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sexta-feira, 23 de março de 2012

A ARTE DE VIVER COM... O ANJO DA GUARDA. - No. 56.



                   A ARTE DE VIVER COM... - O ANJO DA GUARDA.

      Após, Deus Criar o Universo, que compreende a infinidade de mundos que vemos e que não vemos todos os seres animados e inanimados, todos os astros que se movem no espaço e os fluidos que o preenchem. A espécie humana se achava entre os elementos orgânicos do globo terrestre e veio ao seu tempo. 
       Na Gênese, no capítulo XIÍ, no sub-capítulo II, item número sete, nos esclarece Kardec, - “... o Senhor Deus formou, pois, o homem do limo da terra (PROTOPLASMA) e lhe espalhou sobre o rosto um sopro de vida, e o homem se tornou vivente e animado”.
        Deus então criou o homem à sua imagem e semelhança, o criou macho e fêmea.
      Desde a era em que fomos criados, vários foram os ciclos evolucionistas da nossa espécie, de existência em existência, em vários mundos para chegarmos até o desenvolvimento em que hoje nos encontramos.
       Deus também criou seres inteligentes a que damos o nome de Espíritos. No inicio viveram como numa espécie de infância, carentes de vontade própria e sem consciência perfeita de sua existência. À medida que se distância do ponto de partida, desenvolve-se as idéias e com elas o livre arbítrio, o que é um dos atributos essências do Espírito. Ele tem como objetivo final alcançar a perfeição do que é sucessetível a criatura.
       A vida espiritual é a vida normal do Espírito: é eterna; a vida corporal é transitória e passageira: não é mais do que um instante na eternidade. A encarnação dos Espíritos está nas leis da natureza; cumprindo as leis de Deus, é necessária ao adiantamento deles e à execução das obras de Deus. Pelo trabalho, que a existência corpórea lhes impõe, eles aperfeiçoam a inteligência e adquirem os méritos que os conduzirão à felicidade eterna.
       O aperfeiçoamento do Espírito é fruto do seu próprio labor. Ele não pode, numa só existência, adquirir todas as qualidades morais e intelectuais que hão de conduzi-lo à sua meta evolutiva, ele só consegue através de uma série de existências, em cada uma das quais dá alguns passos para frente na senda do progresso e se escoima de algumas imperfeições. 
        Traz o que ganhou em inteligência e em moralidade no passado, assim como as imperfeições de que ainda se não livrou. Ele necessita adquirir alguma coisa no sentido do bem, e despojar-se de algum mal após certo número de encarnações, ele se acha depurado e alcança o estado de puro Espírito.
        Quando ele numa existência, não consegue nenhum progresso na senda do bem, ela se torna sem proveito, e, terá de recomeçar outra vez em condições mais ou menos penosas, por efeito de sua negligência ou má vontade. Nos intervalos entre as encarnações ele vive a vida espiritual na erraticidade que não tem duração determinada.
          No livro, Céu e Inferno, capítulo VII, Allan Kardec nos informa no número vinte, que: O Espírito deve melhorar-se pela força de sua própria vontade e não por força de qualquer constrangimento. Deve agir bem ou mal em virtude do seu livre-arbítrio, sem ser fatalmente empurrado num sentido ou noutro. Se fizer o mal, sofrerá as suas conseqüências sê der um passo em direção ao bem sentirá imediatamente os seus resultados.
      Com essa evolução natural, fomos aprimorando os nossos instintos e desenvolvendo a nossa inteligência, desde a primitividade até a era do homem hioderno.
       Na Gênese, no capítulo XI, item número trinta e quatro, Kardec declara que, - “O Espírito (a Alma do Homem encarnado), portanto, tem que permanecer no mesmo mundo, até que haja adquirido a soma de conhecimentos e o grau de perfeição que esse mundo comporta”.
       Muitas foram s reencarnações e os globos que habitamos, quando estacionávamos, repetíamos algumas delas no mesmo planeta, até que chegou o momento de transferirmos residência para a Terra, aqui estamos não podemos precisar as quantas vezes aqui retornamos, para burilarmos os nossos sentimentos e repararmos dores
     No capítulo IV, do Evangelho Segundo o Espiritismo, item número quatro, Allan Kardec, transcreve as informações do Espírito de Verdade: - “A reencarnação é o retorno da alma ou espírito à vida corporal, mas num outro corpo, formado novamente para ele, e não tem nada em comum com o que se desintegrou. 
