Powered By Blogger

domingo, 19 de junho de 2011

ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. N. 14.

         DIA. 00.00.00. 14º. AULA. CONTINUAÇÃO. PENSAMENTO.

A AFINIDADE MENTAL

A lei da afinidade determinam que os iguais se atraem e se procurem; e que os contrários de repilam e se evitem. Por conseguinte, podemos formular a seguinte lei de afinidade mental: Os pensamentos iguais se atraem; os pensamentos contrários se repelem.
Quando emitimos pensamentos glorificados, sintonizamo-nos com a faixa esplendorosa.
Quando emitimos pensamentos raciocinados, sintonizamo-nos com a faixa luminosa.
Quando emitimos pensamentos materiais, sintonizamo-nos com a faixa escura.
Quando emitimos pensamentos fixos, opressivos, alvitantes, criminosos, sintonizamo-nos com a faixa das trevas.

Agora então sabemos que se emitirmos um pensamento glorificado, atrairemos para nós um pensamento glorificado correspondente, o qual fortificará o nosso próprio pensamento e influirá decisivamente na execução de nossos atos. O mesmo acontecerá quanto aos pensamentos raciocinados, inferiores ou aviltantes que emitirmos: receberemos em troca pensamentos similares, que virão em reforço do estado mental em que nós nos encontramos, com repercurção direta em nossas ações.

E isto por quê?
Porque nossas vibrações mentais se dirigem para a faixa mental que lhe é afim, onde transitam pensamentos iguais aos nossos e emitidos por encarnados e desencarnados. Ficamos como que ligados a essa faixa; e dela carreamos para o nosso íntimo os pensamentos que a compõem.(1º)

PENSAMENTO E SAUDE
Ora, as faixas luminosas são habitadas por espíritos desencarnados saudáveis; e as faixas escuras, por espíritos doentios. Pois bem, quando nós nos sintonizamos com as regiões da luz através de nossos pensamentos enobrecidos, de lá partem fluidos puros e luminosos que envolvem e penetram nosso corpo, contribuindo para que tenhamos uma boa saúde. E quando, pelos pensamentos envilecidos, ligamo-nos às regiões sombrias, recebemos cargas de fluidos maléficos que acabam por arruinar nossa saúde. Tudo se passa como se uma onda luminosa nos banhasse, no primeiro caso; e um balde de matéria negra e viscosa fosse atirado sobre nós, no segundo.
Daí deduzimos então que pensamentos corretos são iguais à felicidade; e pensamentos deformados são iguais a infortúnios. Eis que é sempre vantajoso emitirmos pensamentos corretos, não só quanto à nossa parte moral, mas também quanto à física.(1º)

POSIÇÃO DO ESPÍRITO DEPOIS DE DESENCARNADO
Os pensamentos que habitualmente mantemos enquanto encarnados, determinarão nossa posição no mundo espiritual, depois que desencarnarmos.
As faixas mentais são também regiões do mundo espiritual. assim, as faixas de pensamentos glorificados e raciocinados formam zonas luminosas, onde gravitam as esferas espirituais felizes. As faixas de pensamentos inferiores constituem regiões sombrias e trevosas, nas quais falta a luz e sobra sofrimento.
Se durante nosso tempo de encarnados, estivermos constantemente sintonizados com as faixas luminosas, ao desencarnarmos ascenderemos às esferas de luz e de felicidades.
Ao contrário, se durante nossa permanência no corpo físico, livramo-nos às esferas escuras, ao desencarnarmos seremos envolvidos por trevas e sofrimentos.
E os atos? Alguém, poderá perguntar-nos.
Não falamos aqui de atos, senão de pensamentos, porque o pensamento esteve presente na base de todos os nossos atos. E se o indivíduo esteve em permanente sintonização mental com as faixas luminosas, forçosamente seus atos foram ou raciocinados ou glorificados. e se manteve assíduo contato mental com as faixas escuras, logicamente seus atos não o recomendarão muito. Porque é impossível pensar-se no bem e praticar o mal e vice-versa. Nossa vida na Terra molda-se de conformidade com nossos pensamentos, os quais, por sua vez, plasmam-se segundo nossos desejos consubstanciando-se, por fim, em atos.
O espírito desencarnado precisa controlar muito bem os seus pensamentos; porque no mundo espiritual não havendo a barreira da matéria como aqui na Terra, é o pensamento que impulsiona o espírito. Assim sendo, é muito importante que nós nos habituemos desde já a mantermos um bom controle de pensamentos, para que não sejamos uns torturados mentais ao deixarmos o corpo físico. E não só por isso, como também para prepararmos o nosso futuro; porque se levarmos conosco uma bagagem desta natureza, isto é, de pensamentos descontrolados, dificilmente a modificaremos para melhor; e quando reecarnarmo-nos, voltaremos com as mesmas tendências péssimas e dificuldades agravadas, uma vez que nada do passado foi corrigido, trilhando nossa vida mental os mesmos desvios antigos.
Resumindo, diremos que durante nossa permanência na terra, estamos simplesmente sintonizados com as faixas mentais. Porém quando desencarnarmos, passaremos a viver nas zonas correspondente à faixa mental com a qual estávamos sintonizados. E se nós nos dirigimos para as zonas escuras ou de trevas, teremos de sofrer longo, doloroso e laborioso período de reajustamento mental, antes que possamos divisar a luz.(1º).

