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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. -AULA N º. 17. MÉDIUNS E MEDIUNIDADE. - ANEXO N º. 117. - MEDIUNIDADE E EVANGELHO. MÉDIUNS INSPIRADOS. ODILON FERNANDES. (CARLOS A BACCELLI.)

          MEDIUNIDADE E EVANGELHO.

                      MÉDIUNS INSPIRADOS.

            “Toda pessoa que recebe, seja no estado normal, seja no estado de êxtase, pelo pensamento, comunicações estranhas às suas idéias preconcebidas, pode ser incluída na categoria dos médiuns inspirados (...)” Cap. XV – Segunda Parte – Item 182)  

            A inspiração está, por assim dizer, na base de todo ato mediúnico de caráter intelectual.
            O médium inspirado pode ter ou não ter consciência do fenômeno que se encontra intermediário.
            A inspiração prece a intuição.
            A intuição provoca um envolvimento mais profundo do que a inspiração; é como se fosse um lampejo súbito, uma idéia que brotasse de forma espontânea e inesperada...
            A inspiração, segundo colocou Kardec, é um envolvimento suave, quando “a intervenção de uma potência oculta é ainda bem menos sensível, porque, nos inspirados, é ainda mais difícil distinguir o pensamento próprio do que é sugerido.” 
            Os médiuns inspirados quase sempre são arrebatados por idéias e emoções que se sensibilizam de maneira singular; se são oradores, tomados por inflamada eloqüência, emocionam platéias imensas que se sentem tocadas pelo magnetismo do seu verbo...
            Quase todo artista é um médium inspirado por excelência.
            Os músicos que compõem ou executam os seus instrumentos, os atores em cena no palco de um teatro, os pintores que retratam na tela os quadros que imaginam, os poetas os cantores, os literatos que se viram, inesperadamente, iluminados por um “filão” de idéias inéditas no tema que se propõem desenvolver, os pesquisadores que no silêncio dos laboratórios, aparentemente ao “acaso”, descortinam novos caminhos da Ciência; as mães e os pais que aconselham os filhos em determinadas atitudes que, incompreensíveis no momento, acabam por evitar-lhes sérias complicações; o amigo que toca num determinado assunto com outro, sem suspeitar que, não raro, está sendo utilizado como “instrumento” para esclarecê-lo acerca dos problemas que lhe são desconhecidos... Todos os homens enfim, podem ser médiuns inspirados nas atividades a que se consagram.
            Os Espíritos buscam aproximar-se daqueles que executam no mundo o trabalho que eles próprios executavam, quando encarnados. Assim é que um cirurgião desencarnado, por exemplo, procurará, quando lhe for permitido, aproximar-se de um outro e auxiliá-lo em sua tarefa na Terra, transmitindo-lhe os seus conhecimentos e adquirindo novas experiências.
            A morte, ao contrário do que parece, amplia a solidariedade entre os homens, porque o que não se fez na condição de Espírito encarnado, deve-se fazer na condição de desencarnado. Esta é a Lei do Progresso.
            Kardec ainda recomenda em O Livro dos Médiuns que, diante de um impasse, devemos recorrer à inspiração de nossos Protetores Espirituais que as diferentes dimensões da Vida, nos acompanham os passos. As palavras inspiradas do Codificador nos sugere: “Que se o invoque, pois, com fervor e confiança, em caso de necessidade e com muita freqüência; ficar-se-á espantado com as idéias que surgirão como por encantamento, seja que se tenha um partido a tomar, seja que se tenha alguma coisa a compor. Se nenhuma idéia vier, é que é preciso esperar.” (o grifo é nosso)
            Deduzimos que, de fato, a inspiração pode também ser provocada ou solicitada através da prece. A oração sincera nunca fica sem resposta. Como aconselha Kardec, se nenhuma idéia nos vem, precisamos esperar porque, não raro, os Espíritos também necessitam de tempo para darnos determinadas respostas.
            Que se evite, portanto, a precipitação e que se tenha, sobretudo, certeza de que a inspiração que lhe está sendo dada parte dos Espíritos Amigos, e não dos levianos que vivem à espera de uma invigilância para se insinuarem de forma negativa.
            Se alguma idéia te surge aparentemente do nada, submeta-a ao crivo da razão, observando se a sua concretização será para o bem de todos, e não apenas para o teu próprio. Ainda prevalecendo-nos da sublime inspiração de Kardec, “na dúvida, abstém-se”: ou seja, se duvidas da originalidade benéfica de uma idéia, não te afoites em colocá-la em prática; deixa o tempo correr e, sempre no clima da oração. Certifica-te de que a inspiração recebida provém das fontes do Mais Alto.
           
Fonte: Livro Mediunidade e Evangelho - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 6o. Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP – Janeiro/2008..


                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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