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terça-feira, 24 de abril de 2012

- HISTÓRIA ESPIRITUAL DO BRASIL. - No. 32. - BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO. - A REPUBLICA. - HUMBERTO DE CAMPOS. (IRMÃO X. -CHICO XAVIER.)


             A REPUBLICA

A monarquia, desenvolvera todas as liberdade públicas, espíritos avançados, consideravam-na como a recordação da influência portuguesa, a Republica era considerada pela comunidade brasileira como a fórmula de governo compatível com a evolução do país e coma posição cultural do seu povo.
Está idéia, embora nativista, alcançará todas as inteligências , e a garantia do seu êxito aos olhos de todos, ocorreu após  a Lei da Abolição.
Por esta razão os anos de 1888 e 1889, marcavam os tempos derradeiros do único império da América. Entre todos e em todas as partes, das comunidades civis e militares, ascendiam os fachos do idealismo republicano, sob o pálio da generosidade da Coroa.
No Mundo invisível. reúne o Senhor as falanges benditas de Ismael e seus colaboradores e, enquanto as luzes tênues douravam o éter da imensidade ,que se enfeitava da luminosas flores dos jardins do Infinito, falou a sua voz, como no crepúsculo admirável do Sermão da Montanha:
- Irmãos, a Pátria do Evangelho atinge agora a sua maioridade coletiva. profundas transições assinalaram a sua existência social e política. desta forma, ela é responsável por todos os atos comuns que pratica no concerto dos povos do planeta. Separemos agora o organismo político do Brasil dos alvitres permanentes e constantes do mundo invisível, para que todos os empreendimentos sejam devidamente valorizados. Igual os indivíduos, as nações tem, igualmente, à mais ampla liberdade de ação, uma vez atingindo o plano dos seus raciocínios próprios. Acompanharemos, indiretamente o Brasil, onde foram jorradas as sementes do Evangelho. a fim de que seu povo, generoso e fraternal , possa inscrever mais tarde a sua gloriosa missão espiritual nas mais belas páginas da civilização, em o livro de ouro dos progressos do mundo. Os votos evolutivos, referindo-se as instituições sociais e políticas, observaremos carinhosamente, de maneira que sejam obstadas as deliberações das suas autoridades administrativas no plano tangível da matéria terrestre; mas, como o reino do amor integral e da verdade pura ainda não é do orbe terreno, urge reformemos também as nossas atividades, concentrando-se em todos os espíritos localizados na região do Cruzeiro.
O templo de Ismael será consolidado, para que possamos expandir por toda a Pátria , as claridades consoladoras da minha doutrina de redenção, de piedade e de misericórdia. ensinarei aos meus novos discípulos encarnados a paciência e a serenidade, a humildade e o amor, a paz e a resignação, para que a luta seja vencida pela luz e pela verdade. Abrireis a caravana do evangelho, que marcha ao longo dos caminhos da sombra, a estrada da revolução interior, cujo objetivo único é a reforma de cada um , sob o fardo das provas, sem o recurso à indisciplina perante as leis estatuídas no mundo e sem auxílio das armas homicidas.
“A Nova Revelação não é dada para que se opere a conversão compulsória de César às coisas de Deus, mas para que César esclareça o seu próprio coração, edificando-se no exemplo dos seus subordinado e tornando divina a sua imperfeita obra terrestre. Conduzireis, os meus discípulos encarnados e o estandarte da fé e da caridade, com o programa da renúncia e do desprendimento dos bens humanos, dentro dos sagrados imperativos da sua grandiosa missão.”
“A Proclamação da república Brasileira, como índice de maioridade coletiva da nação do Evangelho, há de fazer-se sem derramamento de Sangue, como acontecem com todos os grandes acontecimentos que afirmam, perante o mundo, a Pátria do Cruzeiro, os quais se desenvolveram sob a nossa imediata ação. a partir de agora o Brasil político será entregue à sua responsabilidade própria. as transições ocorrerão acima de todos os cultos religiosos, para que todas as conquistas se verifiquem fora de qualquer eiva do sectarismo. Os discípulos do Evangelho sofrerão, certamente, os efeito dolorosos da borrasca em perspectiva; estaremos, porém, a postos, sustentando o Brasil espiritual, que , de ora em diante, passará a ser nosso patrimônio. Articularemos todas as possibilidades e energias em favor do Evangelho, no país inteiro, e a obra de Ismael derrama as bênçãos fulgurantes do céu sobre todos os corações , na estrada de todos os felizes e de todos os tristes da Terra.
