O
LIVRO DOS MÉDIUNS.
SEGUNDA
PARTE.
CAPÍTULO VII.
BICORPORIEDADE E
TRANSFIGURAÇÃO.
121. Tem, pois, dois corpos o indivíduo que se mostra simultaneamente em dois lugares diferentes. Mas, desses dois corpos, um somente
é real, o outro é simples aparência.
Pode-se dizer que o
primeiro tem a vida orgânica e que o segundo tem a vida da alma. Ao despertar o
indivíduo, os dois corpos se reúnem e a vida da alma volta ao corpo material.
Não parece possível, pelo
menos não conhecemos disso exemplo algum, e a razão, ao nosso ver, o demonstra,
que, no estado de separação, possam os dois corpos gozar, simultaneamente e no
mesmo grau, da vida ativa e inteligente.
Demais, do que acabamos de
dizer ressalta que o corpo real não poderia morrer, enquanto o corpo aparente se
conservasse visível, porquanto a aproximação da morte sempre atrai o Espírito
para o corpo, ainda que apenas por um instante. Daí resulta igualmente que o
corpo aparente não poderia ser matado, porque não é orgânico, não é formado de
carne e osso. Desapareceria, no momento em que o quisessem matar1.
1 Ver na Revue Spirite, janeiro de 1859: O Duende de Baiona; fevereiro de 1859: Os agêneres; meu amigo Hermann; maio de 1859:
Fonte, “Livro dos Médiuns“, Allan Kardec, da 18º. edição, abril de 1991, do
Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.
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