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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

- VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES. - N º. 29. - 17 º. PARTE. - SILVIO BRITO SOARES.


                 VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES.
           
   17 º. Parte.

            Apesar de convencido da verdade do Espiritismo, eu nunca tinha assistido, nem tentado assistir a qualquer trabalho experimental, confirmativo sequer da comunicação dos Espíritos.
            Tendo sido atacado de dispepsia, que me reduziu a um estado desesperador, sem que me tivesse proporcionado o menor alívio a medicina oficial, apesar de ter eu recorrido aos mais notáveis médicos desta capital, resolvi, depois de um sofrimento de cinco anos, recorrer a um médium receitista em quem muito se falava, o Sr. João Gonçalves do Nascimento.
           Eu não acreditava nem deixava de acreditar na medicina medianímica, e confesso que propendia mais para a crença de que tal médium era um especulador.
             Em desespero de causa, porém, eu recorria a ele, mesmo que soubesse ser um curandeiro.
            Tentava um recurso desesperado, e fazia uma experiência, que eu tomasse todas as cautelas, para que ela pudesse me dar uma convicção fundada.
            Combinei com o Dr. Maia Lacerda, completamente desconhecido do tal médium, ser ele que fizesse pessoalmente a consulta, recomendando-lhe que assistisse ao trabalho do médium, enquanto este escrevesse, e pedisse-lhe o papel, logo que acabasse de escrever; porque bem podia ter ele um médico hábil, por de trás do reposteiro, que lhe arranjasse aquelas peças.
            É verdade que um médico, não sabendo de quem se tratava, visto que só se dava ao médium o nome de batismo e a idade dos consulentes, não podia adivinhar-lhe os sofrimentos, mas, em todo o caso, eu queria ter certeza de que era exclusivamente do médium, homem completamente ignorante de medicina.
            O Dr. Lacerda fez como lhe recomendei, e trouxe-me o que, a meu respeito, escreveu o médium, que não podia reconhecer-me por meu nome próprio, “Adolfo”, não só porque há muitas pessoas com este nome, como porque sou conhecido como Bezerra de Menezes, e bem poucos dos que não entretém relações íntimas comigo sabem que me chamo Adolfo.
            Tomei o papel que dizia:
            “O teu órgão meu amigo (era o Espírito que falava ao médium), não é suficiente para satisfazer este consultante, em vista das circunstâncias de sua elevada posição social (eu era membro da Câmara dos Deputados) e principalmente de sua proficiência médica.
            “Entretanto, como não dispomos de outro, faremos com ele o mais que pudermos.
            “Vejo no organismo do consultante...”; seguia-se uma descrição minuciosa de meus sofrimentos e suas causas determinantes, tão exatos aqueles, quanto perfeitamente fisiológico estas.
              Não posso descrever o abalo que me produziu este fato estupendo!
        Segui o tratamento espírita, e o que os mestres da Ciência não conseguiram em cinco anos, Nascimento obteve em três meses.

            Fonte: - Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES” - SILVIO BRITO SOARES – 4 ª. Edição – Editora FEB. – Rio de Janeiro, RJ. – Agosto de 1978.

                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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