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domingo, 8 de maio de 2011

MÉDIUNS DE CURA.

            Médiuns curadores - Consiste a mediunidade desta espécie na faculdade que certas pessoas possuem de curar pelo simples contato, pela imposição das mãos, pelo olhar, por um gesto, mesmo sem o concurso de qualquer medicamento. *** Semelhante faculdade incontestavelmente tem o seu princípio na força magnética; difere desta, entretanto, pela energia e instantaneidade da ação, ao passo que as curas magnéticas exigem um tratamento mais longo. Todos os magnetizadores são mais ou menos aptos a curar, se sabem proceder convenientemente; dispõem da ciência que adquiriram. Nos médiuns curadores, a faculdade é espontânea e alguns a possuem sem nunca ter ouvido falar de magnetismo.
            A faculdade de curar pela imposição das mãos deriva evidentemente de uma força excepcional de expansão, mas diversas causas concorrem para aumentá-la, entre as quais são de colocar-se, na primeira linha: a pureza dos sentimentos, o desinteresse, a benevolência, o desejo ardente de propiciar alívio, a prece fervorosa e a confiança em Deus; numa palavra: todas as qualidades morais. A força magnética é puramente orgânica; pode, como a força muscular,  ser partilha de toda a gente, mesmo do homem perverso; mas, só o homem de bem se serve dela exclusivamente para o bem, sem idéias ocultas de interesse pessoal, nem de satisfação de  orgulho ou de vaidade. Mais depurado, o seu fluido possui propriedades benfazejas e reparadoras, que não pode ter o do homem vicioso ou interesseiro.
            Todo o efeito mediúnico, como já foi dito, resulta da combinação dos fluidos que emitem um Espírito e um médium. Pela sua conjugação esses fluidos adquirem propriedades novas, que separadamente não teriam, ou pelo menos, não teriam no mesmo grau. A prece, que é uma verdadeira evocação atrai os bons Espíritos sempre solícitos em secundar os esforços do homem bem-intencionado; o fluido benéfico do primeiros se casa facilmente com o do segundo, ao passo que o do homem vicioso se junta ao dos maus Espíritos que o cercam
            O homem de bem que não dispusesse da força fluídica, pouca coisa conseguiria fazer por si mesmo, só lhe restando apelar para a assistência dos Espíritos bons, pois quase nula seria a sua ação pessoal; uma grande força fluídica, aliada à maior soma possível de qualidades morais, pode operar, em matéria de curas, verdadeiros prodígios.
            A ação fluídica, ao demais, é poderosamente secundada pela confiança do doente, e Deus quase sempre lhe recompensa a fé, concedendo lhe o bom êxito.
            Somente a superstição pode emprestar qualquer virtude a certas palavras e unicamente Espíritos ignorantes ou mentirosos podem alimentar semelhantes idéias, prescrevendo fórmulas. Pode, entretanto, acontecer que, para pessoas pouco esclarecidas e incapazes de compreender as coisas puramente espirituais, o uso de uma fórmula de prece ou de determinada prática contribua a lhes infundir confiança. Nesse caso, porém, não é na fórmula que está a eficácia e sim na fé que aumentou com a idéia ligada ao emprego da fórmula.
            Não se deve confundir os médiuns curadores com médiuns receitistas, que são simples médiuns escreventes, cuja especialidade consiste mais em servirem mais facilmente de intérpretes aos Espíritos para as prescrições médicas; absolutamente mais não fazem de transmitir o pensamento do Espírito, sem exercerem de si mesmos, a menor influência.

Fonte. Livro dos Médiuns.

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