MÉDIUM ESPÍRITA ANTE JESUS.
Autor: Walter Barcelos
“Médium quer dizer intérprete, medianeiro. E dar utilidade à própria vida, transformando-se em socorro e bênção para os demais, é ser médium do Eterno Bem sob a inspiração de Jesus Cristo, privilégio que cada um de nós pode usufruir”.
Emmanuel. (1)
Nenhum médium espírita encontra-se na Terra, sem um programa de renovação, aprendizado e trabalhos edificantes, idealizados antes da reencarnação.
A responsabilidade de cada médium esta diretamente ligada ao Comandante Supremo da Falange do Bem, que é Nosso senhor Jesus Cristo.
A seara de iluminação das almas é imensa, e muito espera Jesus de cada medianeiro sincero, nos serviços de socorro, orientação e evangelização.
Não é recomendável ao médium espírita atirar-se ao trabalho com precipitação, sem preparo nenhum e com intenção de demonstrar poder mental, forças psíquicas, fenômenos comprobatórios, curas maravilhosas e comunicações autênticas. Tudo isso é importante, mas muito perigoso, porque o médium poderá desviar-se do roteiro de Jesus Cristo. Antes de tudo, deverá sentir-se como um constante aprendiz das lições de Jesus, em seu Evangelho de redenção. Não se acreditar um missionário ou uma criatura especial, em virtude dos dons psíquicos de que se acha possuidor, pois poderá ser dominado pelo personalismo destruidor, a vaidade inconseqüente, a inércia do raciocínio e a aprovação invigilante da bajulação que entorpece e prejudica as correntes do sentimento fraterno.
A alma do povo encontra-se sequiosa de luzes espirituais na forma da paz, consolação e orientação para atender sua mente perturbada e coração atormentado. Indispensável ao médium espírita aprender a trabalhar com Jesus. Sua primeira necessidade é evangelizar-se a si mesmo. Estudar Kardec para iluminar o raciocínio e conquistar a prudência e o discernimento, a fim de trabalhar com disciplina, organização, segurança, convicção e espiritualidade. Inadiável também se faz meditar, sentir, educar-se e vivenciar os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, se deseja seriamente transformar-se em instrumento do Bem Eterno. Tudo se conquista por esforço e evolução.
O Divino Mestre, em seus dias gloriosos na Palestina humilde, trabalhou e amou, ensinou e socorreu, dialogou e consolou, orou e estendeu mãos curadoras, caminhou entre o povo sofredor e conchegou-se a enfermos desamparados, não só nos salões da sinagogas e também nas praças lotadas de criaturas sedentas de paz, à beira das estradas empoeiradas, nas margens dos rios e lagos, nos recintos pobres, no alto dos montes e das colinas, sempre ensinando e ajudando, no contato de coração apara coração, usando a inteligência e sentimento do binômio de sacrifício supremo das energias do corpo e da alma, no divino apostolado de confraternização com todas as criaturas de qualquer situação moral ou classe social. Jesus atendia respeitando cada coração com seu sofrimento e cada alma com sua necessidade.
Mediunidade com Jesus é trabalho de amor desinteressado. Trabalhar com o Divino Mestre não se resume somente aquelas horas em que o médium esteja atuando em uma Casa Espírita, pois não somos chamados para ser cristão somente numa sessão mediúnica. Para ser médium com Jesus, necessário se faz aplicar outras faculdades quase desconhecidas: as do coração que ama e serve. Desenvolver sessões de bondade, de fraternidade, de gentileza, de perdão, de amizade, de conversação esclarecedora, de ouvir compreendendo, de atender as queixas de sofrimento e paciência, de visitar os sofredores moribundos, de plantar no coração do próximo a alegria, esperança e coragem, doando suor, moção e tempo nas linhas do Amor e Verdade com Jesus. O abnegado espírito de Bezerra de Menezes esclarece-nos com muita beleza:
“Mediunidade com Jesus é serviço aos semelhantes”.
“Desenvolver esse recurso é, sobretudo, aprender a servir”.
“Quem desejar a felicidade há de improvisar a felicidade aos outros”.
“Quem procure a consolação, para encontrá-la, deverá reconfortar os mas desditosos da humana experiência”.
“Esclarecer, para conquistar a sabedoria e devotar-se ao bem do próximo, para alcançar a divindade do amor”.
“Não basta ser médium para honrar-se alguém com as bênçãos da luz”.
“A tarefa pede fortaleza no serviço, com ternura no sentimento”.
“Em suma, ser médium no roteiro Cristão é dar de si mesmo, em nome do Mestre”.
“Antes de cogitarmos do problema de sermos amados, busquemos amar, conforme o Amigo Celeste nos ensinou”. (2)
Jesus é o Modelo supremo que todos os médiuns espiritistas devem esforçar-se por seguir, com sinceridade e renúncia, transformando-se em medianeiros operoso, leais e construtivos, constituído-se em instrumentos fiéis dos Bons Espíritos, que são os mensageiros invisíveis do Cristo de Deus.
Bibliografia:
1. Mediunidade e Sintonia - Emmanuel / F, C. Xavier / C E U - Lição 9: Mediunidade e Nós.
2. Cartas do Coração - Espíritos diversos/F. C. Xavier/ LAKE - Lição: Mediunidade - Pág. 46 - 2 ª. Edição, 1972.
Fonte: A Flama Espírita, n. 2599.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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