APRENDENDO COM CHICO XAVIER - XXXI
Será que a máquina fria, calculista, violenta, vai conseguir dominar o homem?
Devemos reconhecer que devemos estudar até mesmo os nossos lazeres e que a nossa mente não têm estado tão eficientemente preparada para o descanso que a máquina nos trouxe e muitas vezes os impõem.
A automação nos faz viver, hoje, na presença do futuro. Por isso mesmo, os espíritos amigos nos pedem par que sejamos cultores da chamada prospectiva, a ciência da prospecção.
Precisamos compreender que dentro de uma estrada nebulosa necessitamos de luz que nos mostre à frente; necessitamos de reuniões, de técnicos, de religiosos, de cientistas, de pais de família, de mães de família, para não confundir o papel da mulher em nossa civilização.
Precisamos ouvir as pessoas amadurecidas na experiência e os mais jovens, para compreendermos o que será de nós no dia de amanha, se abandonarmos os nossos propósitos espirituais de vivência na construção de um mundo melhor. Precisamos compreender o Cristianismo, como sendo uma doutrina de vivência humana, para que nós não venhamos a perder o calor da fraternidade uns para com os outros, para que não sejamos transformados em simples números na vida econômica, ou em mero robôs em nossa vida social. Para isto, não basta ouvir os adivinhadores da futurologia, conquanto respeitamos a todos eles.
Mas realizarmos para nós, dentro do País, sob a custódia da nossa autoridade, mesas-redondas para compreender a importância da família com as áreas de compreensão que a família é hoje chamada a descerrar em seus núcleos para nos adaptarmos a era nova.
Precisamos compreender a importância do lar como célula da vida social, para que não venhamos a despencar num caos do qual não sabemos, amanha, como levantar.
A pergunta é muito válida e sugere a um vasto movimento de meditação com respeito aos nossos próprios destinos, porque as máquinas estão impondo a nós todos um repouso para o qual muitos de nós não estamos ainda preparados.
Precisamos estudar intensamente, compreendendo que o estudo não é apenas uma obrigação para mente infanto-juvenil. Nós todos, aqueles que amadureceram na experiência da vida, precisamos estudar os nossos próprios caminhos de amanhã,para que não venhamos a entrar nas trevas do espírito, porque isso seria o nosso regresso à desordem, e nós não podemos pensar nisto, porque nós nos referimos ao Brasil. Nós somos cristãos em nossa formação e devemos preservar este título e respeitá-lo. Temos nos ensinamentos de Jesus bastantes material para superar a influência surpreendente da máquina.
Diz o nosso Emmanuel: - “Nós, como cristãos, vencemos 300 anos de martírio, nos primeiros séculos do Cristianismo. Será possível que, agora, não saibamos vencer o nosso próprio excesso de conforto, para sermos cristãos?” É uma pergunta para nós também.
Depoimento de Chico Xavier.
(De “Chico Xavier” - “DOS HIPPIES AOS PROBLEMAS DO MUNDO” - Edição LAKE.
Fonte: Revista Informação - No. 80. - Julho de 1983.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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