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segunda-feira, 2 de maio de 2011

ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. Nº. 7.

DIA: 00.00.00. 07º. AULA. DEUS. A CRIAÇÃO.

            “A grandeza de Deus dá vida a tudo. E tudo serve a Deus de modos vários.“
                                                                                              Gonçalves de Magalhães

                                                                 DEUS
            Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.
            Aquilo que não tem começo nem fim; o desconhecido; todo o desconhecido é infinito. Está palavra (infinito) podemos usá-la para o Universo, pois tudo o que nos é desconhecido é infinito. os para Deus, é uma definição incompleta. Pobreza da linguagem dos homens, insuficiente para definir as coisas que estão além da nossa inteligência.
                Deus é infinito nas suas perfeições, mas o infinito é uma abstração; dizer que Deus é o infinito é tomar o atributo de uma coisa por ela mesma, definir uma coisa, ainda não conhecida, por outra que também não o é.
                                                           DEUS EXISTE?
            Aprende-se na Doutrina Espírita que a existência de Deus, causa primária de tudo que existe, é a base sobre a qual repousa o edifício da criação universal.
            Acreditar na existência de Deus é ponto fundamental para compreensão da grande equação da vida. Muito mais importante que acreditar é sentir e compreender que a existência de um Ser Superior sempre foi, é e será um princípio que o homem jamais deixará de buscar.
            Sabe-se que a inteligência humana não é a causa da vida e, sozinha, não tem o poder de conservá-la ou mantê-la.
            Quem, então, seria a causa? A Doutrina Espírita responde sem hesitar: Deus. A linguagem humana é, entretanto, impotente para exprimir a idéia do Ser Infinito. O homem, utilizando termos e nomes limitados em seus conceitos, limita o que é sem limites.
            Todas as definições são insuficientes e, de certo modo, induzem a erro, mas, pouco a pouco, com as revelações espirituais, o homem começa a entrever a evolução grandiosa da vida e o significado maior das palavras de Jesus: “Meu Reino não é deste mundo.”
            A Doutrina Espírita ajuda o homem a perceber que tudo revela e manifesta a presença divina, especialmente após os esclarecimentos feitos pelos Espíritos, sem alegorias, dando às coisas um sentido claro e preciso que não possa ser objeto de nenhuma falsa interpretação.
            Os Espíritos ensinam que a maravilhosa obra da criação não pode ser obra do acaso, porquanto todo efeito inteligente tem de decorrer de uma causa inteligente.
            Allan Kardec narra (Gênese, de Allan Kardec, cap.II, item 6- parágrafo 2º) um exemplo significativo desta afirmação: “Ao se contemplar um relógio, por exemplo, de mecanismo complexo e engenhoso, podemos dizer que ele é um relógio inteligente, que se fez a sim mesmo? Ou então que aquela obra-prima teria saído do nada? Ou que foi criação de um cérebro ignorante?”
            A engenhosidade do mecanismo do relógio atesta a inteligência e o saber do relojoeiro.
            A existência de Deus é pois, uma realidade comprovada não somente pela revelação, mas também pela evidência material dos fatos. Observando a grandiosidade da vida, do micro ao macrocosmo, deduz-se a existência de uma suprema e soberana inteligência, infinita em todas as perfeições, que se denomina Deus.
            O homem não deve procurar Deus nos templos de pedra ou de mármore e sim no templo eterno da Natureza, no espetáculo dos mundos a percorrerem o infinito; seja na Terra, nos esplendores da vida que se expande em sua superfície, em suas planícies, vales, montanhas e mares; seja na potente máquina do Universo que se agita, silenciosamente, nos bilhões de sóis e outros astros que a compõem.
            Assim, o homem sentirá a majestade de um poder misterioso, de uma inteligência que não se impõe, mas que está no seio das coisas, e cuja presença as revela ao pensamento e ao coração.
            Deus está, assim, em cada uma das criaturas, no templo vivo da consciência humana que somente precisa desenvolver suas percepções para reconhecê-Lo.
            O princípio espiritual ou alma é o objetivo da existência de Deus; sem esse princípio Deus não teria razão de ser, visto que não se poderia conceber a soberana inteligência a reinar, pela eternidade afora, unicamente sobre a matéria bruta, como não se poderia conceber que um monarca terreno, durante toda a sua vida, reinasse, exclusivamente, sobre pedras.(3)

