Powered By Blogger

quinta-feira, 26 de abril de 2012

- PRECES ESPÍRITAS. - APOLOGIA DA PRECE. - JOANNA DE ÂNGELIS. (ALFREDO MIGUEL.)


          APOLOGIA DA PRECE.

              ORAR SEM CESSAR.

Com muita propriedade o apóstolo Paulo, na 1a. Epístola aos companheiros da Tessalônica assevera: “orai sem cessar”.
Orar, entretanto, não é apenas falar a Deus, em longos recitativos, ou guardar a alma em atitude extática numa contemplação inoperante e improcedente.
Com o Senhor aprendemos que orar é servir, convertendo dificuldades e bênçãos e acendendo lâmpadas de esperança nas sombras por onde seguem as almas.
Com Ele sabemos ser a oração mensagem que flui da Alma em direção do Criador e reflui do Criador para a Alma como bênção socorreste.
Compreendemos, assim, que o “orar sem cessar” é meditar sempre, aplicando o tempo mental em utilidade psíquica, laborando pela edificação íntima ou alongando os braços no serviço de santificação do dever.
Inquietado pelo tumulto das atividades e que se liga, o homem, muitas vezes, não se prepara para a oração constante, reservando do canhenho dos deveres humanos tempos pequenos e determinados para o diálogo com Aquele que é o hálito e a causa da Vida.

É natural que sua débil voz se perca no tumulto interno, sem atingir os Ouvidos Celestes.
Mensagens mal impressas ou transmitidas em freqüência irregular não alcança os portos de destinos, perturbadas pela estática ou interrompidas pela falta de potencialidade que as conduza através dos veículos deficitário do instrumento do transmissor...
Evidentemente que não recebidas , ficam sem respostas...
...Orar sem cessar para que os recados continuados atinjam as Estâncias do Mundo Superior... 

O homem, honrando-se trabalho do campo, ora.
O oleiro modesto, na confecção nobre do vaso, ora.
O operário eficiente, na materialização do compromisso, ora.
O sacerdote, em visita à dor, ora.
O instrumentalista, em exercício digno, ora.
O mestre, ministrando as páginas de vida na formosa ciência do ensino, ora.
O estático ou o reverente, o solitário ou o enclausurado, longe da ação superior que anula todo mal, mesmo em atitude de prece, estão distantes da oração.

Na incomparável prece que Jesus nos ensinou, o Pai Nosso, encontramos a síntese sublime das aspirações humanas, em forma de colóquio ideal com o Excelso criador.
Louvor a Deus e exaltação do Seu Nome e da Sua Obra, submissão à Sua Lei de sabedoria e justiça e apelo - apelo que é súplica humilde e confiante de filho amado a Pai amantíssimo cujos ricos celeiros de bênçãos sempre se encontram à disposição daqueles que os buscam.  
Orar é mais do que abrir a boca e pedir. É comungar com Deus, banhando-se de paz e renovação íntima...
Orar é como arar, agir, atuar com Jesus Cristo e os Espíritos Superiores em favor do mundo.
A maior oração da vida transcendental do Cristo foi o verbo amar, conjugado da Manjedoura ao Gólgota, culminando no olvido a todo o mal com a mensagem do bem com que Ele partiu da Terra.
E ainda agora, quando fatores variados conspiram na vida moderna contra a serenidade, a paz e a edificação crista, entre os homens, recorda a necessidade de orar, orar sem cessar, para que o vendaval das paixões não te possa carregar na sua fúria.

Joanna de Ângelis.

Fonte: Livro Apologia da Prece - autor Alfredo Miguel - 2a. Edição - Livraria Espírita “Alvorada” Editora - Salvador Bahia - 1972.


                                RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

Nenhum comentário:

Postar um comentário