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domingo, 27 de maio de 2012

- ESTUDANDO: O LIVRO DOS MÉDIUNS. - ALLAN KARDEC. - CAPÍTULO II. - O MARAVILHOSO E O SOBRENATURAL. - QUESTÃO No. 11.


                                                           CAPÍTULO II.

                            O MARAVILHOSO E O SOBRENATURAL.

                                   11. Os que atacam o Espiritismo em nome do maravilhoso se apoiam, pois, geralmente, no princípio materialista, uma vez que denegando todo efeito extramaterial, denegam, por si mesmo, a existência da alma; sondai o fundo do seu pensamento, perscrutai bem o sentimento das suas palavras, e vereis quase sempre esse princípio, se ele não está categoricamente formulado, despontar sob as aparências de uma pretensa filosofia racional com que o cobrem. Em rejeitando, por conta do maravilhoso, tudo o que decorre da existência da alma, estão, pois, consequentes consigo mesmos; daí, neles, uma opinião preconcebida que os torna impróprios para julgar sadiamente o Espiritismo, porque partem no princípio da negação de tudo o que não é material. Quanto a nós , do fato de admitirmos os efeitos que são a consequência da existência da alma, se segue que aceitamos todos os fatos qualificados de maravilhoso; que sejamos os campeões de todos os visionários, os adeptos de todas as utopias, de fatos as excentricidades sistemáticas? Seria preciso conhecer bem pouco o Espiritismo para pensar assim; mas nossos adversários não o encaram de tão perto; a necessidade de conhecer aquilo de que falam é o menor dos seus cuidados. Segundo eles, o maravilhoso é absurdo; ora, o Espiritismo se apoia nos fatos maravilhosos, portanto, o Espiritismo é absurdo: é para ele um julgamento sem apelação. Creem opor um argumento sem réplica quando, depois de ter feito eruditas pesquisas nos convulsionares de Saint-Médard, os calvinistas de Cévennes, ou nas religiosas de Loudun, chegaram a descobrir nelas fatos patentes de fraude que ninguém contesta; mas essas histórias são o evangelho do Espiritismo? Seus partidários negaram que o charlatanismo tenha explorado certos fatos em seu proveito; que a imaginação os tenha criado; que o fanatismo os tenha exagerado muito? Não é mais solidário com as extravagâncias que se podem cometer em seu nome, do que a verdadeira ciência não o é com os abusos da ignorância, nem a verdadeira religião com os excessos do fanatismo. Muitos críticos não julgam o Espiritismo senão sobre os contos de fadas e lendas populares que lhe são as ficções: seria como julgar a história nos romances históricos ou nas tragédias.

                        Fonte: O Livro dos Médiuns - Allan Kardec - 18 º edição - Abril de 1991, Editora Instituto de difusão Espírita de Araras, SP.                     


                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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