NOSSO PENSAMENTO E O DOS OUTROS
Não são somente os nossos próprios pensamentos que nos elevarão as regiões luminosas, ou que nos arranjarão nas trevas. os pensamentos que os outros nutrem para conosco, influem decisivamente sobre nós. Se outras pessoas sintonizarem-se com as faixas luminosas, emitindo pensamentos corretos a nosso favor, fluidos saudáveis descerão sobre a pessoa emissora de pensamentos bondosos e também sobre nós que contribuímos para a emissão desses pensamentos.
Porém se alguém sintonizar-se com as regiões trevosas, alimentando pensamentos deformados ou malévolas contra nós, fluidos negros envolverão essa pessoa e virão também tocar-nos por termos dado causa à emissão de pensamentos inferiores.
É importante notar que nossos pensamentos geram nossos atos e que nossos atos geram pensamentos nos outros.
Quando praticamos uma ação generosa, formam-se pensamentos favoráveis a nós na mente de nossos beneficiados. Esses pensamentos favoráveis nos banham como ondas de luz, libertam-nos das zonas inferiores e nos ajudam a sintonizar com as faixas mais elevadas, promovendo assim nosso equilíbrio mental.
O mal gera sempre pensamentos desarmoniosos e desfavoráveis na mente dos que lhe sentiram os efeitos. Esses pensamentos desfavoráveis envolvem os que praticam o mal, acorrentando-se às zonas de trevas e pondo-os em constante sintonia com as faixas inferiores. Transformam-se então num cárcere do qual para se libertarem depois de desencarnados, terão de depender esforços penosos, os espíritos que se seduziram pelo mal.
É pois de toda conveniência que nós nos esforçamos para fazer brotar na mente de todos com os quais convivemos, ou tratamos, pensamentos sempre favoráveis a nós. Isto só o conseguiremos praticando atos que gerem simpatia, reconhecimento, boa vontade, benevolência, enfim, bons sentimentos para conosco.
Estejamos sobre tudo preparados para emitir bons pensamentos, quaisquer que sejam as circunstâncias e quaisquer que sejam as boas ações que os outros cometem contra nós; perdoemos sempre, porque o perdão é uma vibração luminosíssima que se dirige para os cimos celestes e desfaz montanhas de trevas e de incompreensão. E essa luminosidade nos protegerá sempre contra as investidas de vibrações menos dignas.

FAIXAS MENTAIS E MEDIUNIDADE
Vejamos outro papel que desempenham as faixas mentais.
Cada médium, cada assistente, cada componente enfim de uma sessão espírita vibra dentro de sua faixa mental; e isso acontece não só com os encarnados, como também com os espíritos desencarnados presentes. Mas para que os trabalhos sejam bem sucedidos, é preciso que todos vibrem na mesma faixa mental; disso decorre a necessidade absoluta da concentração.
Concentrar-se significa na linguagem espírita, estar com o pensamento inteiramente voltado para o Alto, banindo cérebro qualquer preocupação terrena. Assim ao concentrarem-se, uns consagram sua mente a Deus, alguns a Jesus e outros aos ensinamentos evangélicos. Estabelece-se então uma homogeneidade de pensamentos, formando a corrente magnética, sustentadora da faixa mental única.
Entretanto, quando não se consegue uma faixa mental homogênea, por causa da variedade das vibrações mentais dos componentes da reunião, o trabalho a ser executado pelos espíritos desencarnados encarregados dele, torna-se assaz difícil, por lhe faltar um ponto de apoio equilibrado. É por esse motivo que se recomenda aos médiuns serem assíduos; havendo assiduidade por parte de todos aos trabalhos espirituais, equilibra-se a faixa mental, gerando-se uma corrente magnética segura, que facilita muita o intercâmbio entre os dois planos.
Um espírito ao comunicar-se passa a vibrar na mesma faixa do médium de que se serve. Ora, é comum um assistente formular uma pergunta ou um pedido mental ao espírito manifestante e não obter resposta. Surgem daí dúvidas quanto a veracidade das comunicações. “Por que, diz o assistente, o espírito não apanhou o pensamento que lhe dirigi, já que os espíritos podem ler nossos pensamentos? “ E muitas vezes o pobre do médium é brindado com uma série de adjetivos menos dignos.
A explicação para tal fato é simples: Se o espírito comunicante não captou o pensamento que lhe foi dirigido, é porque a pessoa que lhe endereçou a pergunta ou o pedido mental, não estava vibrando na mesma faixa em que o médium se colocara e na qual também se tinha colocado o espírito que se comunicava.
Eis porque é imprescindível que haja boa concentração durante os trabalhos. Favorecidos por uma faixa mental perfeita , os espíritos luminosos movimentam valiosos recursos em benefício da humanidade encarnada e da desencarnada que ainda gravita nos planos da terra.

