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sábado, 26 de março de 2011

MENSAGEM DO DIA 27 DE MARÇO.

Mensagens do Mês de Março Dia:                        27
“É imperioso reconhecer que quanto mais serviço ao próximo - mais vizinhança de cristo, e quanto mais trabalho - mais crédito. Observemos, assim, que onde se encontre a criatura humana, em marcha ascendente para a vida superior, surgem problemas e problemas. E para que venhamos alcançar as devidas soluções será necessário trabalhar e trabalhar cada vez mais”.                                      Batuíra.

                                                                  O LIVRE ARBÍTRIO.
            O livre arbítrio é definido como “a faculdade que tem o indivíduo de determinar a sua própria conduta”, ou, em outras palavras, a possibilidade que ele tem de, “entre duas ou mais razões suficientes de querer ou de agir, escolher uma delas e fazer que prevaleça sobre as outras”.
            Problema fundamental da Filosofia ética e psicológica vem sendo estudado e discutido acaloradamente desde os primeiros séculos de nossa era, dando ensejo a que se formulassem, a respeito, várias doutrinas díspares e antagônicas até.
            Acham alguns que o livre arbítrio é absoluto, que os pensamentos, palavras e ações do homem são espontâneos e, pois, de sua inteira responsabilidade.
            Evidentemente, laboram em erro, porquanto não há como deixar de reconhecer as inúmeras influências e constrangimentos a que, em maior ou menor escala, estamos sujeitos, capazes de condicionar e cercear a nossa liberdade.
            No extremo oposto, três correntes filosóficas existem que negam peremptoriamente o livre arbítrio: o fatalismo, o predestinatismo e o determinismo.
            Os fatalistas acreditam que todos os acontecimentos estão previamente fixados por uma causa sobrenatural, cabendo ao homem apenas o regozijar-se, se favorecido com uma boa sorte, ou resignar-se, se o destino lhe for adverso.
            Os predestinacionistas baseiam-se na soberania da graça divina, ensinando que desde toda a eternidade algumas almas foram predestinadas a uma vida de retidão e, depois da morte, à bem-aventurança celestial, enquanto outras foram de antemão marcadas para uma vida reprovável e, conseqüentemente, prescindida às penas eternas do inferno. Se Deus regula, antecipadamente, todos os atos e todas as vontades de cada indivíduo - argumentam -, como pode este indivíduo ter liberdade para fazer ou deixar de fazer o que Deus terá decidido que ele venha a fazer?
            Estas duas doutrinas, como se vê reduzem o homem o homem a simples autômato, sem mérito nem responsabilidade, ao mesmo tempo em que rebaixam o conceito de Deus, apresentando-O à feição de um déspota injusto, a distribuir graças a uns e desgraças a outros, unicamente ao sabor de seu capricho. Ambas repugnam às consci6encias esclarecidas, tamanha a sua aberração.
            Os deterministas, a seu turno, sustentam que as ações e a conduta do indivíduo, longe de serem livres, dependem integralmente de uma série de contingências a que ele não pode furtar-se, como os costumes, o caráter e a índole da raça a que pertença; o clima, o solo e o meio social em que viva; a educação, os princípios religiosos e os exemplos que receba; além de outras circunstâncias não menos importantes, quais o regime alimentar, o sexo, as condições de saúde, etc.
            Os fatores apontados acima são, de fato, incontestáveis e pesam bastante na maneira de pensar, de sentir e de proceder do homem.
            Assim, por exemplo, diferenças climáticas, de alimentação e de filosofia, fazem de hindus e americanos do norte tipos humanos que se distinguem profundamente, tanto na compleição física, no estilo de vida, como nos ideais; via de regra, a fortuna nos torna soberbos, enquanto a necessidade nos faz humildes; um dia claro e ensolarado nos estimula a alegra, contràriamente a uma tarde sombria e chuvosa, que os acordes marciais nos despertam ímpetos belicoso; quando jovens e saudáveis, estamos sempre dispostos a cantar e a dançar, já na idade provecta, preferimos a meditação e a tranqüilidade, etc.
            Daí, porém, a dogmatizar que somos completamente governados pelas células orgânicas, de parceria com as impressões, condicionamentos e sanções do ambiente que nos cerca, vai uma distância incomensurável.
            Com efeito, há em nós uma força íntima e pessoal que sobre excede e transcende a tudo isso: nosso “eu” espiritual!
            Esse “eu”, ser moral ou alma (como quer que lhe chamemos), numa criatura de pequena evolução espiritual, realmente pouca liberdade tem de escolher entre o bem e o mal, visto que se rege mais pelos instintos do que pela inteligência ou pelo coração. Mas, à medida que se esclarece que domina suas paixões e desenvolve sua vontade nos embates da Vida, adquire energias poderosíssimas que o tornam cada vez mais apto a franquear obstáculos e limitações, sejam de que natureza forem. Não é só. Habilita-se também a pesar as razões e medir conseqüências, para decidir sempre pelo mais justo, embora desatendendo, muitas vezes, aos seus próprios desejos e interesses.
            Um dia, como o Cristo, poderá afirmar que já venceu o mundo, pois, mesmo faminto, terá a capacidade de, voluntàriamente, abster-se de comer; conquanto rudemente ofendido, saberá refrear sua cólera e não revidar à ofensa; e, ainda que todos ao seu derredor estejam em pânico, manterá imperturbável, sua paz interior. (Cap. X, q. 843 e seguintes)

                                                                            RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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