                                               PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS

                        Encontramos a prova da existência de Deus; num axioma que aplicamos às nossas ciências: não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e vossa razão vos responderá.
                Para crer em Deus é suficiente lançar os olhos às obras da criação. O Universo existe; ele tem, portanto, um causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa, e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa.
                O sentimento intuitivo que todos nós trazemos conosco da existência de Deus; é uma prova que ele existe. Pois de onde lhes virá esse sentimento, se ele não se apoiasse em nada? É uma conseqüência do princípio de que não há efeito sem causa.
            Se este sentimento íntimo da existência de Deus, que trazemos, fosse efeito da educação e o produto de idéias adquiridas; porque os nossos selvagens também o sentem.
                Se o sentimento da existência de um ser supremo não fosse mais que o produto de um ensinamento, não seria universal e nem existiria, como as noções científicas senão entre os que tivessem podido receber esse ensinamento.
            Poderíamos encontrar a causa primária da formação das coisas na propriedade íntima da matéria? Mas, então, qual seria a causa dessas propriedades? É sempre necessária uma causa primária.
                Atribuir a formação primária das coisas às propriedades íntima da matéria seria tomar o efeito pela causa, pois essas propriedades são em si mesmas um efeito, que deve ter uma causa.
            É outro absurdo, atribuirmos à formação primária a uma combinação fortuita da matéria, ou seja, ao acaso. Que homem de bom senso pode considerar o acaso como um ser inteligente? E, além disso, o que é o acaso. Nada!
                A harmonia que regula as forças do Universo revela combinações e fins determinados, e por isso, mesmo um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso, seria uma falta de senso, porque o acaso é cego e não pode produzir efeitos inteligentes. Um acaso inteligente já não seria um acaso.
            Onde podemos ver, na causa primária, uma inteligência suprema, superior a todas as outras. Conheces o provérbio que diz: pela obra se conhece o autor. pois bem; vede a obra e procurais o autor. É o orgulho que gera a incredulidade. O homem orgulhoso nada admite fora de si, e é por isso que se considera um Espírito forte. Pobre ser que um sopro de Deus pode abater.
                Julga-se o poder de uma inteligência pelas suas obras. Como nenhum ser humano pode criar o que a Natureza produz, a causa primária há de estar numa inteligência superior à humanidade.
                Sejam quais forem os prodígios realizados pela inteligência humana, essa inteligência tem também uma causa, e quanto maior for a sua realização, maior deve ser a causa primária. Esta inteligência superior é a causa primária de todas as coisas, qualquer que seja o nome pelo qual o homem designe.(1)
            As leis da física demonstram que não há efeito sem causa. Tudo que existe é obra de um princípio lógico que se encadeia de forma inteligente. Todo efeito inteligente tem uma causa inteligente. O efeito nunca é superior à causa.
            Pela observação do mundo que nos cerca, deduzimos pela razão que aquilo que nos criou é superior a tudo o que há. A essa causa primária de todas as coisas denominou-se “Deus”.
            Podemos conhecer a Deus, estudando as suas obras.(2)
            “Deus é uno Indivisível.” É a expressão na mais quintessência do amor e da Misericórdia. como tal ele deve ser compreendido, não como uma entidade trina, ou seja um Deus composto de três pessoas.
            Jesus cristo é criatura de Deus.
            O conjunto dos Espíritos puros __ inadequadamente designado Espírito Santo __ é formado por Espíritos também por Ele criados.
            A trindade é mera concepção humana. Aquele que se norteia pelos ensinamentos do Espiritismo jamais poderá conceber Deus nesses moldes, mas como o Supremo e Único Arquiteto do Universo e da Vida, Criador de todas as coisas.(4)

                                               ATRIBUTOS DA DIVINDADE

            O homem não pode compreender a natureza íntima de Deus, para tanto, falta-lhe, um sentido.
            Será permitido um dia, ao homem compreender o mistério da Divindade; quando o seu Espírito não estiver mais obscurecido pela matéria e pela sua perfeição, tiver se aproximado dela, então a verá e compreenderá.
                A inferioridade das faculdades do homem não lhe permite compreender a natureza íntima de Deus. Na infância da Humanidade o homem confunde muitas vezes com a criatura, cujas imperfeições lhe atribui; mas, à medida que o seu senso moral se desenvolve, seu pensamento penetra melhor o fundo das coisas e ele faz, então, a seu respeito, uma idéia mais justa e mais conforme com a boa razão, embora sempre incompleta.
            Não pode o homem compreender a natureza íntima de Deus, mas, pode ter uma idéia de algumas das suas perfeições. O homem se compreende melhor, à medida que se eleva sobre a matéria; ele as entrevê pelo pensamento.
            Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom. Do nosso ponto de vista, temos uma idéia completa de seus sentidos, porque acreditamos abranger tudo. Porém, devemos saber que há coisas acima da inteligência do homem mais inteligente, e para as quais a nossa linguagem, é limitada às vossas idéias e às vossas sensações, não dispõem de expressões. A razão nos diz que Deus deve ter essas perfeições em grau supremo, pois se tivesse um de menos, ou que não fosse a grau infinito, não seria superior a tudo, e por conseguinte não seria Deus. Para estar acima de todas as coisas, Deus não deve estar sujeito a vicissitudes e não pode ter nenhuma das imperfeições que a imaginação é capaz de conceber.
            Deus é eterno. Se ele tivesse tido um começo, teria saído do nada, ou, então, teria sido criado por um ser anterior. É assim que pouco a pouco, remontamos ao infinito e à eternidade.
            É imutável. Se ele estivesse sujeito a mudanças, as leis que regem o Universo não teriam nenhuma estabilidade.
            É imaterial. Quer dizer, sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria, pois de outra forma ele não seria imutável, estando sujeito a transformação da matéria.
            É o único. Se houvesse muitos Deuses, não haveria unidade de vistas nem de poder na organização do universo.
            É todo poderoso. Porque é único. Se não tivesse o poder soberano, haveria alguma coisa mais poderosa ou tão poderosa quanto ele, que assim não teria feito todas as coisas. E aquelas que ele não tivesse feito seriam obras de outro Deus.
            E soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das leis divinas se revela nas menores como nas maiores coisas, e esta sabedoria não nos permite duvidar da sua justiça, nem da sua bondade.(1)
            Se crermos na existência de um Ser que a tudo criou e concedeu-nos a oportunidade de vida e progresso, temos que nos esforçar no sentido de compreendê-Lo.(2)

