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domingo, 28 de abril de 2013

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. - AULA. Nº 1 -7. - MÉDIUM E MEDIUNIDADE. - ANEXO Nº. 71. - MEDIUNIDADE E EVANGELHO. CAPÍTULO I. OS ESPÍRITOS. - Dr. ODILON FERNANDES. (CARLOS A BACCELLI)


                        MEDIUNIDADE E EVANGELHO.

                                               CAPÍTULO I.

                                            OS ESPÍRITOS.

                        “Ora, essas almas que povoam o espaço são precisamente o que se chamam Espíritos; os Espíritos não são, pois, outra coisa senão as almas dos homens despojados do seu envoltório corporal.” (O Livro dos Médiuns – Primeira Parte – cap. I – item 2 – edição IDE) 


            Não sendo mais do que homens desencarnados, os Espíritos, a princípio, não possuem uma sabedoria maior do que a dos que ainda mourejam no corpo físico. Afirmaríamos mesmo que a maioria dos Espíritos vinculados à psicosfera do planeta encontra-se ainda em estágio primário de evolução intelectual e moral.
            A desencarnação não confere a ninguém a auréola de santidade sem esforço ou conhecimento que não se adquiriu à custa de ingentes sacrifícios.
            Em desencarnado, nem todo Espírito entra, por assim dizer, na posse do “patrimônio do passado”. Não raro, esse “passado”, para a maioria dos Espíritos, apresenta-se medíocre em matéria de conquistas espirituais. Muitos não tem a lembrar senão dissabores e grandes equívocos. Poucos são aqueles cujas experiências pretéritas, quando retomadas pela memória, acrescentam ao “presente” alguma coisa de útil.
            Não é porque o Espírito viveu muitas existências na Terra que ele necessariamente seja versado em diversos temas da vida. Tudo é uma questão de bom senso. O determina o aproveitamento do Espírito nas experiências vividas é o seu empenho em assimilar as lições. Existem Espíritos que, considerados mais “novos”, superam os que estagiam há mais tempo nas faixas da razão.
            Para que o Espírito retome, de forma consciente e produtiva, o chamado “patrimônio do passado”, arquivado em seu subconsciente,é indispensável que ele possua discernimento para saber o que fazer de si mesmo e um certo grau de maturidade espiritual.
            Estas considerações vêm a propósito da confiança cega que os médiuns, às vezes em interesse próprio, costuma depositar nos Espíritos.
            Os Espíritos carecem ser ouvidos sempre com cautela. Kardec, no serviço da Codificação, procurou ouvi-los reiteradas vezes através de médiuns diversos, em diferentes ocasiões.
            Existem Espíritos que, embora sinceros na opinião que externam, agem de forma equivocada; outros, intitulados pseudo-sábios, falam do que conhecem superficialmente como se fossem grandes mestres no assunto.
            Atualmente, grassa no meio espírita a delicada tarefa de cura, envolvendo cirurgias e receituários. Ora, nem todo Espírito – e nem todo médium – têm a obrigação de efetuar diagnósticos quando consultado a respeito. O médium espírita que é apto para a produção de um tipo de comunicado talvez não seja para outro. Aqui entra em ação o personalismo; o médium, não desejando confessar as suas limitações, envereda por um caminho perigoso, colocando em risco, de forma inescrupulosa, a vida de muita gente.
            O médium quando genuinamente “receitista” – e o temos em número bastante reduzido – deve estudar e pelo menos ter uma noção de para que serve este ou aquele medicamento que prescreve. Mesmo quando se trate de um receituário homeopático, o médium tem o dever de esclarecer-se para cooperar com o Espírito, não deixando à conta dele toda a responsabilidade.
            Os médiuns não podem desconsiderar a inspiração, mas também não devem descurar-se da vigilância.
            Em outras áreas da mediunidade, os cuidados carecem de ser os mesmos, tendo-se sempre em mente que entre transmissor e receptor deve haver uma perfeita sintonia para que a mensagem não sofra distorções prejudiciais.
            Levemos ainda em consideração que, com o passar do tempo, tanto o médium quanto o Espírito que habitualmente se comunica por seu intermédio podem modificar o seu ponto de vista sobre essa ou aquela questão. Isto é perfeitamente compreensível, de vez que a cada dia as nossas idéias vislumbram horizontes mais amplos. Médium ou Espírito que admite mudanças para melhor, confessando humildemente seus enganos, revela-se muito mais confiável do que aquele que se julga infalível.
                       
Fonte: Livro Mediunidade e Evangelho - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 6o. Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP – Janeiro/2008..

                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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