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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

- ROTEIRO DE INICIÇÃO AO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA. - AULA Nº. 17. MÉDIUNS E MEDIUNIDADE. - ANEXO Nº. 47. - ESTUDO. - ODILON FERNANDES. ( CARLOS A BACCELLI.)


                                                           II - ESTUDO.

            “A explicação dos fatos admitidos pelo Espiritismo, suas causas e suas consequências morais, constituem toda uma ciência e toda uma filosofia, que requerem um estudo sério, perseverante e aprofundado”. - (O Livro dos Médiuns - Primeira Parte - Cap. II)

            Mediunidade sem estudo pode ser comparável a uma locomotiva correndo fora dos trilhos.
            O primeiro e mais importante dever do médium é, sem dúvida o de estudar.
            Não basta ser médium para deter o conhecimento espírita, assim como não basta ser espírito liberto da matéria para possuir toda a sabedoria acerca do Mundo Espiritual. Existem Espíritos tão ou mais ignorantes do que os médiuns dos quais se servem.
            Afora a necessidade de tomar parte nas reuniões de estudos o Centro Espírita a que esteja vinculado, o médium deve estudar por conta própria, procurando ampliar os seus conhecimentos, permutando ideias com os companheiros mais experientes da jornada humana.
            Mediunidade é intercâmbio, e o intermediário deve aprimorar-se quanto possível, para não deturpar a mensagem de que deseje fazer-se o estafeta.
            Não raro, o que pertence ao Espírito comunicante são a ideia e a emoção; ao medianeiro cabe materializa-lãs através de seus recursos intelectuais.
            Quanto mais consciente o médium, maior a sua participação na mensagem e, consequentemente, maior a sua responsabilidade.
            Os médiuns chamados mecânicos, ou inconscientes, são difíceis de encontrar. No caso deles, os Espíritos têm que, praticamente, fazer todo o trabalho; por isso, preferem trabalhar com os médiuns que, conscientemente, lhes sucedem os esforços. O exemplo que podemos citar nesse sentido é o do próprio Cristo, que foi o Médium Consciente de Deus. Ele representa a mediunidade no que ela tem de mais sublime. A sua identificação com o Pai era de tal ordem, que disse:”Eu e o Pai somos um”.
            Sendo um sentido psíquico, a mediunidade está sujeita à evolução, assim como os demais sentidos do homem. À medida que evolui, ela caminha para o campo da intuição pura, que é o seu ápice. Por isso, não vemos motivo para que os médiuns desejem operar na inconsciência, como se isso lhes fosse garantia contra o animismo ou problemas semelhantes.
            Quando se trata do bem genuíno, não existe animismo e nem tampouco mistificação, no sentido literal da palavra.
            Quando enfatizamos a necessidade de estudo do médium, não estamos nos referindo apenas de caráter doutrinário. Quanto mais o médium se torna e se informa, maior será a sua colaboração ao Espírito comunicante. Sim, porque muitos espíritos precisam do médium, não apenas como uma ponte de que se servem para atravessar o abismo dimensional que os separa da Terra, mas igualmente, para suprir-lhes a falta de recursos intelectuais e a sua total inabilidade para lidarem com o intercâmbio em si.
            Portanto julgamos de bom alvitre que o médium se dispa-se de seus escrúpulos excessivos e procure estudar e estudar sempre.
            A mente mediúnica assemelha-se a um computador que precisa estar devidamente programado, para funcionar a contento.
            O exercício da mediunidade não se compadece com a ignorância do instrumento. Aliás, a rigor, não há um só médium que não coloque algo se si mesmo na mensagem que transmite. Se assim é, que o médium participe positivamente e não negativamente.
            Que o  médium seja sincero e bem intencionado e obterá o aval dos Espíritos superiores; caso contrário, precipitar-se-á, mais cedo ou mais tarde, na vara escura do desequilíbrio.

Fonte: Livro Mediunidade e Doutrina - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 1o. Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP - 1990.

                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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