                                   CONHECIMENTO DO PRINCÍPIO DAS COISAS

            O homem não pode conhecer o princípio das coisas. Deus não permite que tudo seja revelado ao homem, aqui na Terra. O véu se ergue na medida em que ele se depura; mas, para a compreensão de certas coisas, necessita de faculdades que ainda não possui.
            A Ciência lhe foi dada para o seu adiantamento em todos os sentidos, mas ele não pode ultrapassar os limites fixados por Deus. (Quanto mais é permitido ao homem penetrar nesses mistérios, maior deve ser sua admiração pelo poder e a sabedoria do Criador. Mas, seja por orgulho, seja por fraqueza, sua própria inteligência o torna freqüentemente joguete da ilusão. Ele acumula sistemas sobre sistemas, e cada dia que passa mostra quantos erros tomou por verdades e quantas verdades repeliu como erros. São outras tantas decepções para o seu orgulho.)
            O homem pode receber, fora das investigações da Ciência, comunicações de uma ordem mais elevada sobre aquilo que escapa ao testemunho dos sentidos; se Deus julgar útil, pode revelar-lhe aquilo que a Ciência não consegue apreender.(É através dessas comunicações que o homem recebe, dentro de certos limites, o conhecimento de seu passado e do seu destino futuro.) (1a)

                                                           A CRIAÇÃO                                                            

            O homem não tem condições, por faltar-lhe faculdade, de conhecer o princípio das coisas aqui na Terra. À medida, entretanto, em que se depura, pelo amor e pelo saber, conhecendo os segredos das leis Naturais, Deus permite que lhe seja revelado o que não consegue aprender sozinho.
            A compreensão do todo (mundo material e espiritual) é paulatinamente e se dá pela razão e pelo sentimento. Que é Deus? Que é Espírito? Que é Matéria? De modo geral, as respostas não satisfazem plenamente, especialmente aos cientistas que procuram uma reação de causa e efeito definida no campo teórico e comprovada na fase experimental.
            Como afirma André Luiz: “Se à investigação do conhecimento, basta o valor intelectual, o problema religioso demanda altas possibilidades de sentimento. A primeira requer observação e persistência; o segundo, todavia, implica vocação e renúncia.”
            Os conceitos dependem da compreensão de cada um, de vez que, na mente, o sentido e a inteligência do homem terreno não conseguem abarcar o pleno conhecimento ou os princípios das coisas.     
            Por esta razão os Espíritos afirmam: “Não vos percais num labirinto, de onde não poderíeis sais. “Preferível será ater-se, de início, aos conceitos fundamentais, para depois , paulatinamente, ir complementando o conhecimento.
            “Deus é a inteligência suprema”, causa primária de todas as coisas. Esta foi à definição dos Espíritos. Eles complementam que o princípio de tudo o que existe está na Trindade Universal __ Deus , Espírito e Matéria.(3a) (2c)
            “Espírito é o princípio inteligente do Universo. São os seres inteligentes da Criação. eles povoam o Universo, além do mundo material. Não se pode confundi-los com as propriedades da matéria, decorrentes das modificações que a matéria primitiva sofre sob diferentes forças, como a gravidade, coesão, afinidade, atração, magnetismo, eletricidade ou por movimentos vibratórios, como a luz, som, calor, dando origem aos efeitos de peso, sabor, odor, cores, qualidades salutares ou venenosas etc.”
            Matéria é aquilo que tem extensão ou é perceptível aos nossos sentidos normais, inclusive, através dos equipamentos fabricados pelos homens. “A matéria existe em estados que não conheceis, afirmam os Espíritos. Ela pode ser, por exemplo, tão etérea e sutil que não produza nenhuma impressão nos vossos sentidos; entretanto, será sempre matéria, embora não o seja para vós.” (3a)

                                                           O UNIVERSO.

