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terça-feira, 19 de junho de 2012

- GOTAS EVANGÉLICAS. - ESTUDANDO O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO. - ALLAN KARDEC. - INTRODUÇÃO 2. - CONTROLE UNIVERSAL DOS ENSINAMENTOS DOS ESPÍRITOS. -


                                              INTRODUÇÃO.

                                                                    2

                           AUTORIDADE DA DOUTRINA ESPÍRITA.

          CONTROLE UNIVERSAL DOS ENSINAMENTOS DOS ESPÍRITOS.

                                                    OITAVA PARTE.

            Por mais grandiosa, bela e justa que seja uma ideia, impossível que ela reúna, desde o início, todas as opiniões. As divergências de opinião que resultam disso são a consequência inevitável do movimento que desencadeia, são mesmo necessárias para melhor ressaltar a verdade, e é útil que tenha lugar no começo do movimento para que as idéias falsas sejam postas de lado mais rapidamente. Os espíritas, que por causa disso têm alguns temores, devem tranquilizar-se. Todas as pretensões isoladas cairão, pela força das coisas, diante do grande e poderoso critério da concordância universal.
            Não será pela opinião de um homem que se estabelecerá a união, mas pela voz unânime dos Espíritos. Não será um homem, muito menos nós ou qualquer outro, que fundará a ortodoxia espírita; também não será um Espírito, vindo se impor, a quem quer que seja, Será a universalidade dos Espíritos comunicando-se em toda a Terra por ordem de Deus. Este é o caráter essencial da Doutrina Espírita, esta é a sua força a sua autoridade. Deus quis que sua lei fosse fixada com um alicerce de base inabalável. Foi por isso que Ele não quis pôr essa responsabilidade sobre a cabeça frágil de um só homem.
            É diante desse poderoso tribunal de sabedoria, como areópago, onde não se impõem nem as sociedades, nem as rivalidades invejosas, nem as seitas, nem as vaidades patrióticas, que virão se quebrar todas as oposições, todas as ambições, todas pretensões de supremacia individual; pois nós mesmos nos destruiríamos se quiséssemos substituir nossas próprias idéias pelos seus decretos soberanos. Apenas ele decidirá todas as questões pendentes de interpretação que silenciarão as discordâncias e dará razão ou não a quem de direito. Diante deste imponente acordo de todas as vozes do Céu, o que pode a opinião de um homem ou de um Espírito? Menos que uma gota d’água que se perde num oceano, menos do que a voz de uma criança abafada numa tempestade.
            A opinião universal, eis o juiz supremo, é quem se pronuncia em última instância. Ela é formada a partir de todas as opiniões individuais; se uma delas é verdadeira, tem apenas um peso relativo na balança. Se é falsa, mão pode se sobrepor sobre as demais. Nesse imenso conjunto, as individualidades desaparecem, e isto representa uma extraordinária derrota para a vaidade e o orgulho humanos.
            Este conjunto harmonioso já se anuncia, e este século não passará sem que ele resplandeça com todo o seu brilho, de modo a eliminar todas as incertezas, pois, daqui para a frente, vozes poderosas receberão a missão de se fazer ouvir, para reunir os homens sob a mesma bandeira, desde que o campo esteja suficientemente preparado. Aquele que estiver indeciso preste a atenção entre os dois sistemas opostos, e observará para onde se encaminhará a opinião geral; este será um indício seguro, no sentido em que se pronuncia a maioria dos Espíritos e os diversos lugares em que comunicam. Um sinal seguro sobre o qual dois sistemas será o dominante.

            Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec - 3a. Edição - Editora Petit - São Paulo, SP - 2000.

                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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