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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

- HISTÓRIA ESPIRITUAL DO BRASIL. - BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO. - No. 23. - NO LIMIAR DA INDEPENDÊNCIA. - HUMBERTO DE CAMPOS. (CHICO XAVIER.)


                        NO LIMIAR DA INDEPENDÊNCIA
 
Em Portugal, D. João VI se deixa levar pelas circunstâncias.
Lisboa vivia sob terror, devido aos julgamentos sumários contra todos os implicados que queriam depor a ditadura de Beresford.
O soberano, trazia na mente constantemente a figura de Luís XVI colada à guilhotina, sujeita-se as imposições revolucionários. Jura a Constituição portuguesa sem o consentimento da Rainha D. Carlota, que é exilada para a Quinta de Ramalhão, onde ficara com o filho D. Miguel, inspirando novos planos para sua desmesurada ambição. Os portugueses influentes viam o perigo, do desligamento da mais preciosa gema da coroa portuguesa para sempre. Adotam todas as providências contrárias ao interesse dos brasileiros imediatamente. Período agitado na política entre o absolutismo e a democracia. A imposição da vontade dos 130 deputados portugueses, sobre os 72 brasileiros, que heroicamente viam desenvolverem projetos de franca hostilidade ao príncipe regente do Brasil, que aos poucos se inflamava com as idéias liberais. aqueles poucos deputados criaram um projeto criando na América um congresso independente das câmaras da Europa, este projeto é recebido como insulto pelos portugueses à dignidade nacional. Um dos parlamentares diz, que D. Pedro deveria abandonar o Paço de São Cristovão, onde havia bajulação dos inimigos do regime e voltar a Lisboa, afim de aprimorar sua educação com viagens pela Europa. As agitações cresciam. Araújo Lima e Antonio Carlos eram deputados brasileiros , foram agredidos pela população, se vêem coagidos a emigrar para a Inglaterra.
A caravana de Ismael, derrama idéias liberais no coração da pátria, e indiretamente, espalha em todos os setores da terra do Cruzeiro as sementes de fraternidade e do amor.
Então o espírito de Tiradentes, procura Ismael, solicitando-lhe o conselho sobre a independência:
- Anjo amigo - inquire ele - não será agora o momento decisivo para a nossa atuação? Em todos os recantos há uma exaltação patriótica em todos os ânimos. Embora as possibilidades dispersas podemos reunir todas as forças, para derrubar as últimas muralhas que opõem a liberdade da Pátria do Evangelho.
- Meu irmão, pondera sabiamente Ismael - o momento da libertação não tardará, precisamos articular todos os movimentos dentro da ordem construtiva, afim de que não se percam as finalidades do nosso trabalho. o problema da Liberdade é delicado para todas as criaturas, porque todos os direitos adquiridos se fazem acompanhar de uma série de obrigações que são correlatas. Precisamos difundir a educação individual e coletiva, dentro das nossas possibilidades, formando os espíritos antes das obras. Neste problema, temos que aproveitar a autoridade de um príncipe no mundo, para efetivar a separação das duas Pátrias, com o mínimo de lutas sem manchar a nossa bandeira de redenção e de paz,com espetáculos de lutas fratricidas. Cerquemos o coração deste príncipe com as claridades fraternas de nossas assistência espiritual. Povoemos os seus sonhos, como amor à liberdade, desenvolvendo-lhe as noções de solidariedade humana. Não é o tipo ideal para realizarmos os nossos projetos, voluntarioso e doente, não tem um cérebro receptivo que facilite o nosso trabalho, encarna a autoridade e devemos mobilizar todos os elementos de nosso alcance, evitando assim os desvarios criminosos de uma guerra civil. Trabalhemos mais junto ao coração irrequieto, procurando ,abrir caminho novo à educação geral. Em breve dias concentraremos as forças dispersas, para proclamação da independência e após apelaremos ao coração misericordioso de Jesus, implorando das suas bênçãos novo rumo para a nossa tarefa, a fim de que a liberdade, bem aproveitada e bem dirigida, não seja elemento de destruição na pátria dos seus ensinamentos.
Ismael, atingiu a todos os colaboradores invisível com suas ponderações, que observaram-nas rigorosamente.
Buscam impiedosamente distribuir paz e concórdia geral, harmonizando todos os pensamentos para edificação dos monumentos da liberdade.
Avolumam-se os movimentos espantosos de liberdade. Em vão Portugal tenta reprimir a idéia da independência, pois se firmara em todos os corações.
Enquanto os brasileiros discutiam e conspiravam secretamente, partia de Lisboa a frota do Vice Almirante Francisco Maximiliano de Souza, comandada pelo Coronel Antonio Joaquim Rosado, com 1200 homens, com ordem para repatriar D. Pedro.

        Fonte: Livro: Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. – Autor Espiritual Humberto de Campos. – Médium. Francisco C. Xavier. – Editora da FEB. – Rio de Janeiro, RJ.


                                                         RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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