-     “A necessidade de reencarnações, a passagem pela vida corporal é necessária para que possamos cumprir, por meio de ações materiais, os planos cuja execução Deus nos confiou”. “Não há limites de reencarnações”. “Pela reencarnação no mesmo globo, quis que os mesmos Espíritos se reencontrassem e pudessem ter oportunidade de reparar os erros que cometeram entre si”. 
    Allan Kardec esclareceu-nos, - “O homem nasce exatamente como se fez, e traz aquilo que adquiriu”. E cada nova existência é um ponto de partida. (Retirada da Palestra - Os Ciclos da Vida Terrena, Na visão Espírita.)
     Mas, Deus na sua infinita bondade permite que Espíritos que já conseguiram a sua evolução, os elevados, de uma ordem superior se liguem a nós em particular para nos proteger. Esse nosso irmão espiritual, a quem chamamos de o bom Espírito, o bom gênio, os que chamamos por Anjo da Guarda, também podem ser encontrados entre em uma classe de Espíritos de média evolução. Um pai pode proteger um filho, que pode ser assistido por um Espírito mais elevado. Essa proteção supõe certo grau de elevação, um poder, uma virtude a mais, concedida por Deus. Os Espíritos que deixaram a Terra em boas condições podem sempre proteger os que amaram e lhe sobreviveram, com um poder que apresenta certas restrições; pois, a posição em que se encontram não lhes permite, inteira liberdade de ação. 
      Esses Espíritos protetores estão ligados a nós desde o nosso nascimento até a morte, depois nos seguem na vida espírita, e mesmo através de numerosas experiências corpóreas, porque essas existências não são mais do que fazes bem curtas da vida do Espírito.
      Os homens no estado selvagem ou de inferioridade moral têm igualmente seus Espíritos protetores que velam por eles. Mas, as missões são relativas à situação do Espírito. Não dareis a uma criança que está aprendendo a ler um professor de filosofia. 
     A missão desses é a de um pai para com os filhos; é a de conduzir o seu protegido pelo bom caminho, ajudá-lo com os seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições, sustentar sua coragem nas provas da vida. É uma obrigação sua de velar por nós, porque aceitou essa tarefa, mas pode escolher os seres que lhe são simpáticos. Para uns isso é um prazer, para outros, uma missão ou um dever. Quando Ele se liga a nós, pode proteger outras pessoas de um modo geral. Eles também podem deixar as suas posições ao nosso lado para cumprir novas missões, daí, nos deixam seus substitutos. 
     Muitas vezes queremos saber o nome do nosso anjo da guarda. Podemos denominá-los com o nome quisermos o de um Espírito superior pelo qual temos simpatia e veneração; nosso protetor atenderá a esse apelo, porque todos os bons Espíritos são irmãos e se assistem mutuamente. Nem sempre os Espíritos protetores que tomam nomes comuns tiveram esse nome na Terra. Mas são Espíritos simpáticos e que muitas vezes vêm por sua ordem. Necessitais de um nome: então, eles tomam um que vos inspire confiança. Quando não podeis cumprir pessoalmente uma missão, enviam alguém de vossa confiança que age em vosso nome. Quando estivermos na vida Espírita reconheceremos nosso Anjo da Guarda ou Espírito protetor. Freqüentemente já o conhecemos antes da nossa encarnação. 
     O Espírito protetor está sempre com o seu protegido. Mas, há circunstâncias em que a sua presença não é necessária conosco. Chegará um momento em que nosso Espírito, não precisará do Anjo da Guarda. Isso ocorre quando somos capazes de guiarmo-nos por nós mesmos. Mas, isso não ocorre na Terra. A ação dos Espíritos protetores, os Anjos da Guarda, é oculta. Eles não nos protegem de maneira ostensiva. Pois, se assim fizessem não agiríamos por nós mesmos e o nosso Espírito não progrediria. A ação dos Espíritos que nos querem bem é de sempre deixar-nos agirmos pelo nosso livre arbítrio, pois, sem responsabilidade não evoluiremos no caminho que nos leva a Deus. Não vendo o nosso Protetor que nos ampara, nos entregamos as nossas próprias forças; ele vela por nós, e de quando em quando nos adverte do perigo. 
      O Espírito protetor que consegue conduzir o seu protegido pelo bom caminho, conquista um mérito que lhe será levado em conta, seja para o seu próprio adiantamento, ou seja, para sua felicidade. Ele se sente feliz, quando vê os seus cuidados coroados de sucesso; é para ele um triunfo, como um preceptor triunfa com os sucessos do seu discípulo. O progresso do Espírito familiar segue o do Espírito protegido. Tendo um Espírito superior que vela por nós, podemos também nos tomar o protetor de um Espírito que nos seja inferior, e o progresso que o ajudarmos a fazer contribuirá para o vosso adiantamento. Deus não pede ao Espírito mais do que aquilo que a sua natureza e o grau a que tenha atingido possam comportar.
