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sexta-feira, 4 de março de 2011

A ARTE DE VIVER COM... O AMANHA. Nº.4.



                                               A ARTE DE VIVER COM...
                                                           - O Amanha, (I)          
            Na guerra da Coréia num momento em que o confronto bélico deu uma pausa, encostados em veiculo, um sargento e um soldado conversavam, o superior perguntou: - “Se eu fosse Deus, e pudesse lhe dar algo, o que você gostaria de ganhar?
            O Soldado, comendo feijão enlatado, parou, pensou e disse: - “eu gostaria de ter o Amanha”. Nesse pequeno relato de um fato verídico, vivido por personagens desconhecidos, reconhecemos a sabedoria da resposta, gostaria de ter “O Amanha”.
            Sim porque não sabemos se teremos o Amanha. Nós costumeiramente transferimos deveres e obrigações para o dia seguinte, como se tivéssemos a certeza do Amanha.
            O que nos cabe, é fazer tudo, a todos e bem feito, o que nos é possível, hoje, se a hora da viagem para outra dimensão chegar, tenhamos concluído o máximo dos nossos afazeres, não deixando compromissos assumidos para os familiares e colegas resolverem.
            “O Amanha” é o nosso eterno presente, pois transcendemos o tempo e o espaço, vejamos agora 15,50 horas, às 15 horas já é passado, às 16 horas é o futuro, bem próximo.   Devemos meditar sobre o que poderá ocorrer nesse tempo que antecede o horário exemplificado, o que agora esta acontecendo no Planeta? Quantas pesquisas que beneficiem a humanidade? Quantas descobertas? Quanta evolução para o ser hominal através da justiça e do amor está propiciando progresso para todos nós? Quantos seres racionais e irracionais estão nascendo na Terra? E assim por diante, Quantos, quantas... Intermináveis situações.
            Pelo aculturamento de séculos e milênios atravessados pelo homem criamos o hábito de esperar pelo amanha, se não chover amanha farei tal coisa. Vou a tal lugar. Esquecemos do hoje.
            O Jovem Ka ouvindo essa história, assustado foi procurar o Sábio. Ao chegar à residência rural do mesmo, encontrou-o a regar as plantas do seu pequeno pomar.
            Após as saudações de praxe, o sexagenário Senhor, perguntou-lhe, - “o que O traz aqui, nesta hora meu Jovem?” O rapazote acabrunhado e assustado, disse-lhe: - “venho consultá-lo sobre um assunto muito importante Senhor?” Por sua vez perguntou, - “Senhor o que é “O Hoje?”
            - O Hoje, é um tesouro composto de vinte quatro horas que nos é dado há milênios de existências, que poucos sabem aproveitar. E quando perdido é irrecuperável. Perdendo-o, nada mais poderemos fazer para encontrá-lo, a não esperar que o Amanha se transforme em Hoje, e isso não nos é garantido. Porque não sabemos se teremos o Amanha.
            Desse modo, hoje, devemos fazer tudo o é possível, pois, muitas vezes desejamos fazer algo impossível de ser feito, e o que possível fica sem ser feito. Por tanto façamos Hoje o que nos cabe fazer. Estou aguando as plantas, pensei, vou alimentá-las com o néctar da vida, a água, se não chover ficaram ressequida e poderão morrer.
            Amanha se eu não estiver aqui, alguém fará se não fizerem, a natureza fará a seu modo, eu cumpri o meu compromisso de mantê-las, viçosas e lindas embelezando a nossa vida.
            Agora meu jovem, volte aos seus afazeres compromissados para hoje, faça-os com muito amor e bem feito. Faça a sua parte, se puderes ajude seus companheiros sobrecarregados a realizarem a parte dele.

 Rhedam.

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