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terça-feira, 3 de setembro de 2013

- VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES. - N º. 53. - 41 º. Parte. - SILVIO BRITO SOARES.

 VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES.

            41 º. Parte. – Do Esboço Histórico do Espiritismo no Brasil extraímos estas linhas:
            - “Os contemporâneos dessa fase auspiciosa de Bezerra de Menezes hão de recordar-se com saudades daqueles ensinamentos verdadeiramente magistrais, em que os assuntos mais árduos e transcendentes da Doutrina Espírita eram tratados com eloquência que atingia as raias do sublime, aliada, porém, a uma singeleza de linguagem que os tornava acessíveis aos de menos culta inteligência, graças sobre tudo à propriedade das imagens e figuras de que Bezerra freqüentemente se servia, para tornar a exposição mais clara e inteligível.
            “Bezerra de Menezes era, além disso, como todo trabalhador do pensamento, médium inspirado, contando, para maior brilho de sua oratória, com uma assistência espiritual de primeira ordem, daí – como muito bem acentuou outro grande e inolvidável Presidente da Federação Espírita Brasileira, Leopoldo Cirne – resultado que “a sua eloqüência nos assuntos doutrinários empolgava e convencia”.
            “Desse grande e digno lutador, que foi Leopoldo Cirne, em cuja presidência foi idealizado, construído e inaugurado o grande edifício da Avenida Passos, e que sucedeu a Bezerra de Menezes na presidência da Casa de Ismael, são as palavras que se seguem, a respeito de seu antecessor: “Era um missionário – e não há exagero na qualificação – talhado para, ao mesmo tempo que salvava da ruína material, que não afetava o seu programa doutrinário, absolutamente respeitável, a Federação Espírita Brasileira, encaminhá-la, todavia, no rumo, a nosso ver, mais adequado à finalidade suprema da Nova Revelação, isto é: implantar na sociedade central, que seria o eixo de coordenação das associações nacionais, o culto dos ensinamentos evangélicos”.
            Assim, não nos esqueçamos de que o Espiritismo existia esparso em nosso País, antes de Bezerra de Menezes, sem rumo certo, predominando especialmente o movimento presunçoso do cientificismo, e estava, pois, sujeito a perder-se ou a cristalizar-se em simples filosofia ou ciência, não fora a intervenção providencial de Bezerra.
            Para comprovarmos a assertiva de que o Espiritismo, sem o sentido religioso, não só fugiria de sua missão, senão também que se tornaria em fonte permanente de orgulho, vaidade, discórdia e dissensões, basta que perfuntoriamente nos reportemos ao histórico feito por Pedro Richard, em 15 de setembro de 1901, relativamente ao “Grupo de Ismael”, que precedeu a Federação Espírita Brasileira, no campos dos labores espiritistas.
            Em alguns tópicos desse documento, que se acha transcrito em Reformador daquela data:
            “Quando, por determinação do Eterno, que é a manifestação integral do amor e da misericórdia, sem caprichos e sem imposição, foi lançada a propaganda do Evangelho do seu Divino Filho, essa nobre e penosa missão, nesta parte do planeta, foi confiada ao bom anjo Ismael, que, com dedicação de que só são capazes os Espíritos de elevadíssima moral,organizou o pequeno grupo denominado “Confúncio”, reunido para isso meia dúzia de trabalhadores de boa vontade, e deu começo à santa do Senhor.

            Fonte: - Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES”.  - SILVIO BRITO SOARES – 4 ª. Edição – Editora FEB. – Rio de Janeiro, RJ. – Agosto de 1978.


                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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