      Quando o pai que vela pelo filho e reencarna, ele deixa de velar pelo filho, mas pede, num momento de desprendimento, que um Espírito simpático o assista nessa missão. Aliás, os Espíritos não aceitam senão as missões que podem cumprir até o fim.
        O Espírito encarnado, sobretudo nos mundos onde a existência é material, é demasiado sujeito ao corpo para poder devotar-se a outro, ou seja, assisti-lo pessoalmente. Eis porque os não suficientemente elevados estão sob a assistência de Espíritos que lhe são superiores, de tal maneira que, se um faltar, por um motivo qualquer, será substituído por outro. Ele não é responsável quando não consegue que o seu protegido siga o bom caminho. 
         Muitas vezes acontece que o nosso bom ou mau gênio podem encarnar-se para nos acompanhar na vida terrena de maneira mais direta. Mas, freqüentemente eles encarregam outros Espíritos encarnados dessa missão que lhe são simpáticos.  
        O Espírito protetor que vê o seu protegido seguir um mau caminho, apesar dos seus avisos, sofre com os seus erros e lamenta, mas, essa aflição nada tem das angústias da paternidade terrena, porque ele sabe que há remédio para o mal, e que o que não se fez hoje, amanha se fará. 
        O Espírito protetor afasta-se do seu protegido, quando vê que os seus conselhos são inúteis e que é mais forte a vontade do protegido em submeter-se à influência dos Espíritos inferiores, mas não o abandona completamente e sempre se faz ouvir. 
É o homem que lhe fecha os ouvidos. Pois, Ele, o Anjo Guarda volta, logo que for chamado.
       - Há uma doutrina que deveria converter os mais incrédulos, por seu encanto e por sua doçura: a do Anjo de Guarda. Pensar que tendes sempre ao vosso lado seres que vos são superiores, que estão sempre ali para vos aconselhar, vos sustentar, vos ajudar a escalar a montanha escarpada do bem, que são amigos mais firmes e mais devotada que há as mais íntimas ligações que se possam contrair na Terra, não é essa uma ideia bastante consoladora? Esses seres ali estão por ordem de seu Deus; que os colocou ao vosso lado; ali estão por seu amor, e cumprem junto a vós toda uma bela, mas penosa missão. Sim, onde quer que estejam vosso Anjo da Guarda estará convosco; nos cárceres, nos hospitais, nos antro do vício, na solidão, nada vos separa desse amigo que não podeis ver, mas do qual vossa alma recebe os mais doces impulsos e ouve os mais sábios conselhos.
        Ah, porque não conheceis melhor esta verdade! Quantas vezes ela vos ajudaria nos momentos de crise; quantas vezes?
         Ela vos salvaria dos maus Espíritos! Mas no dia decisivo este anjo de bondade terá muitas vezes de vos dizer: “Não te avisei disso? E não o fizeste! Não te mostrei o abismo? E nele te precipitastes! Não fiz soar na tua consciência a voz da verdade, e não seguistes os conselhos da mentira?” Ah, interpelai o vosso anjo da guarda, estabelecei entre vós e eles essa terna intimidade de que reina entre os melhores amigos! Não penseis em lhes ocultar nada, pois eles são os olhos de Deus e não os podeis enganar! Considerai o futuro; procurai avançar nesta vida, e vossas provas serão mais curtas, vossas existências serão mais felizes. Vamos, homens, coragem! Afastai para longe de vós, de uma vez por todas, preconceitos e segundas intenções! Entrai na nova via que se abre diante de vós, marchai, marchai! Tendes guias, segui-os: a meta não vos pode faltar porque essa meta é o próprio Deus.
         Aos que pensassem que é impossível a Espíritos verdadeiramente elevados se restringirem a uma tarefa tão laboriosa e de todos os instantes, diremos que influenciamos as vossas almas embora estando a milhões de léguas de distância, pois, para nós o espaço não existe, e mesmo vivendo em outro mundo nossos Espíritos conservam sua ligação conosco. 
      Gozamos de faculdades que não podeis compreender, mas estai certos de que Deus não vos impôs uma tarefa acima de suas forças, nem vos abandonou sozinhos sobre a Terra, sem amigos e sem amparo.