EXERCÍCIOS MENTAIS
É conhecida a passagem evangélica em que Jesus nos diz: “Onde esta seu tesouro, aí estará também o teu coração”. Com isto ele nos quer dizer que os nossos pensamentos voltam-se sempre para onde temos o nosso interesse, ou gravitam em tornos dos sentimentos ou paixões que abrigamos em nosso íntimo.
Não é fácil para quem se habituou a emitir pensamentos inferiores continuamente, mudar sua tonalidade mental; isso, logicamente, requer esforço, boa vontade, exercícios.
Para que possamos mudar a tonalidade de nossos pensamentos, passando da inferior para superior, recomendamos a prática dos seguintes exercícios: análise de pensamentos, substituição de pensamentos, vigilância sobre os pensamentos e procurar o lado bom de todas as coisas.
Análise de pensamentos:
A análise de pensamentos é o exercício que nos levará a pôr de lado uma série enorme de pensamentos inúteis. A análise dos pensamentos está intimamente ligada à análise dos desejos, já descritas em páginas atrás. Para fazê-la, anotaremos num papel todos os pensamentos que nos ocorrerem durante o dia; à noite, antes de adormecermos, analisaremos nossos apontamentos, um por um. Depois de algum tempo saberemos qual a nossa tonalidade mental; se superior e luminosa, se inferior e sombria.
Substituição de pensamentos:
Sabida nossa tendência mental, passaremos ao exercício de substituir os pensamentos inferiores, por seus equivalentes na faixa superior: aos pensamentos de ódio, contraporemos os pensamentos de amor; os de antipatia serão substituídos pelos de simpatia; os sensuais, pelos puros; os de cobiça, de ambição, serão trocados pelos pensamentos de moderação, e assim por diante. A cada pensamento inferior que registramos no papel, corresponderemos com outro escrito adiante de natureza elevada. Com o hábito desse exercício, tão logo nos sobrevenha um pensamento inferior, mudá-lo-emos por um superior, até que essa sintonia mental se processe habitual e automaticamente com faixas elevadas.
Duas virtudes que auxiliam extraordinariamente a mudança para melhor da tonalidade de nossos pensamentos, são a tolerância e a humildade. Quando bem exercidas essas duas virtudes, não só tornam luminescentes as nossas vibrações mentais, como também reduzem ao mínimo, chegando mesmo em alguns casos, a neutralizar os choques de retorno a que estivermos sujeito.
Vigilância:
Um bom exercício mental é exercermos extrema vigilância sobre nossos pensamentos. Um pensamento puxa outro e se não vigiarmos, descambaremos para a ladeira dos pensamentos inferiores.
Não devemos deixar que pensamentos de má qualidade se assenhoreiem de nossa mente; tão logo lá se apresente um, deverá ser repelido sem demora.
Usando de uma comparação: ao percebermos que nossa estação mental está sintonizada com faixas inferiores, viremos a chave em procura de faixas melhores.
Procurar o lado bom das coisas:
Se trabalharmos sempre por distinguir o lado bom das coisas, das pessoas e dos acontecimentos, nossa atividade mental melhorará muito.
Há indivíduos incapazes de um gesto de otimismo para com tudo; infelizes, vivem emaranhados em pensamentos pessimistas.
Tudo neste mundo tem o seu lado bom e basta uma análise sincera para que o percebermos. E uma vez descoberta a parte boa, por pequena que seja, é fixamos nela nossos pensamentos que daí por diante se desenrolarão luminosos.
Um dos grandes geradores de pensamentos é o livro. A boa leitura exerce extraordinário poder sobre o nosso mundo mental; mas é preciso escolher o bom livro.
Outro auxiliar precioso para melhorar o teor de nossos pensamentos é a oração. Sempre que pensamentos inferiores ameaçarem arrastar-nos e sentirmo-nos impotentes para contê-los, recorramos à oração.
E assim com nossa mente ligada aos planos nobre do Universo, nossa vida transcorrerá tranqüila, luminosa , feliz.(1º)

