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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

- VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES. - N º. 52. - 40 º. Parte. - SILVIO BRITO SOARES.

   VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES.

            40 º. Parte. – Em 1884 fundava-se a Federação Espírita Brasileira, e Bezerra de Menezes lhe ocupava a presidência em 1889 e a vice-presidência em 1890 a 1891.
            “No dia 03 de agosto de 1895 houve na Federação uma assembléia geral para, além de serem ventilados vários assuntos, conforme constou da convocação, proceder-se à eleição de um novo presidente, em virtude da vaga aberta coma renúncia do Dr. Julio Cesar Leal.
            O Dr. Bezerra de Menezes, como era de esperar-se, obteve maioria absoluta dos votos, concedendo-lhe essa assembléia amplos e irrestritos poderes discricionários, a fim de que pudesse agir livremente na defesa dos princípios doutrinários da sociedade.
            Ao tomar posse, Bezerra pronunciou uma breve alocução, traçando novos rumos para o Espiritismo, dentro de uma linha inflexível de bom senso, de amor, de sabedoria e de profunda sintonia com os desígnios do Alto.
            E durante toda a sua presidência trabalhou ativamente e com muito ardor na propósito de consagrar os espiritistas, e jamais esmoreceu na luta a bem da unificação geral, mantendo campanha sistemática em favor do estudo da nossa Doutrina e, sobretudo, seja pela palavra falada, integral interdependência do Espiritismo e do Evangelho. Sem ele a Terceira revelação não subsistiria e jamais se agigantaria nas consciências humanas. Nesse seu apostolado, sofreu grande e tenaz oposição por parte de alguns espiritistas, principalmente dos chamados cientificistas, que colocavam a vaidade deles acima da própria verdade, que abdicavam da consciência, a fim de que seus pontos de vista prevalecessem. Tinham, portanto, uma visão muito estreita no tocante à finalidade do homem na Terra e da sua responsabilidade tremenda após a morte, por se lhe ter oferecido a luz da verdade e ele haver preferido o obscurantismo.
            Bezerra compreendia e sentia perfeitamente que esses que desejavam fazer predominar seus pontos de vista, suas idéias, transpirando, como dissemos, pura vaidade, não passavam, como inspiradamente categorizou Allan Kardec, em Obras Póstumas, de espíritas de contrabando, mas que também, mesmo assim, seriam de alguma utilidade; ensinaram o verdadeiro espírita a ser prudente, circunspecto, e a não se fiar nas aparências!”
            Já em outubro desse mesmo ano, Bezerra teve oportunidade de prestar sua homenagem, em nome da Federação Espírita Brasileira, ao ínclito Codificador do Espiritismo, fazendo circular um número especial de Reformador, que trouxe uma capa muito sugestiva, com o retrato, em ponto grande, de Allan Kardec. Inseriu, nessa revista comemorativa, o pensamento de inúmeros espiritistas da época, enfaixando-os sob título genérico de Poliantéia. Dela fazia parte, também, o seu pensamento, nestes termos:
            “A ligar no mesmo feixe a Ciência e a Religião, duas caudais procedentes da mesma fonte, dois raios de luz do sol infinito, veio à terra a Nova Revelação, que em si consubstanciou aquelas duas irmãs, até aqui divorciadas, mas de ora em diante unificadas na eterna e imutável lei do progresso.
            “O sábio, pois, que não conhecer a verdadeira revelação religiosa, e o religioso que não conhecer a verdadeira revelação científica, que não poderão realizar seu destino – a perfeição; porque a ciência e a Religião são as asas de subir à perfeição, e aqueles estarão no caso da ave que tem sã uma das asas e tem outra ferida ou paralítica, o que a impede de equilibrar-se no ar, de voar pelos espaços.
            “Para progredirmos, para subirmos, precisamos ter, igualmente fortificadas, as duas asas – o conhecimento das leis morais ou Religião, e o conhecimento das leis do mundo físico ou Ciência.
            “O Espiritismo no-las revelou, em mais subido grau, e Allan Kardec as enfeixou, como Os Evangelistas enfeixaram as verdades ensinadas diretamente por N. S. Jesus-Cristo.
            “Graças e bênçãos ao Apóstolo da Nova Revelação, que rasga aos olhos da Humanidade o véu do templo, por lhe deixar ver, permitir ao homem que veja quem é, donde vem, para onde vai.
            “Glórias infinitas a Deus e a Jesus, seu pensamento, bênçãos ao seu missionário: Allan Kardec”.

                                                                       *

            Fonte: - Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES”  - SILVIO BRITO SOARES – 4 ª. Edição – Editora FEB. – Rio de Janeiro, RJ. – Agosto de 1978.


                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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