       Cada Anjo da Guarda tem o seu protegido e vela por ele como um pai vela pelo filho. Sente-se feliz quando o vê no bom caminho chora quando os seus conselhos são desprezados.
     Não temais fatigar-nos com vossas perguntas; permanecei pelo contrário, sempre em contato conosco: sereis então mais fortes e mais felizes. São essas comunicações de cada homem com o seu Espírito familiar que fazem médiuns a todos os homens, médiuns hoje ignorados, mas que mais tarde se manifestarão, derramando-se como um oceano sem bordas para fazer refletir a incredulidade e a ignorância. Homens instruídos instruí homens de talento, educai os vossos irmãos. Não sabeis que obra assim realizais: “é a do Cristo que Deus vos impõe”. Por que Deus vos concedeu a inteligência e a ciência, senão para as repartirdes com vossos irmãos, para adiantá-los na senda da ventura e da eterna bem-aventurança?   - São Luiz, Santo Agostinho.
         A doutrina dos Anjos da Guarda, velando pelos protegidos apesar da distância que se separa os mundos, nada tem que deva surpreender; pelo contrário, é grande sublime. Não vemos sobre a terra um pai velar pelo filho, ainda que esteja distante, e ajudá-lo com seus conselhos através de correspondência? Quem haveria de admirar em que os Espíritos possam guiar de um mundo ao outro, os que tomaram sob a sua proteção, pois se, para eles, a distância que separa os mundos é menor que a que divide os continentes da Terra? 
             Não dispõem eles do fluído universal que liga todos os mundos e os torna solidários, veículo imenso da transmissão do pensamento, como o ar é para nós o veículo da transmissão do som? 
       O bom Espírito que abandona o seu protegido, não mais lhe fazendo bem, jamais faz o mal, deixam que o façam os que tomaram o seu lugar, muitas vezes acusamos a sorte pelas nossas desgraças, enquanto que a falta é nossa. 
        Existe a união dos maus Espíritos para neutralizar a ação dos bons, mas se o protegido quiser, dará toda a força ao seu bom Espírito. Esse talvez encontre, em algum lugar, uma boa vontade a ser ajudada, e a aproveita, esperando o momento de voltar junto ao seu protegido.  
        Quando o Espírito protetor deixa o seu protegido se extraviar na vida, não é por impotência para enfrentar os Espíritos maléficos. Mas, porque ele não o quer, pois, seu protegido sairá das provas mais perfeito e instruído, e ele o assiste com os seus conselhos, pelos bons pensamentos que lhe sugere, mas que infelizmente nem sempre são ouvidos. Não é senão a fraqueza, o desleixo ou o orgulho do homem que dão força aos maus Espíritos? Seu poder sobre vós só provem do fato de não lhes opordes resistência.
       Os maus Espíritos procuram desviar o homem do bom caminho quando encontram ocasião, mas quando um deles se liga a um indivíduo o faz por si mesmo, porque espera ser escutado; então haverá luta entre o bom e o mau e vencerá aquele cujo domínio o homem se entregar.
       Há pessoas que se ligam a nós para nos levar para o caminho da perdição ou para guiarmos no bom caminho. Isso ocorre porque essas pessoas exercem um efeito sobre nós uma espécie de fascinação que parece irresistível. Quando é para o mal, são os maus Espíritos, que se servem de outros maus Espíritos, para melhor subjugarem as suas vítimas. Deus pode permiti-los para nos experimentar. 
        Há Espíritos que se ligam aos membros de uma mesma família, que vivem juntos e são unidos por afeição, mas não acrediteis em Espíritos protetores do orgulho das raças.
      Os Espíritos vão de preferência a onde estão os seus semelhantes, pois nesses lugares podem estar à vontade e mais seguros de ser ouvidos. O homem atrai os Espíritos em razão de suas tendências, quer esteja só ou constitua um todo coletivo, como uma sociedade, uma cidade ou um povo. Há, pois, sociedades, cidades e povos que são assistidos por Espíritos mais ou menos elevados, segundo o seu caráter e as paixões que o dominam. Os Espíritos imperfeitos se afastam dos que os repelem e disso resulta que o aperfeiçoamento moral de um todo coletivo, como o dos indivíduos, tende a afastar os maus Espíritos e atrair os bons, que despertam e mantêm o sentimento do bem nas massas, da mesma maneira por que outros podem insuflar-lhes as más paixões.
        As aglomerações de indivíduos, como as sociedades, as cidades, as nações têm os seus Espíritos protetores especiais, porque essas reuniões são de individualidades coletivas que marcham para um objetivo comum e têm necessidade de uma direção superior.
