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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

- ESTUDANDO O LIVRO DOS MÉDIUNS. - SEGUNDA PARTE. - DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS. - CAPÍTULO V. - MANIFESTAÇÕES FÍSICAS ESPONTÂNEAS. - ITEM N º. 90. - ALLAN KARDEC.

                  LIVRO DOS MÉDIUNS.

                         SEGUNDA PARTE.

  DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS.

                                CAPÍTULO V.

MANIFESTAÇÕES FÍSICAS ESPONTÂNEAS.

90.       Os Espíritos superiores, tanto como nós os homens graves e sérios, não se divertem fazendo algazarra. Frequentemente, nós os fazemos vir para perguntar-lhes o motivo que os leva a perturbar assim o repouso. A maioria não tem outro objetivo senão se divertir; são Espíritos antes levianos do que maus, que se riem sem temor que ocasionam e da procura inútil que se faz para se descobrir a causa do tumulto. Frequentemente se obstinam junto de um indivíduo, que se comprazem em vexar, e que perseguem de casa em casa; outras vezes, se ligam a um lugar se outro motivo senão seu capricho. Algumas vezes, também, é uma vingança que exercem, como teremos ocasião de ver. Em certos casos, sua intenção é mais louvável; querem chamar a atenção e pôr-se em contato, seja para uma advertência útil à pessoa à qual se dirigem, seja para pedir alguma coisa para eles mesmos. Frequentemente, nós os vimos pedir preces,outras vezes solicitar o cumprimento, em seu nome, de um voto que não puderam cumprir, outras, enfim, querer, no interesse do próprio repouso, reparar uma má ação cometida por eles durante a vida. Em geral, é um erro se amedrontar; sua presença pode ser inoportuna, mas não perigosa. Concebe-se, de resto, o desejo que se tem de livrar-se deles, e se faz geralmente para isso tudo ao contrário do que seria preciso. Se são Espíritos que se divertem, quanto mais se leva a coisa a sério, mais eles persistem, como criança traquinas que importunavam tanto mais quando vêem se impacientar, e fazem medo aos poltrões. Se se tomasse a sábia atitude de rir-se das suas malvadezas, acabariam por cansar e por se tranquilizarem. Conhecemos alguém que, longe de se irritar, os excitava, desfilando-os a fazerem tal ou tal coisa, tão bem que, ao cabo de alguns dias, não retornavam mais. Mas, como dissemos, há casos cujo motivo é menos frívolo. Por isso, é sempre útil saber o que querem. Se pedem alguma coisa, pode-se estar certo de que cessarão suas visitas desde que seu desejo seja satisfeito. O melhor meio de se esclarecer a esse respeito, é o de evocar o Espírito por intermédio de um bom médium escrevente; por suas respostas, ver-se-á logo o que se deseja e se agirá de acordo esse trate com o respeito que merece; se é um zombeteiro, pode se agir para com ele sem cerimônias; se é malevolente, é preciso orar a Deus para que se torne melhor. Qualquer que seja a causa, a prece, sempre, não pode ter senão um bom resultado. Mas a gravidade das formas de exorcismos os faz rir, e não os levam em nenhuma conta. Se se pode entra em comunicação com eles, é necessário desconfiar de qualificações burlescas ou atemorizantes que se dão, algumas vezes, para se divertirem com a credulidade.
Voltaremos com mais detalhes sobre esse assunto, e sobre as causas que tomam, frequentemente, os exorcismos ineficazes, nos capítulos dos lugares assombrados e da obsessão.

            Fonte, Livro dos Médiuns, Allan Kardec, da 18º. edição, abril de 1991, do Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.                     

                                   RHEDAM.(mzgcar@gmail.com)


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