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terça-feira, 15 de novembro de 2011

- HISTÓRIA ESPIRITUAL DO BRASIL. - BRASIL CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO. - No. 10. - A REPUBLICA.

No livro “BRASIL CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO EVANGELHO”, o autor espiritual HUMBERTO DE CAMPOS, através da psicografia do médium FRANCISCO CANDIDO XAVIER, nos relata a seguinte passagem espiritual, histórica, sobre “A REPUBLICA“.
                                        A REPUBLICA.

              A monarquia, desenvolvera todas as liberdades públicas, espíritos avançados, consideravam-na como recordação da influência portuguesa, a Republica era considerada pela comunidade brasileira como a fórmula de governo compatível com a evolução do país e com a posição cultural do seu povo.
               Está idéia, embora nativista, alcançará todas as inteligências e, a garantia do seu êxito aos olhos de todos ocorreu após a Lei da Abolição.
               Por esta razão os anos de 1888 e 1889, marcavam os tempos derradeiros do único império da América. Entre todos e em todas as partes, das comunidades civis e militares, ascendiam os fachos do idealismo republicano, sob o pátio da generosidade da Coroa.
               No Mundo invisível, reúne o Senhor as falanges benditas de Ismael e seus colaboradores e, enquanto as luzes tênues douravam o éter da imensidade, que se enfeitam da luminosas flores dos jardins do Infinito, falou a sua voz, como no crepúsculo admirável do Sermão da Montanha.
              - Irmãos, a Pátria do Evangelho atinge agora a sua maioridade coletiva, profundas transições assinalaram a sua existência social e política, desta forma, ela é responsável por todos os atos comuns que pratica no concerto dos povos do Planeta. Separemos agora o organismo político do Brasil dos alvitres permanentes e constantes do mundo invisível, para que todos os empreendimentos sejam devidamente valorizados. Igual os indivíduos, as nações tem, igualmente, à mais ampla liberdade de ação, uma vez atingido o plano dos seus raciocínios próprios. Acompanharemos indistintamente o Brasil, onde foram jorradas as sementes do Evangelho a fim de que seu povo, generoso e fraternal, possa inscrever mais tarde a sua gloriosa missão espiritual nas mais belas páginas de civilização, em o livro de ouro do progresso do mundo. Os votos evolutivos, referindo-se as instituições sociais e políticas, observaremos carinhosamente, de maneiram que sejam que sejam obstadas as deliberações das suas autoridades administrativas no plano tangível da matéria terrestre; mas, como o reino do amor integral e da verdade pura ainda não é do orbe terreno, urge reformemos também as nossas atividades, concentrando-se em todos os espíritos localizados na região do Cruzeiro.
              O templo do Ismael será consolidado, para que possamos expandir por toda a Pátria, as claridades consoladoras da minha doutrina de rendenção, de piedade e de misericórdia ensinarei aos meus novos discípulos encarnados a paciência e a serenidade, a humildade e o amor, a paz e a resignação, para que a luta seja vendida pela luz e verdade. Abrireis a caravana do Evangelho, que marcha ao longo dos caminhos da sombra, a estrada da revolução interior, cujo objetivo único é a reforma de cada um, sob o fardo das provas, sem o recurso à indisciplina perante as leis estatuídas no mundo e sem auxílio das armas homicidas.
                A Nova Revelação não é dada para que se opere a conversão compulsória de César às coisas de Deus, mas para que César esclareça o seu próprio coração, edificando-se no exemplo dos seus subordinados e tornando divina a sua imperfeita obra terrestre. Conduzireis, os meus discípulos encarnados e o estandarte da fé e da caridade, com o programa da renúncia e do desprendimento dos bens humanos, dentro dos imperativos da sua grandiosa missão.
              A Proclamação da Republica Brasileira, como índice de maioridade coletiva da nação do Evangelho, há de fazer-se sem derreamento de Sangue, como acontecem com todos os acontecimentos que afirmam, perante o mundo, a Pátria do Cruzeiro, os quais se desenvolvem sob a nossa imediata ação, a partir de agora o Brasil político será entregue à sua responsabilidade própria, as transições ocorrerão acima de todos os cultos religiosos, para que todas as conquistas se verifiquem fora de qualquer eiva do sectarismo. Os discípulos do Evangelho sofrerão, certamente, os efeitos dolorosos da borrasca em perspectiva, estaremos, porém, sustentando o Brasil espiritual, que, de agora em diante será nosso patrimônio.Articularemos todas as possibilidades e energias em favor do Evangelho, no país inteiro,e a obra de Ismael derramaras bênçãos fulgurantes do céu sobre todos os corações, na estrada de todos os felizes e de todos os tristes da Terra.