      Os Espíritos que se ligam as massas, ou aos indivíduos, possuem um grau de adiantamento relativo, conforme o adiantamento das massas ou dos indivíduos. 
        Cada um de nós temos Espíritos simpáticos, mais ou menos elevados, que nos dedicam afeição e se interessam por nós, como há também, os que assistem no mal. Os Espíritos simpáticos podem agir algumas vezes como missão temporária, mas em geral são apenas solicitados pela similitude de pensamentos e de sentimentos, no bem como no mal. Os Espíritos simpáticos podem ser bons ou maus, pois, o homem encontra-se com eles, qualquer que seja o seu caráter.
      Os Espíritos familiares são antes de tudo amigos da casa. Os Espíritos simpáticos ou protetores, apresentam-se em várias graduações e na simpatia. Dai-lhes os nomes que quiserdes.
      - Das explicações acima, das observações feitas sobre a natureza dos Espíritos que se ligam ao homem podemos deduzir o seguinte:
       O Espírito protetor, Anjo da Guarda ou bom gênio, é aquele que tem por missão seguir o homem na vida e o ajudar a progredir. É sempre de natureza superior à do protegido.
       Os Espíritos familiares se ligam a certas pessoas por meio de laços mais ou menos duráveis, com o fim de ajudá-los na medida de seu poder, freqüentemente bastante limitado. São bons, mas às vezes pouco adiantados e mesmo levianos; ocupam-se voluntariamente de pormenores da vida íntima e só agem por ordem ou com permissão dos Espíritos protetores.
      Os Espíritos simpáticos são os que atraímos a nós por afeições particulares e uma certa semelhança de gostos e de sentimentos, tanto no bem como no mal. A duração de suas relações é quase sempre subordinada às circunstâncias.
        O mau gênio é um Espírito imperfeito ou perverso que se liga ao homem com o fim de desviá-lo do bem, mas age pelo seu próprio impulso e não em virtude de uma missão. Sua tenacidade está na razão do acesso mais fácil ou mais difícil que encontre. O homem é sempre livre de ouvir a sua voz ou de repeli-la. 
      Há Espíritos especiais e que assistem aos que os invocam, quando os julgam dignos, mas que quereis que eles façam com os que crêem ser o que não são? Eles não podem fazer ver os cegos nem ouvir os surdos.
      Os antigos tinham feito desses Espíritos divindades especiais. As Musas eram a personificação alegórica dos Espíritos protetores das ciências e das artes, como designavam pelos nomes de lares e penates os Espíritos protetores da família. Entre os modernos, as artes, as diferentes indústrias, as cidades, os países, têm também seus patronos ou protetores que são os Espíritos Superiores, mas sob outros nomes.
        Cada homem tendo os seus Espíritos simpáticos, disso resulta que em todas as coletividades há a generalidade dos Espíritos simpáticos está em relação com a generalidade dos indivíduos; os Espíritos estranhos são para elas que atraídos pela identidade de gostos e de pensamentos; em uma palavra, que essas aglomerações, tão bem como os indivíduos, são mais ou menos bem envolvidas, assistidas e influenciadas segundo a natureza dos pensamentos da multidão.
    Entre os povos, as causas de atração dos Espíritos são os costumes, os hábitos, o caráter dominante, as leis, sobretudo, porque o caráter da nação se reflete nas suas leis. Os homens que fazem reinar a justiça entre eles combatem a influência dos maus Espíritos. Por toda parte onde a lei consagra as coisas injustas, contrária à humanidade, os bons Espíritos estão em minoria e a massa é dos maus, que para ali afluem e entretêm a nação nas suas idéias e paralisam as boas influências parciais, que ficam perdidas na multidão, como espigas isoladas em meios de espinheiros. Estudando-se os costumes dos povos, ou de qualquer reunião de homens, é fácil, portanto, fazer idéia da população oculta que se intromete nos seus pensamentos e nas suas ações.


Fontes: - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec - 3a. Edição - Editora Petit - São Paulo, SP - 2000. 
- “O LIVRO DOS ESPÍRITOS” - Allan Kardec - 54a. Edição - Editora LAKE - São Paulo, SP - 1994.
- A Gênese - Alan Kardec - cap. IV, números 3 a 7, - 21a. Edição, - Editora F. E. B. - Rio de Janeiro, RJ.Outubro de 1979.
- O céu e o Inferno - Allan Kardec - 2a. Edição - editora LAKE - São Paulo. SP. 1977. 

                                                     RHEDAM.(rhedam@gmail.com)


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