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segunda-feira, 13 de maio de 2013

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. - AULA Nº. 17. - MÉDIUM E MEDIUNIDADE. - ANEXO Nº. 73. - MEDIUNIDADE E EVANGELHO. - CAPÍTULO II. - CRENÇAS POPULARES. - Dr. ODILON FERNADES. (CARLOS A. BACCELLI.


                        MEDIUNIDADE E EVANGELHO.

                                               CAPÍTULO II.

                                   CRENÇAS POPULARES.

                        “Conquanto o Espiritismo reconheça em muitas crenças populares um fundo de verdade, não aceita, de nenhum modo, a solidariedade de todas as histórias fantásticas criadas pela imaginação”. Cap. II – Primeira Parte – Item 14 – parágrafo 5º)

            De fato, em quase todas as crenças populares existem um fundo de verdade. Também neste sentido o Espiritismo apareceu para os esclarecimentos que se fazem necessários, à luz da fé raciocinada.
            A lenda do lobisomem, pó exemplo, é uma crença popular que tem atravessado séculos. Como e quando teria surgido? Provavelmente, foi na Idade Média que esta crença, ao lado de tantas outras superstições, ganhou força. Entretanto, segundo podemos nos informar na Vida Espiritual, a lenda do lobisomem não passa de uma manifestação de licantropia. Determinados Espíritos, sob hipnose de mentes mais poderosas ou mesmo pela ação do próprio pensamento sobre o corpo espiritual, assumem formas animalescas com o propósito de se tornarem mais aterrorizadores aos olhos de quem consiga percebê-los pela vidência psíquica ou mesmo quando consigam uma materialização total ou parcial de si mesmos.
            Este tipo de crença popular, no entanto, perde-se na noite dos tempos. A Bíblia fala que Satanás transformou-se numa serpente para tentar Adão e Eva... Entre os egípcios e os hindus acreditava-se que, por punição, o Espírito poderá voltar à Terra no corpo de um animal. Pitágoras, o grande iniciado grego, apregoava o respeito para com os cães, dizendo que deles poderia ser a reencarnação de um Espírito amigo...
            Embora fruto de muitas controvérsias, Jesus igualmente com a lincotropia. O episódio do obsidiado gadareno, que vivia entre os túmulos de um cemitério, é muito significativo. Os Espíritos que se autodenominavam “legião” pediram ao Mestre que os enviasse a uma manada de porcos que pastava próxima... Não vamos discutir se na região existiram ou não porcos.
            Talvez não seja tão conhecido dos espíritas o fato de que no cemitério de Sacramento, Minas Gerais, uma jovem tomada de um Espírito “fuçava” o túmulo do grande missionário Eurípedes Barsanulfo, revirando a terra e desferindo guinchos próprios do animal em questão. Trazido a determinado grupo espírita de Uberaba em tarefas de desobsessão, depois de longas e pacientes sessões, conseguiu-se que o Espírito começasse a falar como um ser humano e se descondicionasse a nível de corpo espiritual. A jovem, evidentemente, tratada sem sucesso pela medicina convencional, recuperou-se e passou a viver uma vida normal.
            Com o devido respeito que nos merecem, a leitura de sorte através de cartas, o jogo de búzios, a bola de cristal, a posição dos astros no firmamento e outros expedientes semelhantes, resumem-se puramente um fenômeno mediúnico de intuição, dupla vista, presciência... Medianeiros os temos em toda parte e em todas as condições.
            Essa ambientação mágica e mística em torno do fenômeno é completamente dispensável, em que pese a “sugestão” que possa causar nas mentes ainda demasiado presas e rituais e fórmulas exteriores.
            A doutrina Espírita desmistifica todo tipo de relacionamento com o Invisível demonstrando que o intercâmbio pode acontecer dentro de um clima de maior naturalidade possível.
            Os Espíritos que se deixam atrair por objetos e fórmulas bizarras de evocação, embora possam agir de boa vontade, são Espíritos um tanto quanto vinculados às coisas do mundo material, como os médiuns de que se servem e as pessoas afeitas ao imediatismo das coisas.
            Porque propões a renovação íntima como base da solução de todos os problemas, e a renovação íntima requer disciplina, perseverança, renúncia, sacrifício e trabalho  cotidiano, as pessoas, habituadas à lei do menor esforço, preferem soluções mais rápidas e menos “onerosas” para os seus problemas existenciais. É no que, infelizmente, a maioria se compraz e é este o maior obstáculo para a vitória do evangelho nos corações.
            Cabe ao Espiritismo explicar o maravilhoso e o sobrenatural que, a bem da verdade, têm ensandecido muitas mentes, mantendo-as acorrentadas a um estranho cativeiro espiritual, impedindo, assim, os vôos mais altos do Espíritismo em busca de sua própria iluminação.

Fonte: Livro Mediunidade e Evangelho - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 6o. Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP – Janeiro/2008..

                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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