                 Acordemos a alma brasileira para aluminosa alvorada desse novo dia!
                No capítulo das instituições humanas, os esforços que desprendemos até agora estão mais ou menos encerrados, compete-nos, todavia em todos os dias do porvir, conservar e desenvolver a “melhor parte”, espiritualizando essas mesmas instituições, dentro das grandes finalidades de todos os labores das esferas elevadas do plano espiritual.
                “Bem-aventurados todos os trabalhadores da Seara Divina da verdade e do amor, pois deles é o reino da suprema ventura“.
               As falanges invisíveis, preparam então o último acontecimento político, sob as bondosas determinações do Divino Mestre, que se verificara com o seu amparo direto e que constituirá a Proclamação da Republica.
                O Rio de Janeiro, na Vanguarda, de todas as grandes cidades do país, propagavam abertamente as idéias republicanas. Os espíritos eminentes da nação preparavam o grande acontecimento. Entre os seus organizadores, para que as novas instituições não pecassem pelo excesso das paixões sanguinolentas dos sectarismos religiosos, e 15 de novembro de 1889, com a bandeira do novo regime nas mãos de Benjamin Constante, Quintino Bocaiúva, Lopes Trovão, Serzedelo Corrêa, Rui Barbosa, toda uma plêiade de inteligência cultas e vigorosas, o Marechal Deodoro da Fonseca proclama no Rio de Janeiro, A Republica dos Estados Unidos do Brasil;
                 O imperador, recebe com amarga surpresa a notícia. Deodoro, era íntimo do seu coração e da sua casa, voltava-se agora contra as suas mãos generosas e paternais. Todos os ambientes monárquicos pesam esse ato de ingratidão, mas todos os republicanos eram íntimos de D. Pedro II, quem não lhe devia, no Brasil o patrimônio de cultura e liberdade?
                  Estes instantes foram rápidos.
                O nobre imperador, repeliu todas as sugestões que lhe eram oferecidas pelos espíritos apaixonados da Coroa, para reagir.
                Confortados pelas falanges luminosas do Alto, que não o abandonaram em toda a vida, ele, não permitiu eu se derramasse um gota sangue brasileiro. Rapidamente preparou-se, e retirando-se com toda a família imperial para a Europa, obedecendo os revolucionários e, com lágrimas nos olhos, rejeita as elevadas somas que o Tesouro Nacional lhe oferece, para aceitar apenas um travesseiro de terra do Brasil, a fim de que o amor da Pátria do Cruzeiro lhe santificasse a morte, no seu estilo de saudade e pranto.
                Jesus, consoante a sua promessa, lhe santificou os cabelos brancos. Uma tranqüila paciência caracterizou o seu martírio mortal.
                O grande imperador, retirou-se do Brasil deixando, não um império perecível e transitório do mundo, mas uma família ilimitada, que hoje ultrapassa a cento e noventa milhões de almas.
                Visitado pelo Visconde de Ouro Preto, no mesmo dia em que chegava a capital portuguesa, declara-lhe o imperador com serena humildade.
                 - Em suma, estou satisfeito...
                 E quanto à sua disposição, acrescenta:
                 - É a minha carta de alforria. Agora eu posso ir a onde eu quiser.
                 Naqueles amargurados dias, o velhinho estavas prestes a desencarnar.
                 No Brasil, continuadas seriam as tradições de amor e da liberdade, pelas forças militares, que a seu turno, as entregariam aos grandes presidentes paulistas.
                 Nunca a sua figura de chefe de família brasileira foi esquecida no altar das lembranças da Pátria do Evangelho, e não foi só o Brasil quem lhe reconheceu a inesquecível superioridade espiritual.
                 Conta-nos Múcio Teixeira, então o cônsul-geral do Brasil em Caracas, que ao chegarem até lá as notícias dos acontecimentos de 15 de novembro, desenrolados no Rio de janeiro, ao entrar no Palácio do governo da republica vizinha, o Dr. Rojas Paul, eminente político sul-americano, Exclamou:
                  - Senhor Cônsul-Geral do Brasil, peça a deus que a sua Pátria, que foi governada durante meio século por um sábio, não seja doravante levada pelo tacão do primeiro ditador que se lhe apresente.
                  E abraçando-o sensibilizado concluiu:
                  - Acabou-se a única Republica que existia na América.
                  - O Império do Brasil.

                  Fonte: Livro



                                                          RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

BRASIL CORAÇÃO DO MUNDO PATRIA DO EVANGELHO- o autor espiritual HUMBERTO DE CAMPOS, psicografia do médium FRANCISCO CANDIDO XAVIER - Editora FEB - Rio de Janeiro RJ.

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