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segunda-feira, 19 de março de 2012

- ESTUDANDO O LIVRO DOS MÉDIUNS. QUESTÃO NO. 50. - ALLAN KARDEC.



                                                   QUESTÃO Nº. 50.

                 - Sistema da alma material; consiste, unicamente, numa opinião particular sobre a natureza íntima da alma. Segundo esta opinião, a alma e o perispírito não seriam duas coisas distantes, ou, melhor dizendo, o perispírito não seria outro senão a própria alma, se depurando gradualmente pelas diversas transmigrações, como o álcool se depura pelas diversas destilações, enquanto a Doutrina Espírita não considera o perispírito senão como o envoltório fluídico da alma ou do Espírito. O Perispírito sendo matéria, embora muito etérea, a alma seria assim de uma natureza material mais ou menos essencial segundo o grau de sua depuração.
           Este sistema não anula nenhum dos princípios fundamentais da doutrina Espírita, porque nada muda na destinação da alma; as condições de sua felicidade futura são sempre as mesmas; a alma e o perispírito formam um todo, sob o nome de Espírito, como o germe e o perisperma o formam sob o nome de fruto; toda a questão se reduz em considerar o todo como homogêneo, em lugar de estar formado por duas partes distintas.
            Como se vê isso não leva a nenhuma conseqüência, e disso não teríamos falado se não tivéssemos encontrado pessoas inclinadas a ver uma nova escola no que não é definitivamente, senão uma simples interpretação de palavras.
            Cremos necessário dever dizer, em poucas palavras, sobre o que se apóia a opinião daqueles que consideram a alma e o perispírito como duas coisas distintas. Está fundada nos ensinamentos dos Espíritos que jamais variaram a esse respeito; falamos dos Espíritos esclarecidos, porque entre eles os há os que não sabem mais, e mesmo menos do que os homens, ao passo que a teoria contrária é uma concepção humana. Não inventamos, nem supusemos o perispírito para exemplificar os fenômenos; sua existência nos foi revelada pelos Espíritos, e a observação no-la confirmou. (Questão do livro dos Espíritos - Nº. 93). Ela se apóia ainda, sobre o estudo das sensações dos Espíritos (Questão do livro dos Espíritos - Nº. 257) e, sobretudo, sobre os fenômenos das aparições tangíveis que implicariam, segundo a outra opinião, a solidificação e a desagregação das partes constituintes da alma e, por conseqüência, sua desorganização. Seria necessário, por outro lado, que está matéria, que pode impressionar os sentidos, fosse ela mesma, o princípio inteligente, o que não é mais racional que confundir o corpo com a alma, ou a veste do corpo. Quanto à natureza íntima das almas, nos é desconhecida. Quando se diz que é imaterial, é preciso entender no sentido relativo, e não no absoluto, por a imaterialidade absoluta seria o nada; ora, a alma ou Espírito é alguma coisa; quer-se dizer que sua essência é de tal modo superior que não tem nenhuma analogia com aquilo que nós chamamos matéria e, assim, para nós, é imaterial (O Livro dos Espíritos Nos. 23 e 82.)

Fonte, “Livro dos Médiuns“, Allan Kardec, no Capítulo IV na questão 50, da 18º. edição, abril de 1991, páginas 57 e 58, do Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.


                                            RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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