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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

- PROBLEMAS DE DROGAS COM FAMILIARES E AMIGOS? - PROCURE O NAR-ANON. - No. 21. - O QUE O NAR-ANON FEZ POR MIM. (SEGUNDA PARTE.)


                       “O QUE O NAR-ANON FEZ POR MIM!”

                                        (SEGUNDA PARTE.)

      “Para escapar de ver o que fizemos de errado ao outro, cheios de ressentimentos focamos o que o outro nos fez de errado”.          
                                                 (Doze Passos e Doze Tradições do NAR-ANON.)

       Enclausurados na nossa desatenção, no nosso egoísmo, na nossa vaidade, vestimos novamente a Toga de um Juiz todo poderoso para com os desvios de familiares de pessoas do nosso convívio.
       E nós?
       Pseudo-moralistas, educadores preconceituosos, senhores e senhoras donos da razão e da verdade, quem somos para julgá-los?
       Mas, dentro dos nossos defeitos de caráter, achamos melhor excluirmos da nossa convivência, inibindo, proibindo que os nossos familiares convivam com esses desregrados da ética e da moral.  São jovens, homens, mulheres, pais e mães sofrendo os sofrimentos provocados por entes queridos que se perderam. Fechamos as portas e janelas dos sentimentos de fraternidades para com esses infelizes, pois, pensamos sermos intocáveis por essa desgraça da humanidade, a adicção.
       E nós?
       Fechamos os nossos olhos, para dentro do nosso lar, esquecemos que o que esta ocorrendo com os familiares dessas pessoas, amanhã poderá ocorrer ou já está ocorrendo com os nossos entes queridos. Se melhor observássemos ao  de fazermos críticas, quem sabe pudéssemos previr tal infiltração maligna em nosso meio, através de uma orientação adequada.
       E nós?
       Quando acontece conosco, desmoronamos a nossa barreira moral, a fé que tínhamos, desaparece, sentimo-nos perdidos diante do tribunal da nossa consciência. Pois, todo o julgamento que fizemos da outra pessoa, ou da família que sofre do mesmo problema, agora recai sobre nós mesmos. Agora sentimos tudo e muito mais, os efeitos de  julgamentos precipitados, não precisam nos dizer nada, tudo nós sabemos, aprendendo pela experiência, do sofrimento sentimental e da dor física muitas vezes irreparáveis.
        Se vamos ao trabalho, a um encontro social, ao encontramos alguém, simplesmente o olhar para nós dirigido já é uma causa de uma interpretação mental negativa de vergonha, muitas vezes inexistentes para com as atitudes do nosso enfermo, de uma situação constrangedora, negamos, escondemos, mentimos, desculpamos, fugimos de nós mesmos, pois, não queremos acreditar que isso é verdade. Mas todos nós sabemos. 
        Não há palavras no dicionário para exprimirmos o que estamos sentidos, com o que acontece dentro da nossa casa, tudo igualzinho o que aconteceu em outras lares envolvidos com o mesmo problema.
        As desavenças domésticas começam por falta do asseio pessoal, do local, das irresponsabilidade criadas, pelo ser envolvido. 
        Nenhum pai, nenhuma mãe, esposo ou esposa, filho ou filha, irmão ou irmã, sentir-se-a bem com essas atitudes erradas e doentias. Não aceitarão de modo algum essa realidade. Pois, na suas concepções foram agredidas, feridas, pelos enfermos, seres em que confiavam plenamente, deram lhe amor, carinho, compreensão, respeito e dignidade, e foram ultrajadas pela doença comportamental, fazendo-os também enfermos. 
         A vergonha cobre-nos a face, baixamos nossas cabeças diante do que está ocorrendo com nossos amados. Encontro com marginais, com pessoas que utilizam-se desses infelizes instrumentos para tirarem proveito próprio, levando-os até envolvimento com autoridades policiais, constrangimentos em que põem em risco o restante da família, o perigo é eminente, damos faltam utensílios domésticos, encontramos nossas carteiras remexidas, somem cartões de créditos, cheques e dinheiro, jóias de família, aqueles objetos de valor sentimental inestimável, e outros mais. Escondendo a verdade de nós mesmo tentamos transformar a realidade dura e crua, numa falsa ilusão para encontrarmos um causa e um culpado para a situação e não ele, o adicto.
          Protegendo-os de outros familiares e da sociedade, estamos sempre mentindo, desculpando, criando estórias (fatos que são criados pelos interlocutores), porque nos envergonhamos de contar a história verdadeira (fatos que de fato ocorreram).
          Porque fazemos isso?
          Pelo medo que ocorra a exclusão deles pelos de mais familiares, pela sociedade, da mesma forma que fazíamos com um julgamento hipócrita, para com os protagonistas dos mesmos fatos em questão que pertenciam a outras famílias, tachando-os, imorais, pervertidos, e marginais. 
          Tachamos esses juízes cruéis, que julgam os nossos amados, de irresponsáveis, esquecendo-nos que um dia fizemos parte de mesmo tribunal, pois, da mesma maneira que eles pensam dos nossos, nós pensávamos dos enfermos de outras famílias. É difícil aceitar, mas, esses adictos levedam a massa do crime em grandes proporções, muitas vezes envolvendo outros membros da família, como sendo beneficiados, coniventes, culpados, e responsáveis com os resultados dos delitos por eles praticados.
          Todos nós familiares ficamos perdidos, sem sabermos o que fazer, cabeça baixa, lagrimas nos olhos, relaxamos nossas vidas, nos tornamos prisioneiros de tal crueldade que flagela a sociedade, promessas, negociações, ordens, tudo que tentamos, nada resolve, prejuízos materiais, físicos, morais, espirituais, e psiquico-sentimentais multiplicam-se. As pessoas envolvidas se acusam mutuamente, lares destruídos que se esfacelam pela a ignorância da “causa” de tudo isto, feridas as vaidades de cargos e posições profissionais e sociais, orgulho ferido destemperado por alguns querendo encontrar o que não existe, culpados, para crucificarmos. 
         Os conselheiros da consciência nos dizem “SE” “você tivéssemos feito isso ou aquilo, nada teria acontecido, erramos. Somos infelizes, não sabemos como é difícil e incontrolável enfrentar essa situação, familiares não suportando mais os crimes, denunciam os entes amados às autoridades, outros sofrem e revidam a violência física. Muitos fogem dos lares deixando o problema, muitos abandonam esses seres a mercê do mundo, que ao sentirem-se perdidos provocam outros crimes de igual ou superior monta, contra si, contra seus familiares, amigos e para com a sociedade. Assim são mais marginalizados e incriminados pela lei da consciência e dos homens.
          Diante de todos esses acontecimentos.
          O que queremos? 
       É eliminar, excluir esse problema, o mais rápido possível, evitando os prejuízos familiares materiais, físicos, morais, espirituais e psiquico-sentimentais. Queremos ficar livre dessa situação. Precisamos encontrar uma fórmula para isso. Enxotar esse “Ser” dessas situações, ou até ele de nossas vidas, poucos tentam resolver o problema do enfermo, se não mudarem as suas maneiras de viver a vida.

Muito agradecido.

Sou o Carlos, mais um Nar-Anon em recuperação.


                                                  RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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