“Acordemos a alma brasileira para a luminosa alvorada desse novo dia!
No capítulo das instituições humanas, os esforços que despendemos até agora estão mais ou menos encerrados; compete-nos, todavia, em todos os dias do porvir, conservar e desenvolver a “melhor parte”, espiritualizando essas mesmas instituições , dentro das grandes finalidades de todos os labores das esferas elevadas do plano espiritual.
“Bem-aventurados todos os trabalhadores da seara divina da verdade e do amor, pois deles é o reino imortal da suprema ventura!”
As falanges invisíveis, preparam então o último acontecimento político, sob as bondosas determinações do Divino Mestre, que se verificaria com o seu amparo direto e que constituiria a proclamação da Republica.
  O Rio de Janeiro, na Vanguarda, de todas as grandes cidades do país, propagavam abertamente as idéias republicanas. Os espíritos eminentes doa nação preparavam o grande acontecimento. Entre os seus organizadores , para que as novas instituições não pecassem pelo excessos da paixão sanguinolenta dos sectarismos religiosos, e  15 de Novembro de 1889, com a bandeira do novo regime nas mãos de Benjamin Constante, Quintino Bocaiúva, Lopes trovão, Serzedelo Corrêa, Rui Barbosa, e toda uma plêiade de inteligência cultas e vigorosas , o Marechal  Deodoro da  Fonseca proclama, no Rio de Janeiro, a República dos Estados Unidos do Brasil.
O imperador, recebe com amarga surpresa a notícia. Deodoro, era íntimo do seu coração e da sua casa, voltava-se agora contra as suas mãos generosas e paternais. Todos os ambientes monárquicos pesam esse ato de ingratidão; mas todos os republicanos eram íntimos de D. Pedro II, quem não lhe devia, no Brasil o patrimônio de cultura e de liberdade? 
Estes instantes foram rápidos.
O nobre imperador, repeliu todas as sugestões que lhe eram oferecidas pelos espíritos apaixonados da Coroa, para reagir.
Confortados pelas falanges luminosas do Alto, que não o abandonaram em toda a vida, ele, não permitiu que se derramasse uma gota de sangue brasileiro.Rapidamente preparou-se , e retirando-se com a família imperial para a Europa, obedecendo os revolucionários e, com lagrimas nos olhos, rejeita as elevadas somas que o Tesouro Nacional lhe oferece, para aceitar apenas um travesseiro de terra do Brasil, a fim de que o amor da Pátria do Cruzeiro lhe santificasse a morte, no seu exílio de saudade e pranto.
Jesus, consoante à sua promessa, lhe santificou os cabelos brancos. Uma tranqüila paciência caracterizou o seu martírio mortal.
O grande imperador, retirou-se do Brasil deixando,não um império perecível e transitório do mundo, mas uma família ilimitada , que hoje ultrapassa a cento e cinqüenta milhões de almas.
Visitado pelo visconde de Ouro Preto, no mesmo dia em que chegava a capital portuguesa, declara-lhe o imperador com serena humildade:
- Em suma, estou satisfeito ...
E quanto à sua deposição, acrescenta:
- É a minha carta de alforria. Agora posso ir a onde eu quiser.
Naqueles amargurados dias, o velhinho estava prestes a desencarnar.
No Brasil, continuadas seriam as tradições de amor e de liberdade,pelas forças militares, que a seu turno, as entregariam aos grandes presidentes paulistas.
Nunca a sua figura de chefe de família brasileira foi esquecida no altar das lembranças da Pátria do Evangelho , e não foi só o Brasil quem lhe reconheceu a inesquecível superioridade espiritual.
Conta-nos Mucio Teixeira, então Cônsul-Geral do Brasil em Caracas, que ao chegarem até lá as notícias dos acontecimentos de 15 de novembro, desenrolados no Rio de Janeiro,ao entrar no Palácio do governo da república vizinha, O Dr. Rojas Paul, eminente político sul-americano, Exclamou:
- Senhor Cônsul-Geral do Brasil, peça a Deus que a sua pátria , que foi governada durante meio século por sábio, não seja doravante levada pelo tacão do primeiro ditador que se lhe apresente.
E abraçando-o sensibilizado concluiu:
- Acabou-se a única República que existia na América __ o  Império do Brasil. 

Fonte: Livro: Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. – Autor Espiritual Humberto de Campos. – Médium. Francisco C. Xavier. – Editora da FEB. – Rio de Janeiro, RJ.


                                                RHEDAM.(rhedam2gmail.com)

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