            Com o progresso da Ciência descobriu-se certas leis e princípios que vieram explicar os mistérios existentes quanto à origem do mundo. Ficou demonstrado que a Criação não se resumia no espaço circunvizinho a Terra como a princípio se pensava. Havia muito mais. Planetas, cometas, estrelas, nebulosas e galáxias formavam esse majestoso conjunto chamado Universo.
            A humanidade progride no campo científico colaborando para a evolução do homem. aos poucos o véu do mistério vai sendo levantado e vamos nos conscientizando de nossa pequenez em face da obra do Criador.
            De outro lado, o plano espiritual, através de revelações mediúnicas, vem procurando transmitir ao homem novas idéias a cerca de tudo. Segundo ele, o Universo abrange a infinidade de mundos que vemos e que não vemos, o espaço que há por toda a parte, todos os seres animados e inanimados, os astros que se movem, assim como os fluídos e as energia.
            A matéria e a energia, segundo eles, seriam uma forma condensada e ativa do fluído universal.(2a)
            O espaço universal é infinito. Isto confunde a tua razão, bem o sei, e no entanto a razão te diz que não pode ser de outra maneira. O mesmo se dá com o infinito em todas as coisas; não é na vossa pequena esfera que o podeis compreender.
            (Supondo-se um limite para o espaço, qualquer que seja à distância a que o pensamento possa concebê-lo, a razão diz que, além desse limite, há alguma coisa. E assim, pouco a pouco, até o infinito, porque essa alguma coisa, mesmo que fosse vazio absoluto, ainda seria espaço.)
            O vazio absoluto não existe em parte alguma no espaço universal. O que é vazio para ti, está ocupado por uma matéria que escapa aos teus sentidos e aos teus instrumentos.  (1d)
            O Universo foi criado. Ele não pode ter sido feito por si mesmo; e se existisse de toda a eternidade, como Deus, não poderia ser obra de Deus.
            A razão nos diz que o Universo não poderia fazer-se por si mesmo, e que, não podendo ser obra do acaso, deve ser obra de Deus.
            Deus criou o Universo por sua vontade. A prova está nas belas palavras da Gênese: “Deus disse: Faça-se a luz, e a luz foi feita”. (1e)
           
                                                           MATÉRIA

            É a variação do elemento básico chamado “fluído universal“, que estudaremos mais tarde. Deus teria criado a matéria para que o Espírito tivesse um meio onde se desenvolver. A matéria existe em vários estados. Não podemos defini-la apenas como aquilo que tem extensão, impenetrabilidade e que impressiona os sentidos, como diz a Ciência. Ao contrário, a matéria também pode existir numa condição tão etérea e sutil, a ponto de não ser percebida pelos que vivem encarnados na Terra.
            A matéria é inerte. Só apresenta vida quando está sob a ação do Espírito.(2a)
            Só Deus sabe, se a matéria existe desde toda a eternidade ou se foi criada por ele num certo momento. Há entretanto, uma coisa que a vossa razão vos deve indicar: é que Deus, modelo de amor e de caridade, jamais esteve inativo. Definimos a matéria como aquilo que tem extensão, pode impressionar os sentidos e é impenetrável. Mas a matéria existe em estados que não percebemos. Ela pode ser, por exemplo, tão etérea e sutil que não produza nenhuma impressão nos nossos sentidos: entretanto, será sempre matéria, embora não o seja para nós. Os Espíritos nos deram a seguinte definição sobre matéria; é o liame que escraviza o Espírito; é o instrumento que ele usa, e sobre o qual, ao mesmo tempo, exerce a sua ação. Podemos dizer então, que matéria é o agente, o intermediário com a ajuda do qual e sobre o qual o espírito atua.(1b)

