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terça-feira, 27 de março de 2012

- HISTÓRIA ESPIRITUAL DO BRASIL. - No. 28. BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO. - A OBRA DE ISMAEL. - HUMBERTO DE CAMPOS. (IRMÃO X - CHICO XAVIER.)


                                                   A OBRA DE ISMAEL

          O movimento preparatório mundial do espiritismo tinha, no Brasil, a sua repercussão.
                           Em 1840, por influxão de Ismael, chegavam ao Brasil, dois médicos humanitários. Eram Bento Mure e Vicente Martins, que fizeram da homeopatia um apostolado. Eles muitos anos antes da codificação kardeciana conheciam os transes mediúnicos e o elevado alcance da aplicação do magnetismo espiritual.
                    Através deles foram introduzidos vários serviços de beneficência, e, traziam por lema a mesma inscrição da bandeira divina de Ismael _ "Deus, Cristo e Caridade". Cumprindo os desígnios da espiritualidade, foi indescritível o seu devotamento a coletividade brasileira. 
              Nas suas pegadas, outros pioneiros seguiram seus exemplos da homeopatia e do espiritismo, na Pátria do Evangelho. Esses médicos homeopatas iniciaram aqui no Brasil os passes magnéticos como auxílios de cura.
                    Seguiam as orientações do grande mestre Hahnemann que além de ser um grande conhecedor do magnetismo espiritual recomendava esses métodos psicoterápicos aos seus seguidores.
                  Os fenômenos de Hydesville, na América do Norte , em 1847, não passaram despercebidos à corte do segundo reinado. A febre sobre os fenômenos que correu a Europa também se abateu sobre o Rio de Janeiro nos cérebros mais destacados no meio social.
                    Em 1853, ja tinha na cidade, um pequeno grupo de estudioso, entre eles encontravam-se o Marquês de Olinda, e do Visconde de Uberaba, também existiam em Salvador estes grupos de experimentação. Em 1860 surgiram às primeiras publicações espíritas, e, em 1865, O Dr. Luís Olimpio Teles de Menezes e alguns colegas, replicava pelo "Diário da Bahia "a um artigo irônico de um cientista francês, desfavorável ao espiritismo, publicado na Gazeta Medicale.
                    As publicações brasileiras não passaram despercebidas pelo próprio Alan Kardec, tendo delas conhecimento com as mais justas satisfações íntimas.
                          A doutrina seguia com marcha vitoriosa quando em 1869 o codificador desprendeu-se dos laços que o prendiam a terra. Neste mesmo ano surgia o primeiro periódico espírita brasileiro _ "Eco de Além túmulo". Porem, o desaparecimento de Alan Kardek deixara uma desorientação no campo da doutrina organizada. Em Paris e nos grandes centros europeus quiseram substituir-lhe a autoridade, inutilmente. As falagens de Ismael estavam vigilantes.
                Sugeriram que fosse criado no Rio de Janeiro, um órgão orientador central, que dirigisse todos os movimentos da doutrina no Brasil. Um emissário de Ismael, que dispunha de maiores afinidades mediúnicas, para comunicar-se com grupos particulares, adotou o pseudônimo de Confúcio, e transmitia instrutivas mensagens e valiosos ensinamentos.
            Em 1873, fundava-se o primeiro grupo com todas as formalidades exigidas, o "Grupo Confúcio“, que constituía a base sólida, da obra tangível e determinada de Ismael no Brasil. Por este grupo passaram todos os simpatizantes da época, foi efêmera a sua existência, três anos, porem memorável foram os seus trabalhos, os quais participou em espírito o próprio Ismael, esclarecendo a sua elevada missão no Brasil.  
                Os espíritas da nossa era, não conheceram a dura realidade pelas quais passaram os principiantes da doutrina em nosso país, lutaram contra a opinião hostil do tempo, contra o insulto, o ridículo e, sobre tudo contra as forças reacionárias invisíveis, para levantarem bem alto a bandeira de Ismael, como manancial de luz para todos os espíritos e conforto para todos os corações.
                Essas entidades trouxeram a ingrata oposição do trabalho produtivo da edificação evangélica no Brasil. Podemos aqui comparar como Aquiles tinha um ponto vulneral em seu calcanhar, o homem tem em si a vulnerabilidade através da vaidade e fraqueza, em todos os escaninhos da sua personalidade espiritual, e, os seres das trevas, se não conseguiram vencer todos os trabalhadores, conseguiram desuni-lo no plano dos seus serviços as causas justas.
              Os mensageiros de Ismael, triunfando da discórdia, que destruía o grande núcleo nascente, fundou em 1876, a “sociedade de Estudos Espíritas Deus, Cristo e Caridade”, sob a direção de Francisco Leite de Bitencort Sampaio, que junto com Bezerra de Menezes tivera sua tarefa previamente determinada do Alto. Em 1878, reunia-se a ele Antonio Luiz Saião, para a vitoriosa caminhada do Evangelho de Jesus, nas terras do Cruzeiro. As trevas não davam tréguas e perseveravam. As almas humildes e preparadas para as tarefas do Senhor, como Bitencort Sampaio que abandou a literatura e a política, para dedicar-se a causa de Ismael, e novamente as entidades tenebrosas conseguiram encontrar um médium para dolorosa tarefa de fomentar a desarmonia e a discórdia, e novamente os mensageiros da nova causa unem-se para fundarem em 1880 a "Sociedade Espírita Fraternidade" em que carrega o ideal do emissário do Divino Mestre.
          Em 21 de janeiro 1883, Augusto Elias da Silva, fundava o "Reformador" ajudados por companheiros de hostes invisíveis, no mesmo dia morreu Madame Alan Kardec. Continuavam as reuniões humildes de Antonio Sayão e Bittencourt Sampaio. Um grupo de médiuns curadores abnegados iniciam no Rio, o seu penoso apostolado. Elias da Silva e companheiros observam que ficava difícil a situação devido a polemicas esterilizadoras. Mas o Alto, categoricamente pede para chamarem Bezerra de Meneses.
                Elias vai o encontro de Bezerra de Menezes que estava com o coração preparado para o sagrado serviço da seara de Jesus, na face da Terra. Traz consigo a Harmonia, serenando todos os conflitos. Estabelece a prudência e descrição entre os temperamentos mais veementes e combativos.
              A obra de Ismael, com referência ao Consolador, estava definitivamente instalada na Pátria do Cruzeiro, com precariedade de recursos humanos. Todas as divergências foram atenuadas, e a tranqüilidade voltou a todos os centro de estudos do Rio de Janeiro, e com isso, com o concurso de encarnados e desencarnados mais tarde essa unificação resultou na Federação Espírita Brasileira, onde está a direção geral de todos os trabalhos da obra de Ismael no Brasil.

Fonte: Livro: Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. – Autor Espiritual Humberto de Campos. – Médium. Francisco C. Xavier. – Editora da FEB. – Rio de Janeiro, RJ.


                                            RHEDAM.(rhedam@gmail.com)

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