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quarta-feira, 24 de abril de 2013

- VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES. - CONTINUAÇÃO. - 24 ª. PARTE. - SILVIO BRITO SOARES.



  VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES.

            24 º. Parte. Tal Como Kardec, enfrentou críticas mordazes, torpes insultos, o desprezo das altas personalidades da época, o ridículo, mas sempre calmo, sereno, delicado, respeitoso, porque sua alma, amante dos ensinos de Jesus, sabia muito bem que “o amor verdadeiro e sincero nunca espera recompensa”, e que, portanto, “a renúncia era o seu ponto de apoio, como o ato de dar era a essência de sua vida”.
            E dentro de sua fé, Bezerra encontrou sempre conforto espiritual nas horas tristes de seu viver, e em um de seus escritos no propósito de consolar os que tem a alma apunhalada pela perde de um ente querido, cita-nos, então, o que se passou com ele, quando uma filha, que era todo o seu enlevo, o anjo visível da sua família, partiu para o Além, deixando um vácuo na vida desse querido médico dos pobres. Ouçamo-lo:
            “Como é doce, suave e consolador, ter-se, nos momentos angustiosos em se nos apresenta o drama do pensamento de uma filha que foi, na vida, os encantos família, a ciência certa de que Deus, em sua misericórdia, já lhe tem destinado um lugar entre os que gozam as delicias do mundo dos felizes!
            “E não só para as hosanas essa glorificação da alma decaída, que veio à nova vida corpórea para lavar as máculas das passadas culpas.
            Hosanas deve clamar, do seio de suas misérias, aquele que recebeu a graça de lhe ser revelado o futuro do ente querido, não só antes como depois de seu desprendimento.
            “Max (pseudônimo jornalístico de Bezerra de Menezes) recebeu do Senhor, em depósito, uma alma a quem deu corpo, e que foi, durante 22 anos, o anjo visível da família, o bálsamo da consolação para as dores do pobre velho, um verdadeiro seio de Abraão para todos os que dela se aproximavam.
            “Chegou o tempo de lhe exigir o Pai de justiça e de misericórdia o sagrado depósito que lhe confiara, por ser, como disse um Espírito amigo, fruto maduro, que só esperava ser colhido pela mão bendita do celeste jardineiro; quer dizer; por ter aquele Espírito ditoso satisfeito à justiça e merecido a misericórdia do Altíssimo.                           
            “Max, a quem um fraco raio de luz divina já permite divisar, por entre névoas embora, a suprema lei da evolução dos Espíritos, não se revoltou, felizmente, contra a ordem de entregar o caro, o adorado depósito, mas tão ligado se achava a ele, pelos laços de um amor que não pode ser definido pela linguagem humana, que sentiu, à iminência da separação, romperem-se-lhe de dor as fibras do coração.
            “Ia entregar o seu tesouro; que seria dele? Era a sua maior preocupação.
            “Nesta dolorosa conjuntura, foi lhe permitido que sua santa mãe lhe viesse dizer:
            - “Se pensas que seja ela a que mais sofre, estás enganado. De momento a momento, sue Espírito ala-se às regiões sempiternas, e de lá volta, cheio de celestes alegrias, a sorver mais uma gota de trevoso cálice que pediu para lição e provação tua”.

            Fonte: - Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES”  - SILVIO BRITO SOARES – 4 ª. Edição – Editora FEB. – Rio de Janeiro, RJ. – Agosto de 1978.

                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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