                                               PROPRIEDADES DA MATÉRIA

            A ponderabilidade é um atributo da matéria, como a entendemos.; mas, não da matéria considerada como fluído universal. A matéria etérea e sutil que forma esse fluído é imponderável para nós, mas nem por isso deixa de ser o princípio da vossa matéria ponderável. (A ponderabilidade é uma propriedade relativa. Fora das esferas de atração dos mundos, mas não há peso, da mesma maneira que não há alto nem baixo.)
            A matéria é formada de um só elemento primitivo. Os corpos que considerais como corpos simples não são verdadeiros elementos, mas transformações da matéria primitiva.
            As diferentes propriedades da matéria, provêm, das modificações que as moléculas elementares sofrem, ao se unirem, e em determinadas circunstâncias.
            O sabor, o odor, as cores, as qualidades venenosas ou salutares dos corpos, são modificações de uma única e mesma substância primitiva, e só existem pela disposição dos órgãos destinados a percebê-las.(Esse princípio é demonstrado pelo fato de nem todos perceberem as qualidades dos corpos da mesma maneira: um acha uma coisa agradável ao gosto, outro a acha má; uns vêem azul o que outros vêem vermelho; o que para uns é veneno, para outros é inofensivo ou salutar.)
            A mesma matéria elementar é suscetível de passar por todas as modificações e adquirir todas as propriedades. É isso que deveis entender, quando dizemos que tudo está em tudo. (O oxigênio, o hidrogênio, o azoto, o carbono e todos os corpos que consideramos simples não são mais do que modificações de uma substância primitiva. Na impossibilidade, em que nos encontramos ainda, de remontar de outra maneira, que não pelo pensamento, a essa matéria, esses corpos são para nós verdadeiros elementos, e podemos, sem maiores conseqüências, considerá-los assim até nova ordem.) (1c)

                                                           OS MUNDOS

            Os mundos são formados pela condensação da matéria disseminada no espaço universal. São as estrelas , os planetas, os cometas, as nebulosas etc. Jesus Cristo, referindo-se à pluralidade dos mundos habitados , disse:
            “Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim , eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar.” (S. João. 14:2.)
            Os cometas sempre foram, como agora se pensa, um começo de condensação da matéria em via de formação. É um absurdo, porém, acreditar que ele tenha essa influência, que vulgarmente lhe atribuem. Sabemos, porém, que todos os corpos celestes têm a sua parte de influência em certos fenômenos físicos.
            Um mundo completamente formado pode desaparecer, e a matéria, que o compõe espalha-se de novo no espaço. Deus renova os mundos, como renova os seres vivos.
            O tempo de duração da formação dos mundos, da Terra, por exemplo; somente o criador o sabe. (1e)
            De uma maneira geral, podemos classificar os planetas habitados em cinco categorias distintas:

Primitivos:
            __ São os mundos onde os Espíritos realizam suas primeiras encarnações. A Terra no passado, já esteve neste estágio.

Expiação e provas:
             __ São aqueles em que predomina o mal e o sofrimento; onde os Espíritos resgatam suas dívidas e passam por provas destinadas ao seu aperfeiçoamento moral e intelectual. O mundo terreno vive hoje nesta categoria de expiação e provas.

Regeneradores:
            __ Nestes mundos não há mais expiação, mas há provas pelas quais o Espírito têm que passar. São mundos de transição entre os de expiação e os felizes.

Felizes:
            __ São os planetas onde predomina o bem.

Divinos:
            __ Mundos onde reina o bem, sem qualquer mistura com o mal. São moradas dos Espíritos puros. (2b)

                                               MUNDO NORMAL PRIMITIVO

            O mundo dos Espíritos constitui um mundo à parte, completamente independente do mundo corpóreo. Pode-se mesmo afiançar que ele é o verdadeiro mundo, o mais importante, porque é permanente, eterno e sobrevive a tudo.
            Enquanto o mundo corpóreo se renova continuamente através das reencarnações, com o sucessivo nascimento de novos corpos e a morte de outros, servindo de palco para os Espíritos desempenharem funções específicas, com o objetivo de se aperfeiçoarem, o mundo espiritual permanece perenemente inalterado, pois os Espíritos conservam a sua individualidade por toda eternidade.
            No mundo material, os espíritos que ai renascem, se congregam para formação de famílias, de cidades, de nações, apreendendo a se aproximarem uns dos outros, com o objetivo de cultivarem o amor e colimarem o aperfeiçoamento, imprescindíveis para uma maior aproximação com o Criador de todas as coisas.
            O mundo dos Espíritos é o mundo das inteligências incorpóreas, uma vez que, ocorrendo à morte dos corpos, pelas enfermidades, pelos acidentes, pelas guerras, pelos fenômenos da natureza e pelos desgastes físicos, os Espíritos se integram em sua verdadeira Pátria, onde continuam evoluindo em direção ao sublime desiderato da perfeição.
            O mundo dos Espíritos poderia existir sem o mundo corpóreo, mas há necessidade de ambos, porque um reage sobre o outro, pois Deus, em sua infinita sabedoria, criou os dois para que o mundo terreno sirva de imensa escala, facultando aos Espíritos os meios de progredirem, aperfeiçoando as suas qualidades morais, indispensáveis para atingir, no tempo e no espaço, o estado de pureza.
            Deus, sendo a perfeição absoluta, poderia criar os Espíritos já perfeitos, porém estes não teriam o mérito do esforço próprio e o Pai quer que seus filhos sejam sábios e puros, aprendendo a equacionar por si os problemas que se lhes deparam, tornando-se potências da natureza e instrumentos dóceis que participem dedicadamente no processo de execução dos superiores desígnios do Criador.
            Os Espíritos não habitam um lugar circunscrito no Universo. Eles estão por toda a parte. Não estão encerrados no Céu, no Inferno ou no Purgatório, como o ensinam as teologias terrenas. eles habitam todo o Universo, locomovendo-se com incrível facilidade; estão ao nosso lado sem que o percebamos; entretanto, existem regiões que são interditadas àqueles menos evoluídos.
            Os que são muito atrasados e apagados às coisas terrenas, que alimentam sentimentos inferiores , que praticam a maldade, continuam vivendo no ambiente terreno e , em muitos casos, em zonas verdadeiramente purgatórias, o Umbral, de que fala André Luiz, onde permanecem até que se convençam de necessidades de se enquadrarem nos ditames da lei de Deus, ou sejam levados compulsoriamente às reencarnações, acossados pelo ferrete da dor, uma vez que o Espírito não pode permanecer indefinitamente na inação e na rebeldia. (4a)

