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segunda-feira, 7 de março de 2011

A ARTE DE VIVER COM... DESLIGAMENTO. Nº. 5.

                                               A ARTE DE VIVER COM...
                                                           - Desligamento,...        
            O moço Ka em visita a um Sábio perguntou-lhe: - “porque há que pessoas não vivem normalmente como todos os outros seres viventes?”
            - Jovem o que pensas ser normal para você, pode ser estranho para os outros, e o que é bizarro para você pode ser normal para aqueles a quem julgais anormais.
            O conceito de normal difere de pessoa para pessoa, embora na grande maioria todas as pessoas ditas como normais seguem normas e padrões de princípios sócio-cultural da sua época.  O que num século era considerado normal, hoje é ultrapassado, arcaico, imoral e violento, dentro dos nossos sentimentos com base na cultura do homem moderno.
            Nós temos hábitos errados em nossas vidas e queremos controlar todos aqueles que convivem conosco de modo diferente, às vezes assumimos responsabilidades que não nos dizem respeito. Pensamos que somos modelo, exemplo de vida, daquilo que não somos nem para nós mesmo, no ímpeto de ajudar, agredimos seres queridos com sugestões e conselhos que não mais são desejos do nosso faça o que nem eu faço.
            Neste planeta não existe a perfeição, e sim o progresso continuo de todos os seres viventes, estamos em evolução. Controlamos os subordinados pelo medo ou por vaidade, sem chance de exporem as suas idéias, seu conhecimento, sua experiência, sua sabedoria, que muito poderia nos ajudar. Agimos assim, dentro do lar com a esposa, filhos, netos, pais, irmãos, companheiros, com todos que estão ao nosso lado, na lida diária. Cobramos soluções e acertos, daqueles que se desviaram dos princípios exigidos e impostos pela sociedade em que vivemos.
            Desse modo, mostramos nossa intransigência, o nosso autoritarismo e desequilíbrio emocional diante dos outros, tornamo-nos obcecados por algo que não nos cabe opinar ou executar. Devemos parar silenciar, e meditar sobre as nossas atitudes e verificarmos se estamos agindo corretamente, não estaremos interferindo no direito do cidadão, o da livre escolha de suas vidas, que nos foi concedido desde o nascer. Devemos deixá-lo viver do melhor modo que desejar, com responsabilidade.
            Esse desligamento deve ser com amor, não é desampará-lo, abandoná-lo, aos prejuízos dos efeitos indesejados. Quando o nosso concurso se fizer necessário servi-lo na hora de sua dor, e, dentro do possível auxiliá-lo, orientá-lo da melhor maneira sem interferência pessoal, deixando-o livre para decidir.
            Todos têm sentimento próprio, único, só nós sentimos o que está se passando conosco, não temos a menor capacidade de avaliar o momento pessoal de outra pessoa, podemos silenciar ao seu lado, ouvi-lo se ele desejar desabafar, rir se ele quiser rir, chorar se tiver necessidade de chorar, somos induzidos pelo instinto, ou pelo sentimento de compaixão por ele na sua situação.
            Desligar é deixá-lo viver, como, onde, com quem quiser, mesmo que não concordemos com a sua maneira, respeitando-o, pois, ele deseja de ser respeitado.        Desligando a vontade de modificar as atitudes de outras pessoas, estamos aprendendo uma forma de amar, sem interferir.

Rhedam.

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