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quarta-feira, 30 de março de 2011

BIOGRAFIA DE ALLAN KARDEC.

                            BIOGRAFIA DE ALLAN KARDEC.
            Nascido em Lião, em Três de outubro de 1804, de uma família antiga que se distinguiu na magistratura e na advocacia, Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail) não seguiu essas carreiras. Desde a juventude, sentiu-se inclinado ao estudo das Ciências e da Filosofia.
            Educado na Escola de Pestalozzi, em Yverdun (Suíça), tornou-se um dos mais eminentes discípulos desse célebre professor e um dos zelosos propagandistas do seu sistema de educação, que tão grande influência exerceu sobre a reforma do ensino da França e na Alemanha.
            Dotado de notável inteligência e atraído para o ensino, pelo seu caráter e pelas suas aptidões especiais, já aos quatorze anos ensinava o que sabia àqueles seus condiscípulos que haviam aprendido menos que ele. Foi nessa escola que lhe desabrocharam as idéias que mais tarde, o colocariam na classe dos homens progressistas e dos livres-pensadores.
            Nascido na Religião Católica, mas educado num país protestante, os atos de intolerância que, por isso, teve de suportar, no tocante a essa circunstância, cedo o levaram a conceber a idéia de uma reforma religiosa, na qual trabalhou em silêncio, durante longos anos, com o intuito de alcançar a unificação das crenças. Faltava-lhe, porém, o elemento indispensável à solução desses grandes problemas.
            O Espiritismo veio, há seu tempo, imprimir especial direção aos seus trabalhos.
            Concluídos seus estudos, voltou para a França. Conhecendo a fundo a língua alemã, traduzia para a Alemanha diferentes obras de educação e de moral e, o que muito característicos, as obras de “Fénelon”, que o tinham seduzido de modo particular.
            Era membro de várias sociedades sábias, entre outras da Academia Real de Arras, que, em concurso de 1831, o premiou pela notável memória sobre a seguinte questão: “Qual o sistema de Estudos Mais em Harmonia com as necessidades da Época?”
            De 1835 a 1840, fundou, em sua casa, na Rua de Sévres, cursos gratuitos de Química, Física, Anatomia comparada, Astronomia etc., empreendimento digno de elogios em todos os tempos, mas, sobretudo, numa época em que só um número muito reduzido de inteligências ousava enveredar por esse caminho.
            Entre as suas inúmeras obras de educação, citaremos as seguintes: Plano proposto para melhoramento da instrução pública de Pestalozzi, para uso dos professores e das mães de família (1829); Gramática Francesa Clássica (1831); Manual dos exames para os títulos de capacidade, Soluções racionais das questões e problemas de Aritmética e de Geometria (1846), Catecismo gramatical da língua francesa (1848), Programa dos cursos usuais de Química, Física, Astronomia, Fisiologia, que ele professava no Liceu Polimatico, Ditados normais dos exames da Municipalidade e da Soborna, seguidos de Ditados especiais sobre as dificuldades ortográficas (1849), obra muito apreciada na época do seu aparecimento e da qual ainda recentemente eram tiradas novas edições.
                    Antes que o Espiritismo lhe popularizasse o pseudomino de Allan Kardec, já ele se ilustrara, como se vê, por meio de trabalhos de natureza muito diferente, porém, tendo todos, como objetivo, esclarecer às massas e prende-las melhor as respectivas famílias e países.
                    Pelo ano de 1852, posta em foco a questão das manifestações dos espíritos, Allan Kardec entregou-se a observações perseverantes sobre esse fenômeno, cogitando, principalmente, de lhe deduzir as conseqüências filosóficas. Entreviu, desde logo, o principio de novas leis naturais: as que regem as relações entre o mundo visível e o mundo invisível. Reconheceu, na ação deste ultimo uma das forças da Natureza, cujo conhecimento haveria de lançar luz sobre uma imensidade de problemas tidos como insolúveis, e lhe compreendeu o alcance, do ponto de vista religioso.