                                               PLURALIDADE DOS MUNDOS

            Todos os globos que circulam no espaço são habitados. O homem terreno está bem longe de ser, como acredita, o primeiro em inteligência, bondade e perfeição.
            Há, entretanto, homens que se julgam espíritos fortes e imaginam que só este pequeno globo tem o privilégio de ser habitado por seres racionais. Orgulho e vaidade! Crêem que Deus criou o Universo somente para eles.
            (Deus povoou os mundos de seres vivos e todos concorrem para o objetivo final da Providência. Acreditar que os seres vivos estejam limitados apenas ao ponto que habitamos no Universo, seria pôr em dúvida a sabedoria de Deus que nada fez de inútil e deve ter destinado esses mundos a um fim mais sério do que alegrar os nossos olhos. Nada, aliás, nem na posição, no volume ou na constituição física da Terra, pode razoavelmente levar-nos à suposição de que tenha o privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos milhares de mundos semelhantes.)
            A constituição física dos mundos não sendo a mesma para todos, os seres que os habitam terão, sem duvida, a organização diferente. Como entre nós os peixes foram criados para viver na água e os pássaros no ar.
            Não há privação de luz e calor para os mundos mais distantes do Sol, de vez que o Sol lhes aparece apenas como uma estrela. Acreditamos que não há outras fontes de luz e calor, além do Sol.  Não tendes em conta a eletricidade, que em certos mundos, desempenha um papel desconhecido para vós e bem mais importante que o que lhe cabe na Terra? Aliás, não dissemos que todos os seres vivam da mesma maneira que vós, com órgãos semelhantes aos vossos.
            As condições da existência dos seres nos diferentes mundos devem ser apropriadas ao meio em que têm de viver. Se nunca tivéssemos visto peixes não compreenderíamos como alguns seres pudessem viver na água. O mesmo acontece com outros mundos, que sem dúvida contêm elementos para nós desconhecidos. Não vemos na Terra as longas noites polares iluminadas pela eletricidade das auroras boreais? Que haveria de impossível para a eletricidade ser mais abundante que na Terra, desempenhando um papel geral cujos efeitos podemos compreender? Esses mundos podem conter em si mesmos as fontes de luz e calor necessárias aos seus habitantes. (1i)

