Powered By Blogger

domingo, 25 de março de 2012

- ESTUDANDO O LIVRO DOS MÉDIUNS. - ALLAN KARDEC. QUESTÃO No.286.


CAPÍTULO XXVI

PERGUNTAS QUE SE PODEM DIRIGIR AOS ESPÍRITOS.

OBSERVAÇÕES PRELIMINARES.

- 286. - Devemos ter muito cuidado com o modo que colocamos as questões e ainda mais à sua natureza. Devemos levar em consideração sempre de dois modos ao nos dirigirmos aos Espíritos quanto à forma (o modo que perguntamos) e ao Fundo (o sentido e o sentimento) das questões sobre o assunto em pauta. Quanto à forma devemos fazê-las com clareza e precisão, evitando perguntas complexas. E sempre dispô-las quanto à ordem que vamos fazê-las. Quando o assunto requer uma série de perguntas devemos inquirir de modo que elas se encadeiem com métodos umas as outras ordenadamente, assim os Espíritos responderam muito mais fácil e claramente, do que quando as colocamos ao acaso, passando sem transição de um assunto para outro. Devemos prepará-las anteriormente, salvo as que surgem conforme a necessidade nas manifestações durante as reuniões. Além da redação que deve ser cuidadosamente elaborada, devemos refletir muito, não esqueçamos que esse trabalho é uma espécie de Evocação antecipada à qual Espírito pode ser assistido e que se disponha a responder. Notaremos muitas vezes que os Espíritos respondem certas perguntas por antecipação, o que vem provar-nos que já conheciam previamente as questões.
            O Fundo da pergunta, a sua essência requer mais atenção, porque conforme realizamos poderemos estar contribuídos para que a resposta seja verdadeira, justas ou falsas; há aquelas que os Espíritos não podem e não devem responder, por motivos que nos são desconhecidos, é inútil insistir, devemos evitar as perguntas que colocamos a sua perspicácia a prova. Quando existe algo, dizem eles, devem conhecê-la, pois já é conhecida por nós, ou porque temos meio de verificá-las, devido a isso não se dão ao trabalho de responderem, ficam magoados e nada há de satisfatório. Isso acontece todos os dias, com homens que tenham conhecimentos superiores em determinados assuntos, sendo eles conscientes do seu valor, se alegrariam em responder perguntas tolas como se fossem simples escolares? Os Espíritos não estão à disposição para fazerem adeptos de tal ou tal pessoa, por satisfazerem a uma vã curiosidade; sabem que a convicção chegará cedo ou tarde, e os meios empregados não são os que pensamos.
             Imaginai um homem de responsabilidades úteis e sérias, sendo importunado por uma criança com suas perguntas infantis, deste modo tereis umas idéias o que pensam os Espíritos Superiores de todas as bagatelas que lhes debitam. Obteremos respostas dos Espíritos com esclarecimentos úteis e, sobre tudo conselhos muito bons, mas, respondem mais ou menos bem, segundo os seus conhecimentos, o interesse que mereceríamos de sua parte e a afeição que nos dedicam e, também observam o objetivo proposto e a utilidade que vêem na coisa, se através dos nossos pensamentos julgamos mais aptos, que outros para nos esclarecer utilmente sobre as coisas deste mundo, não podem ter por nós uma profunda simpatia; e daí, fazem aparições muito curtas, e com freqüência devido as suas imperfeições, apresentam seu mau humor por terem sidos incomodados inutilmente. 

Fonte, “Livro dos Médiuns“, Allan Kardec, no Capítulo IV na questão 50, da 18º. Edição, abril de 1991, páginas 57 e 58, do Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.


                                            RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

Nenhum comentário:

Postar um comentário