                          Suas obras principais sobre esta matéria são: O livro dos Espíritos, referente à parte filosófica, e cuja primeira edição apareceu a 18 de abril de 1857; O livro dos Médiuns, relativo à parte experimental e cientifica (janeiro de 1861); O Evangelho Segundo o Espiritismo, concernente a parte moral (abril de 1864); O Céu e o Inferno, ou A
Justiça de Deus Segundo o Espiritismo (agosto de 1865); A Gênese, os Milagres e as
Predições (janeiro de 1868); a Revista Espirita, jornal de estudos psicológicos, periódicos mensal começado a 19 de janeiro de 1858. Fundou em Paris, a 19 de abril de 1858, a Primeira Sociedade Espirita regularmente constituída, sob a denominação da sociedade parisiense de Estudos Espiritas, cujo fim exclusivo era o estudo de quanto pudesse contribuir para o progresso da nova Ciência. Allan Kardec se defendeu, com inteiro, fundamento, de coisa alguma haver escrito debaixo da influencia de idéias preconcebidas ou sistemáticas. Homem de caráter frio e calmo observou os fatos e, de suas observações, deduziu as leis que os regem. Foi o primeiro a apresentar a teoria relativa e tais fatos e a formar com eles um campo de doutrina metódica e regular.
                                  Demonstrando que os fatos erroneamente qualificados de sobrenaturais se acham submetidos a leis, ele os incluiu na ordem dos fenômenos da Natureza, destruindo, assim, o ultimo refugio do maravilhoso e um dos elementos da superstição.
                                Durante os primeiros anos em que se tratou de fenômenos espiritas, estes constituíram antes objeto de curiosidade, do que de meditações serias. O livro dos Espíritos fez que o assunto fosse considerado sob aspecto diverso. Abandonaram mesas girantes, que tinham sido apenas um prelúdio, e começou-se atentar na doutrina, que abrange todas as questões de interesse para a Humanidade.
                                 Em vez de fé cega, que anula a liberdade de pensar, ele diz: Não há fé inabalável, senão a que pode encarar, face a face, a razão, em todas as épocas da Humanidade. A fé, uma base se faz necessária, e essa base e o entendimento perfeito daquilo em que se tem de crer. Para crer, não basta ver, é preciso, sobretudo, compreender. A fé cega já não é para este século. E precisamente no dogma da fé cega que se deve o ser hoje tão grande o número de incrédulos, porque ela quer impor-se e exige a abolição de algumas das mais preciosas faculdades do homem: "O raciocínio e o livre-arbítrio“. (O Evangelho Segundo o Espiritismo).
                                   Trabalhador infatigável, sempre o primeiro a tomar da obra e o ultimo a deixá-la, Allan Kardec morreu em 31 de março de 1869 quando se preparava para uma mudança de local, imposta pela extensão considerável de suas múltiplas ocupações. Diversas obras que estava terminando, ou que aguardavam oportunidade para vir a lume, demonstrarão um dia, ainda mais, a extensão e o poder das suas concepções.
                                  Uma individualidade pujante constituiu a obra. Era o guia e farol de todos. Na terra “a obra substituirá o obreiro”. Os crentes não se congregarão em torno de Allan Kardec; congregar-se-ão em torno do Espiritismo, tal como ele o estruturou e, com os seus conselhos, sua influencia, avançarão, a passos firmes, para as fases ditosas prometidas a humanidade regenerada. (1)

EXERCÍCIOS:
1. Onde e quando nasceu Hippolyte Leon Denizard Rivail?
2. Onde e com quem estudou Hippolyte Leon Denizard Rivail?
3- Quais suas obras principais como professor no campo da educação?
4- Explique como Allan Kardec iniciou o estudo do Espiritismo?
5- Quais as principais obras da codificação Espirita feitas por Allan Kardec?

BIBLIOGRAFIA:
1. AUTORES: Diversos- Livro: Curso Preparatório de Espiritismo- Pág. 122 a 125-10º
                        Edição-1998- Livraria e Editora Humberto de Campos. Edições FEESP-
                        São Paulo-SP. (2)
2. AUTOR:     Allan Kardec- Livro Obras Póstumas- Pág. 11 a 19- 17º Edição-1978-
                        Editora FEB - Rio de Janeiro. RJ.

                                                                            RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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