                                               FORMAÇÃO DOS SERES VIVOS

            No começo, tudo era o caos; os elementos estavam fundidos. Pouco a pouco, cada coisa tomou o seu lugar; então, apareceram os seres vivos, apropriados ao estado do globo.
            A Terra continha os germes, dos seres vivos, que esperavam o momento favorável para desenvolver-se. Os princípios orgânicos reuniram-se desde o instante em que cessou a força de dispersão, e formaram os germes de todos os seres vivos. Os germes permaneceram em estado latente e inerte, como a crisálida e as sementes das plantas, até o momento propício à eclosão de cada espécie; então, os seres de cada espécie se reuniram e multiplicaram.
            Os elementos orgânicos antes da formação da Terra, estavam, em estado fluídico no espaço, entre os Espíritos, ou em outros planetas, esperando a criação da Terra para começarem uma nova existência sobre um novo globo.
            (A Química nos mostra as moléculas dos corpos inorgânicos unindo-se para formar cristais de uma regularidade constante, segundo cada espécie, desde que estejam nas condições necessárias. A menor perturbação destas condições é suficiente para impedir a reunião dos elementos, ou pelo menos a disposição regular que constitui o cristal. Porque não ocorreria o mesmo com os elementos orgânicos? Conservamos durante anos germes de plantas e de animais, que não se desenvolveram a não ser numa dada temperatura e num meio apropriado; viram-se grãos de trigo germinar depois de séculos. Há, portanto, nesses germes, um princípio latente de vitalidade, que só espera uma circunstância favorável para desenvolver-se. O que se passa diariamente sob os nossos olhos, não pode ter existido desde a origem do globo? Esta formação dos seres vivos, saindo do caos pela força da própria Natureza, tira alguma coisa à grandeza de Deus? Longe disso, corresponde melhor a idéia que fazemos do seu poder, a exercer-se sobre os mundos infinitos através de leis eternas.
             Esta teoria não resolve, é verdade, a questão da origem dos elementos vitais; mas Deus tem os seus mistérios, e estabeleceu limites às nossas investigações.)
            Há seres que ainda nascem espontaneamente; mas, o germe primitivo já existia em estado latente. Sois todos os dias, testemunhas desse fenômeno. Os tecidos dos homens e dos animais não contêm os germes de uma multidão de vermes que esperam, para eclodir, a fermentação pútrida necessária à sua existência? É um pequeno mundo que dormitava e desperta.
            A espécie humana se achava entre os elementos orgânicos do globo terrestre. E veio há seu tempo. Foi isso que deu motivo a dizer-se que o homem foi feito do limo da Terra.
            Todos os cálculos, da época da aparição do homem e dos seres vivos na Terra , são quiméricos.
            O germe da espécie humana estava entre os elementos orgânicos do globo. E , os homens não se formam mais espontaneamente como em sua origem. O princípio das coisas permanece nos segredos de Deus; mas podemos dizer que os homens, uma vez dispersos sobre a Terra, absorveram em si mesmos os elementos necessários à sua formação, para transmiti-los segundo as leis da reprodução. O mesmo aconteceu com as demais espécies de seres vivos. (1f)
            Os seres vivos são frutos da união do Espírito e matéria. O corpo material dos elementos vivos é formado por agrupamentos orgânicos chamados células que por sua vez são formados por grupos moleculares, animados pelo fluído vital, de que falaremos mais tarde. Toda essa organização é dirigida pelo princípio inteligente que é o Espírito.
            Reino Vegetal __ O reino vegetal compreende o reino das plantas. É composto de variadas espécies, onde as formas espirituais primitivas sofrem um processo de aperfeiçoamento. De modo geral, pode-se dizer que a vida no reino vegetal é caracterizada pela fotossíntese, um processo onde a planta, aproveitando-se da energia solar, faz a síntese da matéria orgânica para sobreviver.
            Reino Animal: __ Compreende o reino dos seres animados. São os insetos, os peixes, as aves, os animais irracionais, o homem etc. Neles, o processo de alimentação e o sistema nervoso são mais aperfeiçoados. O reino animal abriga Espíritos num estágio superior ao reino dos vegetais. A espécie humana é a classe mais complexa das entidades que o compõem.(5)
                       
                                               POVOAMENTO DA TERRA

            A espécie humana não começou por um só homem. Aquele que chamais Adão não foi o primeiro nem o único a povoar a Terra. Viveu mais ou menos a quatro mil anos antes de Cristo. (O homem cuja tradição se conservou sob o nome de Adão foi um dos que sobreviveram, em alguma região, a um dos grandes cataclismos que em diversas épocas modificaram a superfície do globo e tornou-se o tronco de uma das raças que hoje o povoam. As leis da Natureza contradizem a opinião de que os progressos da Humanidade, constatados muito tempo antes do Cristo, se tivessem realizado em alguns séculos, como a teoria de ser, se o homem não tivesse aparecido senão depois da época assinalada para a existência de Adão. Alguns, e com muita razão, consideram Adão como um mito ou uma alegoria, personificando as primeiras idades do mundo.) (1g)
           
                                   DIVERSIDADE DAS RAÇAS HUMANAS

            As diferenças físicas e morais que distinguem as variedades das raças humanas na Terra; vêm, do clima, da vida e dos hábitos. Dá-se o mesmo que se daria com duas crianças da mesma mãe, que, educadas uma longe da outra e de maneira diferente, não se assemelhassem em nada quanto à moral.
            O homem apareceu em muitos pontos do globo, e, em diversas épocas , e é essa uma das causas da diversidades das raças; depois, o homem se dispersou pelos diferentes climas, e aliando-se os de uma raça aos de outras, formaram-se novos tipos.
            Essas diferenças não representam espécies distintas, pois todos pertencem à mesma família. As variedades do mesmo fruto acaso não pertencem à mesma espécie?
            A espécie humana , mesmo, não procedendo de um só tronco, os homens não se deixam de considerar-se como irmãos em Deus; porque são animados pelo espírito e tendem para o mesmo alvo.(1h)

