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sexta-feira, 13 de abril de 2018

- APRENDENDO COM CHICO XAVIER . - N º. 237. - UMA VIDA COM AMOR XXVIII. - MISSÃO CUMPRIDA I. - UBIRATAN MACHADO.


                        CHICO XAVIER POR ELE MESMO.

                                UMA VIDA COM AMOR XXVIII.

                                    MISSÃO CUMPRIDA I.

                                                                       UBIRATAN MACHADO.

         Ninguém escapa dos desgastes do corpo. Assim aconteceu com France, assim ocorre com Chico Xavier. A medida que o médium foi avançando na estrada da vida, foram surgindo os males. Quanto mais quilometragem, mais doenças. Pequenas e grandes, contornáveis e irremediáveis. Todas suportadas com admirável estoicismo. Como o progresso lento da moléstia dos olhos, iniciada mais ou menos em 1931, e que o deixou praticamente cego.
         Naquela época, Chico julgava que seria salvo milagrosamente, mediante uma intervenção cinematográfica dos espíritos. Ledo engano. Emmanuel advertiu-o para as inevitáveis imperfeições do corpo, e recomendou-lhe que não menosprezasse a medicina, que “está no mundo m nome da Divina providência”.
         O médium conformou-se. Conta-se que Zé Arigó, lá pelos idos dos anos 60, quando se achava no auge, ofereceu-se para operá-lo a vista. Chico teria se esquivado, delicadamente. Verdade ou não, o fato é que Chico, hoje está praticamente cego do olho esquerdo – sujeito a constantes sangramentos – e com apenas 50 % de visão na vista direita. Mas o médium acha que todo esse sofrimento lhe fora benéfico.
         “Transcorridos tanos anos daquele diálogo com Emmanuel, agradeço ao Senhor a bendita doença que carrego nos olhos, sempre tratada por médicos amigos e por Amigos Espirituais, pois ela tem sido em todo esse tempo um agente providencial, induzindo-me à reflexão e ensinando-me a respeitar os sofrimentos dos outros.”  
         A doença dos olhos, porém, é apenas um capítulo de um quadro mais amplo. Em 1976, Chico sofreu a primeira crise de angina no peito. A última ocorreu em março de 1983. Já teve dois enfartes. A insuficiência coronariana lhe produz dores fortíssimas no peito. Ao menor esforço visual, Vê-se obrigado a repousar os olhos num quarto escuro. Ingere 12 medicamentos diários. E a cada 15 dias viaja para São Paulo, a fim de submeter-se a um tratamento de acupuntura. Apesar de todos os pesares, continua trabalhando.
         “É o melhor paciente do mundo. Quando precisa desobedecer, me pede licença”, depõe o Médico Eurípides Vieira, que o assiste.
         O trabalho apenas deixou de ser intenso, como era, por exemplo, em 1961. Conta-se que naquele ano, faleceu num hospital de São Paulo um jovem operado de úlcera. O rapaz, Anélio Gilbertoni, saíra de sua cidade, Taquaritinga, no interior paulista, especialmente para ser operado na capital.
         Diante do resultado desastroso da operação, falou-se muito da imperícia do operador. A noiva do rapaz, Marina, foi uma das pessoas que defenderam essa tese com maior ardor. Afinal, dizia, Anélio era m rapaz tão forte...
         Três meses após a operação, Marina, que morava em Poços de Caldas, Minas Gerais, decidiu pedir um conselho a Chico Xavier. Sentia-se arrasada, sem forças para continar vivendo, incapaz de livrar-se da imagem do noivo.
         Chegada em Uberaba, dirigiu-se à Rua Eurípedes Barsanulfo. Após longa espera na fila, conseguiu afinal, aproximar-se do médim. Eram quase 11 horas da noite. E, para seu espanto, no final da reunião, recebeu das mãos de Chico uma mensagem, reproduzida pela a imprensa à époce.
         Nela, Anélio lembrava certos fatos íntimos de que só eles sabiam e inocentava o médico que o operara.
         Casos como esse aconteceram aos milhares com Chico. Estão documentados em dezenas de livros, sacralizados pela assinatura das pessoas que o viveram. E todos sabem a certeza com que ele diz o nome de pessoas qe nunca havia visto antes. Já vimos o ocorrido com David Nasser e Jean Manzon. A respeito desse dom, o escritor Ramiro Gama (Lindos Casos de Chico Xavier) conta o seguinte:
         “Certa vez, fomos em visita a um casal amigo, Lauro e Dayse Pastor Almeida. Ambos são admiradores sinceros de Chico Xavier e conhecem muitos casos do médium. Por isso resolvemos visitá-los. E Dona Dayse contou qe a primeira vez que viu Chico pessoalmente foi durante a Semana do Livro Espírita em Belo Horizonte.”
         Ela e Lauro estavam parados, conversando, quando o médium se aproximou deles e, numa atitude simples e fraterna, perguntou: “Como vai, Dona Dayse? Ela ainda lhe corrigiu delicadamente a pronuncia, pois ele aportuguesara, dizendo Daise em vez de Deise. Com toda a polidez, ele se justificou: “É que estou lendo seu nome como ele é escrito.”
         Caso mais impressionante aconteceu com João Guignone, presidente da Federação Espírita do Paraná. Concluída a sessão, João entrou na fila, a fim de cumprimentar e abraçar Chico. Qual não foi sua surpresa quando, ao chegar junto do médium, este lhe disse:
          “Sabe quem está ao seu lado, bastante emocionada e querendo abraça-lo? Sua mãe!”
         Ao sair dali, João Guignone comentou com um amigo:
         “Veja só o Chico não está regulando bem. Minha mãe esta viva em Curitiba.”
         Assim que chegou ao hotel, porém, recebem um telefonema interurbano. Era do Paraná e lhe anunciava a morte de sua mãe.
         Os fatos são irrespondíveis.
         Mas as explicações variam muito. Elas vão desde a tese espírita, que reconhece o dom mediúnico de ver e dialogar com os mortos, até de alguns psicanalistas mais radicais, que negam simplesmente tais fenômenos, considerando-os perigosa e doentia ilusão dos sentidos.
         A moderna parapsicologia, no entanto, interessa-se cada vez mais pelos fenômenos insólitos e pelos médiuns. A transmissão de pensamentos, por exemplo é unanimemene aceita por parapsicólogos de todas as correntes. Esse dom começa a interessar até as técnicas de espionagem. Na União Soviética, há espiões que recebem treinamento especial para desenvolver seus dons paranormais. A ficção científica, que se projeta no futuro, está cheia de superdetetives capazes de captar o pensamento alheio. Citamos tais fatos apenas para mostrar que o impossível, a manifestação diabólica de uma época , será o normal tempos depois. Durante anos o hipnotismo foi condenado pela Igreja, considerado manifestação diabólica. Hoje, é verdade cientifica irrefutável.
         Mas Chico não hipnotiza e nem faz espionagem. Seus dotes paranormais, no entanto, ultrapassam em muitos os conhecimentos atuais da parapsicologia. Foi por tudo isso, para acender uma luzinha neste mistério, que, em 1978, a NASA mandou um cientista a Uberaba. Durante seis dias, o engenheiro-pesqisador Paul Hild estudou a mediunidade de Chico. Como bom americano, Hild trouxe uma sofisticadíssima aparelhagem eletrônica e câmeras de circuito interno. Sabemos que as nossas impressões são subjetivas e enganam. Mas as máqinas, pelo contrário, nunca se deixam iludir. E os resultados preliminares, fornecidos pela eficácia fria da máquinas, deixaram o cientista americano desconcertado.
         O que pensaria, então, Paul Hild se Chico lhe contasse o caso do espírito atirador?
         “Certo dia, eu estava trabalhando com um colega, no escritório da seção do Ministério da Agricultura. De repente, percebi a chegada de dois espíritos perturbados. Fazia algum tempo que ambos vinham me fazendo ameaças. Daquela vez, porém, um deles estava armado com um revólver. Ele começou a me dirigir desaforos, dizendo que ia me matar. Meu colega de trabalho não viu e nem ouvia nada. Acontece que o tal espírito atirou mesmo. Desviei o corpo e a bala raspou o meu ombro. Ao me ver empalidecer e cair, meu colega correu para ajudar-me, partindo em seguida em bsca de socorro médico”.  
           
Fonte: - “CHICO XAVIER Por Ele Mesmo. – Autores Diversos, - 1 ª. edição, - Editora Martin Claret Ltda, - São Paulo, SP, - Outubro de 1994.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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