O PENSAMENTO E O SEXO
Disciplinarmos os nossos instintos é um de nossos mais árduos trabalhos; não somos mais animais a caminhar pela vida ao sabor dos instintos ou das paixões inferiores; já conquistamos a inteligência, já sabemos pensar.
Pelo pensamento disciplinaremos e governaremos nossos impulsos sexuais. Se deixarmos nossos pensamentos vagarem às solta pelo campo das sensações sexuais desordenadas, seremos incendiados de desejos e daí aos erros e ao desregramento sexuais o passo é curto. Por vezes, a satisfação de um desejo sexual, de efêmera duração, porém contrariando as leis divinas, arroja o espírito a séculos de sofrimentos, oriundos de falta cometida ao obedecer mais ao impulso do que à razão.
O homem e a mulher deverão casar-se puros; para isso o melhor meio é a aplicação de rigorosa higiene mental; enquanto solteiros não darem abrigo em seus cérebros a pensamentos sexuais; evitarem tudo quanto possa despertar-lhes os desejos sexuais, os quais só poderão ser satisfeitos legitimamente dentro da santidade do matrimônio.
Nosso perispírito guarda a impressão de todos os nossos desregramentos sexuais do passado, os quais voltam à mente em forma de reminiscências, gerando pensamento e desejos; urge estabelecermos um cordão de isolamento para que essas impressões se atenuem e acabem por desaparecer do nosso perispírito; se não reagirmos em tempo, possivelmente seremos levados a repetir os mesmos erros e abusos de nosso passado de ignorância.
Nossas glândulas sexuais não intensificam apenas nossas atividades fisiológicas; elas atuam sobre nossa atividades mentais. Assim sendo, os solteiros poderão conservar-se castos até a época do casamento pela aplicação da higiene mental, cultivando o espírito pelo estudo e pela leitura sã, entregando-se, enfim, a tarefas que lhes ocupe nobremente o tempo, o espírito e o corpo. O mal é a ociosidade; quando estamos ocupados com coisas úteis a nós ou a nosso próximo, não temos tempo nem oportunidade de pensar em coisas menos dignas ou de procurá-las.
Do mesmo modo os celibatários, aqueles homens ou mulheres que não alcançaram o pouso do casamento, poderão transmutar a energia sexual criadora de que são dotados, em serviços altruísticos a seus semelhantes infelizes.
Por conseguinte, pelo pensamento educado exercermos controle sobre nossa vida sexual; mantendo-a dentro dos elevados limites fixados pela providência, limites esses que não ultrapassaremos impunemente.

EXERCÍCIOS:
1º. O que é pensamento?
2º. Como podemos controlar os nossos pensamentos?
3º. Como podemos analisar nossos desejos?
4º. Como classificam-se os pensamentos?
5º. Qual o remédio para melhorarmos nossos pensamentos?
6º. O que é vibração mental?
7º. O que é a consciência ? E como funciona?
8º. Quais são os tipos de consciência que podemos possuir?
9º. O que é a prisão mental?
10º. O que são as faixas mentais?
11º. O que é afinidade mental?
12º. Como são as faixas mentais para os espíritos encarnados?
13º. Como são as faixas mentais para os espíritos desencarnados?
14º. Podemos sofrer influência do pensamentos os outros? Por quê?
15º. A mediunidade pode se relacionar com as faixas mentais? Como?
16º. O que devemos fazer para melhorarmos nossos pensamentos?
17º. Quais as virtudes que mudam a tonalidade dos nossos pensamentos?

BIBLIOGRAFIA:
 
Fonte. AUTOR: Eliseu Rigonati - O Espiritismo Aplicado - Pág.55 a 71 - 79 e 80 - 1º Edição
- Editora Pensamento - São Paulo- SP.

                                                                         RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

Nenhum comentário:

Postar um comentário