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quarta-feira, 29 de maio de 2013

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. - AULA N º. 17. - MÉDIUM E MEDIUNIDADE. - ANEXO N º. 75. -MEDIUNIDADE E EVANGELHO. - PROSÉLITOS. - Dr. ODILON FERNANDES. (CARLOS A. BACCELLI.


                        MEDIUNIDADE E EVANGELHO.

                                               PROSÉLITOS.

                        “O desejo natural é muito louvável de todo adepto, desejo que não se saberia mais encorajar, é o de fazer prosélitos.” (Cap. III – Primeira Parte – item 18)  

            Em nossa opinião, o Espiritismo não deve, ao contrário de outra religiões, ter a preocupação sistemática de fazer prosélitos. É claro que a tarefa da divulgação de nossos princípios é imperiosa, no entanto mesmo aqui carecemos de ter bom senso, sob pena de nos transformarmos em fanáticos propagadores da Verdade.
            Foi com a preocupação precípua de orientar os espíritas na difusão da Doutrina que Kardec escreveu o capítulo do “Método”, afirmando que “os meios de convicção variam extremamente segundo os indivíduos; o que persuade alguns não produz nada nos outros; tal é convencido por certas manifestações materiais, tal outro por comunicações inteligentes, a maioria pelo raciocínio.”
            O próprio Kardec convenceu-se da realidade do fenômeno através do raciocínio. No entanto, enquanto não descobriu a “causa” que fazia as mesas se movimentarem, não parou de investigar.
            O fenômeno mediúnico em si, na maioria das vezes deixando a desejar pelas condições em que é produzido, seja por deficiência do médium ou do Espírito comunicante, não é o mais seguro meio de convicção. Um sábio como William Crookes careceu de três anos seguidos, estudando as materializações de Katie King, para convencer-se. Alguém que tivesse uma primeira experiência de vidência com um Espírito quereria ter uma segunda, uma terceira e assim sucessivamente, para não acreditar-se alucinado.
No Evangelho, depois de ter efetuado tantos prodígios como o da ressurreição de Lázaro, a cura de tantos doentes e endemoninhados, a transfiguração no Tabor, a levitação sobre as águas, a multiplicação dos pães e peixes, os seguidores de Jesus ficam na expectativa de outras provas para, definitivamente, crer que ele era o Messias. No momento extremo da cruz, Gestas o desafia: “Tu, que destróis o templo, e em três dias o reedifica, salva-te a ti mesmo; se és Filho de Deus, desce da cruz.”
            Estamos convictos, em nossa condição de Espíritos desencarnados, que a nossa missão, em nos comunicando junto aos homens, é a de simplesmente manter acesa a chama da dúvida dentro das almas.
            Só se convence verdadeiramente quem se convence pela razão. Daí a importância da veiculação da mensagem espírita porque, se se pode contestar-lhe a origem, não se pode refutar-lhe o conteúdo. As “mesas girantes” passaram, mas o que Kardec “extraiu” delas permanece inabalável em seus fundamentos.
            Paralelamente ao trabalho sereno da divulgação espírita, os adeptos da Doutrina não devem se esquecer de que o argumento do exemplo é sempre o mais convincente. Pelos frutos se conhece a árvore – ensinou-nos Jesus.
            Consideremos ainda que, sendo a expressão da Verdade, o Espiritismo caminhará naturalmente. Após o “pentecostes espírita” das mesas girantes, quando muitos se converteram às realidades da Vida Espiritual, estamos agora na faze do “despertamento” da alma por alma. O mesmo fenômeno deu-se com o Cristianismo.
            É inegável que não devemos colocar a “lâmpada sob o alqueire”, mas carecemos de ser comedidos, recordando que nós mesmos, os espíritas, ainda não permitimos que a luz do Consolador nos clareasse integralmente por dentro. Muitos que já aderiram ainda não consentiram...
            Retomando o primeiro parágrafo destas nossas despretensiosas considerações, a fim de que não sejamos mal interpretados, queremos reafirmar que o labor da divulgação doutrinária é dos mais louváveis e deve ser incentivado ao máximo. Neste sentido, o livro, o jornal, a revista, a tribuna e a mensagem impressa em panfletos, avalizados pela força do exemplo na vivência diária, mais do que as mais retumbantes manifestações mediúnicas de caráter público, devem concentrar todos os esforços dos espíritas esclarecidos, conscientes de que somente o conhecimento da Verdade liberta o homem da ignorância em que se enclausura.

Fonte: Livro Mediunidade e Evangelho - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 6o. Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP – Janeiro/2008..


                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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