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quinta-feira, 13 de março de 2014

- UNAMO-NOS EM FAVOR DA VIDA! - N º. 01. - DIÁRIO PRÉ-NATAL. - AURELIANO ALVES NETO.

                             DIÁRIO PRÉ-NATAL.

                                                                       AURELIANO ALVES NETO.

                        “O crime pode estar encoberto, mas não resguardado”.

                                                                                              Sêneca.

            Problema que envolve desastrosas conseqüências: o aborto provocado ou, melhor dito, o aborto criminoso.
            A expulsão prematura do feto, por meios violentos, é crime punível pela nossa lei penal e pena legislação de muitos países civilizados. Por que impedir o nascimento é matar?
            Não obstante, em considerável parte do mundo, a incidência dos abortos provocados toca as raias da calamidade. No Chile, até a pouco tempo, oscilava entre 125.000 a 150.000 o total, por ano, de vidas sacrificadas por esse abominável método délivrance prematura.
            O assunto, pelas suas altas implicações morais e sociais, merece ser ventilado objetivamente e em profundidade. Confinamo-nos, entretanto, ao pouco que aí está dito, reservado o espaço para uma transcrição que nos parece vir a talho de foice para muita gente cuja culpa no cartório deve estar a causar-lhe comichões da consciência.
            Despertou grande interesse, na Áustria, o “Diário de uma criança que não nasceu”, livrinho muito original, de autoria de S. Schwab.
           
Apenas alguns fragmentos do “Diário”:

5 de outubro - Hoje minha vida começou. Papai e mamãe não sabem ainda: eu sou menor que uma cabecinha de alfinete, entretanto, já sou um ser independente. Todas as minhas características físicas e psíquicas já estão fixadas. Por exemplo, terei os olhos do papai e os cabelos louros e encaracolados da mamãe. E uma outra coisa já esta estabelecida; eu serei uma menina.
23 de outubro - A minha boca se abre para o exterior. Dentro de um ano, já poderei rir quando os meus pais se inclinarem no meu berço. Minha primeira palavra será mamãe.
12 de novembro - Agora nas minhas mãos crescerão os dedos. Com eles me tornei senhora do mundo e participarei da fadiga dos homens.
20 de novembro - Hoje, pela primeira vez, minha mãe percebeu, no seu coração, que me traz no seu seio. Como é grande a sua alegria!
25 de novembro - Agora já se pode ver que serei uma menina. Certamente que meus pais estão pensando como me deverei chamar. Pudesse eu já sabê-lo!
12 de dezembro - Crescem-me os cabelos e os cílios. Quem sabe como está contente a mamãe de sua filhinha!
13 de dezembro - Em breve poderei ver. Porém os meus olhos ainda estão costurados por um fio. Luz, cores flores... Como deve ser magnífico! Sobretudo me enche de alegria o pensar que poderei ver minha mamãe! Oh! Se não tivesse que esperar tanto! Ainda me faltam mais seis meses...
24 de dezembro - Meu coração é perfeito. Deve haver criancinhas que vêm ao mundo doentes do coração. Nestes casos, precisam enfrentar terríveis dores para se salvarem com uma operação. Graças a Deus, meu coração é sadio; eu serei uma menina cheia de força e de vida. Todos ficarão contentes com o nascimento.
28 de dezembro - Hoje minha mãe me assassinou...”

(Livros “CRÔNICAS E COMENTÁRIOS” - Aureliano Alves Neto. - edição CULTURESP.)

Fonte: Revista Informação - No. 185, - ABRIL 1992.

                                   RHEDAM. (rhedam@gmal.com)

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