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quinta-feira, 31 de março de 2011

A Cólera na Criança.

                        Manifestações de Cólera na Criança.

                                                                                  Dra. Maria Julia P. de Moraes P. Peres

            A cólera é um instrumento pela qual a criança reage contra um ambiente ameaçador, geralmente formado, pela própria família ou pessoas do seu círculo social.
            Na sua forma primitiva é um auxílio da autodefesa. Significa que há algum problema em alguma situação, que deve ser solucionado. Indica embaraços na vida emocional da criança, que poderiam passar despercebidos, pois a sua cólera brota de dificuldades de sua vida interior.
            O Espiritismo nos esclarece que tais criaturas são colocadas em nossa vida sempre com uma finalidade útil, tanto para a nossa aprendizagem, como para a aquisição de experiências e conhecimentos materiais e morais. Em ambos os casos, a nossa responsabilidade é imensa em tentar orientar esses seres, que são postos em nosso caminho com ligações espirituais e emocionais anteriores a esta vida. É nosso dever estudá-los, compreendê-los e dar-lhes o que de melhor formos capazes.
            No caso da cólera na criança, temos a tendência de encará-la como uma afronta ao nosso orgulho, repelindo-a, muitas vezes, com manifestações da nossa própria ira, envolvendo-a, não raras vezes, em conflitos íntimos que podem marcá-la para toda existência. Por esse motivo faz-se mister conhecer os principais fatores desencadeantes dessa cólera, para abordá-la cuidadosamente de modo a melhorar aquele ser com o qual talvez tenhamos contraído dívidas no passado. Esses fatores podem ser provocados pela nossa interferência em suas atividades físicas e emocionais. Isto se manifesta desde a mais tenra idade: quando se enrola um recém-nascido em cobertores ou faixas, tolhendo-se-lhe os movimentos; quando não se cuida de trocar-lhe as fraldas e, convenientemente, de alimentá-lo de maneira adequada ou de colocá-lo em posição confortável. Antes de um ano de idade as manifestações de cólera são no sentido de remover um obstáculo. Aos dois e três anos é freqüente a criança encolerizada fazer ameaças com desejo de vingança, manifestados muitas vezes por atitudes de revide, como derrubar móveis, agressão por mordedura, pontapés, etc. Aos quatro anos há crianças que ameaçam fugir, matar, ferir, machucar, como formas indiretas de sua agressividade. Outras dirigem sua cólera contra si mesma, entregando-se à auto-agressão física, como morder-se e atirar-se ao chão. São crianças mais suscetíveis à cólera as crianças inquietas, com sono, em convalescença, cansadas, famintas.
            A freqüência é maior nos lares em que os pais apresentam desajustamento emocional.  Daí, mais uma vez a necessidade imperiosa da prática da reforma íntima, a partir do próprio lar, com sentimentos de tolerância e compreensão entre os cônjuges, para proporcionar um ambiente salutar, condicionador do equilíbrio psíquico dos Espíritos que, por determinações superiores, estão encarnados em uma mesma família.

Fonte: Manifestações de Cólera na Criança - Dra. Maria Julia P. de Moraes P. Peres - Pág. 9 e 10 - Reformador Nº. 1.855 - Outubro de 1983 - FEB - Brasília -DF.

                                                                            RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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