Powered By Blogger

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

- POEMASESPÍRITAS. - PARNASO DE ALÉM TÚMULO. - QUANTA VEZ. - CRUZ E SOUZA. (CHICO XAVIER.)



                               QUANTA VEZ.
  
Quanta vez eu fitei essas fronteiras,
Horizontes, estrelas, firmamentos,
Presa de sonhos e estremecimentos
De esperança, nas horas derradeiras!...

Ah! meus longínquos arrebatamentos,
Amarguras e dores e canseiras,
Que vos fostes nas lágrimas ligeiras,
Como folhas levadas pelos ventos...

Quanta vez, abafando os meus soluços,
Como o errado viajor que cai de bruços
Sobre a íngreme estrada da agonia,

Ensináveis-me a ler a Bíblia santa
Desta vida imortal que se levanta
Numa alvorada eterna de alegria!

Cruz e Souza

CATARINENSE. Funcionário público, encarnou em 1861 e desprendeu-se em 1898, no Estado de Minas. Poeta de emotividade delicada, soube, mercê de um simbolismo inconfundível, marcar sua individualidade literária. Sua vida foi toda dores.

            Fonte: PARNASO DE ALÉM - TÚMULO - AUTORES DIVERSOS. - Chico Xavier- Editora FEB. Rio de Janeiro RJ - 1935.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

Nenhum comentário:

Postar um comentário