Nota:   Ler no Livro dos Espíritos, capítulo II, Parágrafo VI- Pergunta nº 59.            
            Ler no Livro dos Médiuns. I. Parte- Cap. I nº 2, 4- Cap. IV nº 46. II parte. Cap. IV nº 74.   Cap.VI nº 100- Cap. XVII nº 220- Cap. XXVII nº 301- Cap. XXIX nº 340- Cap. XXXI-I à IX , XVI, XVIII.
            Ler no Livro Céu e Inferno. Cap. I nº 12, 13, 14- Cap. III - Cap. V nº 7 a 10- Cap. VI. nº 10 a 17- Cap.VII.nº 29 a 33.Cap.VIII nº 12 a 15.Cap. XX nº 6, 9- Segunda Parte Cap. II nº II
            Condessa Dauza, Srta Emma- Cap. III. Joseph Bré- Sra. Helena Michel- Cap.VI. O Esp. Castelnaudary.
            Ler no Livro A Gênese. Cap.II. e cap.VI.
            Ler no Livro Obras Póstumas: Primeira Parte dos Nos. 1 a 29.

EXERCÍCIOS:
1º.   Descreva o que você entende por Deus?
2º.   Faça um resumo sobre o que entendes por Universo?
3º.   Comprove a existência de Deus.
4º.   Onde encontramos Deus?
5º.   Descreva os atributos de Deus?
6º.   Como é formada a matéria?
7º.   O que é o Universo?
8º.   Quem criou o Universo?
9º.   Como foi criado o Universo?
10º. O que é a matéria?
11º. Qual a definição dada pelos espíritos sobre a matéria?
12º. Como são formados os mundos?
13º. Há necessidade de existirem mundos espirituais e materiais (físicos? Por quê?
14º. Porque Deus não criou os espíritos perfeitos?
15º. Onde habitam os espíritos?
16º. Como é composta a constituição física dos vários mundos?
17º. Como foram formados os seres vivos?
18º. Como foi formada a espécie humana?
19º. Como se deu o povoamento da Terra?
20º. Porque há diversificação das raças humanas?

BIBLIOGRAFIA:

1º. AUTOR.    Allan Kardec- Tradução José Herculano Pires- Livro- O Livro Dos Espíritos-
54º Edição-1994-Cap. I. Perg. 1 a 13 - Pág. 51 a 54- Lake - Livraria Allan Kardec Editora - São Paulo.SP.
1º.(a) Idem anterior - Cap. II - Pág. 56 e 57.- Perg. de 17 a 20.
1º.(b) Idem anterior - Cap. II - Pág. 57 - Perg. 21 a 22 a.
1º.(c) Idem anterior - Cap. II - Pág. 59 e 60. Perg. 29 a 33.
1º.(d) Idem anterior - Cap. II - Pág. 61. Perg. 35, 36.
1º.(e) Idem anterior - Cap. II - Pág. 62, 63.
1º.(f) Idem anterior - Cap. II - Pág. 63, 64.
1º.(g) Idem anterior - Cap. II - Pág. 64, 65.
1º.(h) Idem anterior - Cap. II - Pág. 65.
1º.(i) Idem anterior - Cap. II - Pág. 65, 66.
2º. AUTORES: Diversos- Espiritismo Para Iniciantes-3º Edição-1993- Cap. II- Pág. 19 a 21. FACE-Grupo Espírita Bezerra de Menezes- São José do Rio Preto-SP.
2º.(a) Idem anterior - Cap. I - Pág. 11,12 e 13.
2º.(b) Idem anterior - Cap. I - Pág. 13 e 14.
2º.(c) Idem anterior - Cap. I – Pág. 13.
3º. AUTORES:Diversos - Livro Curso Preparatório de Espiritismo-10º Edição- 1998-
Cap.1- Pág. 12.13.- Edições FEESP - Livraria e Editora Espírita Humberto de Campos- São Paulo.SP.
3º.(a) Idem anterior - Cap. 15. Pág. 84,85.
4º.AUTORES:Diversos- Livro Curso Básico de Espiritismo 1º Ano - 4º Edição- 1992 - Cap. II- Pág. 27 a 29. Edições FEESP- Livraria e Editora Espírita Humberto de Campos. São Paulo.SP.
4º(a) Idem anterior- Cap. IV- Pág. 49-50.
5º. AUTORES: Diversos- Livro- Espiritismo Para Iniciantes- Curso Básico- Cap. 1. Pág. 14,15.- 1º Edição- 1993- FACE- Grupo Espírita Bezerra de Menezes- São José do Rio Preto.SP.

                                                                             RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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