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quinta-feira, 19 de abril de 2018

- MENSAGEM SOBRE A CRIANÇÃ. N º. 236. - GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA. - POR QUE ISSO OCORRE? - JOAMAR ZANELINI NAZARETH.

 GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA.

         POR QUE ISSO OCORRE?

            Primeiramente, podemos dizer que para o jovem não basta informação: é preciso manutenção.
            Outro fator é a qualidade da informação recebida, A jornalista Regina Castro lembra que “a educação do adolescente foi entre a mídia e ao consumo”. O que temos na mídia são 5% de reportagens sérias e programas bem-intencionados e 95% de confusão e sensualismo, desde filmes, novelas e programas para adolescentes destacando o sexo sem amor até livros ensinando técnicas de conquistas e prazeres na cama, semelhando a livros ensinando a caçar e cozinhar, com tal frieza e hipocrisia, que chega a envergonhar os que valorizam o sentimento e a humanidade. Falar em valores da família chega a ser difícil.
            A prática física do sexo também passou a ser uma obrigação social, e os que buscam pensar e agir diferente são por vezes discriminados pelos outros jovens. O sexo hoje está universalizando e os valores vigentes apontam para um desejo sexual desequilibrado, prazer sem preço, promiscuidade, obrigatoriamente do sexo no namoro, satisfação de fantasias, infidelidade, e resvala amiúde na prostituição feminina, masculina e homossexual.
            A iniciação sexual, que era mais possível aos rapazes, e a idade varia dos 13 aos 16 anos, hoje reduziu o prazo para começar, estando iguais as possibilidades para meninas e meninos, e a idade dos 10 aos 14 anos.
            Iniciando mais cedo e estando suscetíveis a influências, os adolescentes são vítimas das induções psicológicos sexuais negativas na atualidade, tais como o mau exemplo dos pais, ao mercado de ofertas, a literatura de estímulo, às revistas especializadas, ao forte mercado do sexo e da  pornografia, as festas de cada dia cada vez mais liberais, à utilização de drogas e álcool, à moda sensualista, à proliferação dos disque-sexo, ao uso da Internet como busca do prazer sexual, às fitas de vídeo facilmente locáveis, ao interesse comercial em se explorar tão rentável faixa de público consumidor entre outras.
            Muito se fala de prazer e pouco se fala de responsabilidade, de conseqüências de nossos atos sexuais, acabando por construir-se na maior propaganda enganosa de nossos tempos.
            Com o materialismo tão em voga como hoje, sentimos o esquecimento dos valores morais e éticos por parte da sociedade e mesmo das famílias, culminando com o amor livre, tão pregado quão praticado em meio a juventude, trazendo compromissos espirituais sérios e prejuízos morais para toda a Humanidade.
            Eis aí o reflexo de nossa imperfeição: usamos mal os recursos criadores do sexo em nossas vidas pregressas e modernamente usamos a liberdade que recebemos para consertar nossos erros, de modo a complicá-los ainda mais.
            O principal motivo para que ocorra esse problema está na educação do lar.
            Pais abandonaram seus filhos ao aprendizado do mundo. Quando mais necessitam de esclarecimento e orientação quanto à própria sexualidade, deixam mães e pais que aprendam tudo na escola, na rua, na mídia, nos livros, com os outros. Achamos interessante a expressão “órfãos de educação sexual”, que define bem a situação. A TV, com seus péssimos exemplos em maioria, é hoje a maior fonte de aprendizado sobre sexo.
            Na mesma reportagem Regina Castro coletou que os jovens se informam sobre sexo mais em conversas com amigos (90% dos jovens que responderam à pesquisa), em informações em revistas (76%), programa de TV (63%), conversa com os pais (50%). Indagados sobre qual seria a melhor forma, a maioria preferiria as conversas com os pais.
            Os pais devem participar mais das descobertas de seus filhos.
            Certos espíritos afinizam-se mais com os jovens descuidados e os “hipnotizam”, buscando abrir a porta da reencarnação, provocando a gravidez indesejada e inesperada nas adolescentes, que, imaturas e desamparadas de melhor orientação educativa dentro do ambiente doméstico, acabam por cair na cilada do prazer fácil e sem medir conseqüências físicas, morais espirituais.
            Outros experimentam a prática sexual com a desculpa de que precisam testa em todas as tentativas de afeição para saber se há amor entre os parceiros, pois, se não der certo o relacionamento, é porque não deveriam permanecer juntos. Querem tentar até achar o par ideal para casar... Pobre ilusão! E os que ficam casados 20, 30 e 40 anos e depois se separam, qual a desculpa? Não tiveram tempo para se conhecer? Não se mede afeição pela prática física do sexo, mas por inúmeras variantes (entre elas o sexo, sem dúvida) mais complexas.
            Nunca achar que somente poderá ocorrer com a filha dos outros, ou, se achar que poderá ocorrer com a nossa, tentar resolver o problema com censuras, agressões verbais, violência, expulsão de casa.
            E sobretudo jamais olvidar que nós recebemos nossos filhos hoje, no mesmo ponto em que os deixamos no passado, elucidando-nos Emmanuel que “a filha detida nos desregramentos do coração é a jovem que, noutro tempo, induzimos ao desequilíbrio e à crueldade”.

            Fonte: Livro “UM DESAFIO CHAMADO FAMÍLIA” - autor JoamarZanelini Nazareth - 3 a. Edição - Minas Editora - Araguari, MG - 2000.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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