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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

- HISTÓRIA ESPIRITUAL DO BRASIL. - No. 20. - BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO. - A REVOLUÇÃO FRANCESA..

                                 A REVOLUÇÃO FRANCESA

                   Em 1792, D. João VI, assume a direção dos negócios do trono português, devido à perturbação mental de sua mãe, d. Maria I. Profundas transições políticas ocorreram no Ocidente, à regência caracterizou-se por inúmeros desastres administrativos.
                  Em 1789, estalara a Revolução francesa, e modifica todas as estruturas dos governos da Europa. Depois da reunião de Versalhes, no dia 5 de maio de 1789, os estados gerais, transformam-se em Assembléia Constituinte e, a 14 de julho do mesmo ano, o povo, oprimido e dilacerado pelas flagelações e pelos impostos derruba a Bastilha, esfacelando o símbolo do despotismo da realeza. A 21 de janeiro de 1793, Luís XVI é guilhotinado. Instala-se a republica francesa sobre um pedestal de sangue, que corre abundantemente nas praças de Paris. A França se entregou ao morticínio, após a Declaração dos direitos do Homem e do Cidadão. Esse movimento invadem todos os departamentos políticos da Europa. Reúnem todos os tronos para exterminar a republica nascente. Os revolucionários resistem. Os suspeitos são decapitados. O período de terror ameaça o mundo inteiro. E encerra-se este período com a morte de Maximiliano Robespierre, que mandou inúmeras vítimas para o cadafalso.
                 Em 1795, Instala-se o Diretório, que Napoleão Bonaparte derrubou em 1799, tornando-se o primeiro cônsul. Os reinos da Europa esperam à restauração do trono da família dos Borbons. Mas, a França após os desperdícios de força e luta fratricida, caíra nas mãos do ditador inteligente e implacável, que conduziria a todas as aventuras. Bonaparte, simples oficial de artilharia, chegara, mediante golpes de Estado, ao cargo supremo, proclamando-se imperador em 1804. Sob a sua direção audaciosa todas as conquistas militares se empreendem. A Europa toda apresta-se para a campanha das armas. As estratégias dos generais franceses fazem todas as praças de guerra caírem, e ele cataloga o número ascendente de suas vitórias.
                 Nesse tempo, todos os gênios espirituais do Ocidente, se reúnem nas esferas próximas do planeta, pedido proteção divina, para os irmãos da humanidade. Os Emissários de Jesus descem com sua palavra magnânima, instruindo os trabalhadores do Bem, levantando as energias para os bom combates.
                      Irmãos - elucidam eles - ordena o Senhor que espalhemos a sua luz e o seu amor infinito sobre todos os corações sofredores da Terra. As forças sombrias, intensificam a miséria e o sofrimento em todo o planeta. As revoluções sujam de sangue todas as estradas do globo terrestre, ouvem-se as trombetas das guerras, que entoam as notas da destruição  e da morte. Levantemos o espírito geral das coletividades oprimidas, renovando a concepção de liberdade na face do mundo...
                    - Anjo amigo, perguntou um operário da augusta assembléia, estarão enquadrados   na lei divina os trágicos acontecimentos que se desenrolam na Terra? Instalam-se Tribunais sumários que sentenciam todos à morte. As orações das viúvas e órfãos chegam até nós, enquanto enlaçamos com os nossos braços fraternos esses irmãos, a guerra, dos ditadores, prossegue como se obedecesse a uma fatalidade terrível dos destinos do mundo.
                   - Irmãos, explica o mensageiro, plano divino é o da evolução e dentro dele todas as formas de progresso da criatura se verificam sem o concurso desses movimentos lamentáveis, que atestam a pobreza moral da consciência do mundo.  A revolução e as guerras não obedecem às determinações de Deus; traduzem o atrito tenebroso das correntes do mal, que conduzem o barco da vida humana ao mar das dores expiatórias. Alguns pensadores acham que isto beneficia o progresso do planeta, nós, porém, compreendemos quais as transformações íntimas dos homens, no seu mundo interior, são as que conduzem aos mais altos planos do conhecimento superior. Se, após os movimentos revolucionários surgem progressos no orbe, é que o bem é o único determinismo divino dentro do Universo, determinismo que absorve todas as ações humanas, assinaladas com o sinete da fraternidade, da experi6encia e do amor. Os espíritos das trevas reúnem para a chacina e destruição como acontece na Terra. Alinhando-se as tendências e fraquezas dos humanos, levam as mentalidades a todos os desvarios. Eles julgam estabelecer o império das sombras no plano moral do globo terrestre, mas, todos os triunfos pertencem a Jesus, e as correntes da luz e do bem absorvem todas as atividades, anulando as correntes limitadas das trevas. Essa é a razão, que depois das ações destruidoras florescerão outros núcleos da civilização. Até que a fraternidade deixe de ser mitologia para os homens e sejam extintas as vaidades patrióticas. E prevaleçam um só rebanho e um só pastor, que é Jesus - Cristo, os seres das sombras terão o poder de arrastar os homens a lutas fratricidas. Ai daqueles que fomentam tais delitos. Para as suas almas, a noite dos séculos é mais sombria e mais dolorosa. Infelizes daqueles que tentam fechar as portas do progresso dos seus irmãos, porque acima da justiça subornável dos homens, há justiça inviolável de Deus. A Têmis Divina conhece todos os traidores da humanidade, que passam pelo mundo glorificado pela História; as condenações marcam a fronte, e aos sues ouvidos ecoam as palavras dolorosas: - “Caim, Caim, que fizestes dos teus irmãos, maldito? ”Somente as lagrimas, nas reencarnações, abrem as veredas para a reabilitação, nas estradas do tempo.
                     Dissolvida a assembléia, os irmãos infortunados espalharam-se pela terra, para reerguerem seus irmãos na lutas redentoras.
                    Napoleão prosseguia deixando um rastro de lágrimas e sangue. Em todos os países conquistava as coroas e as posições, que distribuía a seus familiares e amigos.
                      O século XIX começa a viver embalado pelas armas em todas as direções.
               Portugal alia-se a Inglaterra, resistindo às ordens supremas do ditador. Bonaparte alia-se a Espanha, já sobre o seu jugo e, ordena a invasão de Portugal.
                 A Inglaterra, sempre prudente, sugere a retirada de D. João VI para o Brasil. A casa de Bragança, hesita, antes de adotar a resolução. O Príncipe, generoso e infeliz é encontrado chorando compulsivamente em um dos aposentos do palácio, mas a decisão era necessária e inadiável.  A 29 de novembro de 1807, a frota real velejou do Tejo, a caminho da colônia, mal havia desaparecido nas águas do Atlântico, os soldados de Junot se apoderavam de Lisboa e sua fortalezas, com ordem de riscar Portugal dos mapas geográficos da Europa.
                      Contudo as falanges espirituais velaram pelos vencidos e humilhados.
                    Em janeiro de 1808, D. João VI, chega ao Brasil, depois de uma viagem cheia de acidentes e contrariedades.
                      O bondoso príncipe encontra na Terra do Evangelho, a hospitalidade que os reis de Costela não encontram na América do Sul, quando sofreram ataques do ditador. A casa de Bragança dilatava aqui as fronteiras do seu reino, reconhecida e feliz por encontrar no Brasil a compreensão e a bondade, o acolhimento e o amor.




                                                      RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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