que essa satisfação se exteriorize para provocar elogios, degenera em amor-próprio.
             Vós todos, a quem a fé espírita reanimou com seus raios, e que sabeis o quanto o homem está longe da perfeição, não façais nunca uma tolice dessas. A virtude é uma graça que eu desejo a todos os espíritas sinceros, mas advirto: Mais vale poucas virtudes com modéstia do que muitas com orgulho. Foi pelo orgulho que as humanidades se perderam sucessivamente, e será pela humanidade que deverão um dia redimir-se.
           
            Temos nas virtudes, aqueles padrões de comportamento que um dia chegaremos a vivenciar espontaneamente, sem que para isso nos custe algum esforço. Reagiremos de modo natural, por hábito, com bons sentimentos, sem dificuldades.
            É preciso compreender que a atitude virtuosa deve estar despida de interesse pessoal, ou das intenções ocultas. A maior qualidade que a virtude pode ter é a de ser praticada com a mais desinteressada caridade, o que lhe confere grandiosos mérito.
                                                                                                       Fénelon.

                                                                            RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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