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quarta-feira, 2 de maio de 2018

- MENSAGEM PARA OS JOVENS. - N º. 238. - ESCLARECENDO AS DÚVIDAS DOS JOVENS! - ESTUDO ESPÍRITA. - REVISTA INFORMAÇÃO.


ESCLARECENDO AS DÚVIDAS DOS JOVENS!

                      ESTUDO ESPÍRITA.

 Por que as Casas Espíritas colocam o estudo da Doutrina em segundo plano?

            Há sérios vícios dentro das Casas Espíritas como existem em toda a sociedade humana. Um deles é, sem dúvida, a inversão de procedimentos que resulta obviamente na inversão de valores. Sabemos do Espiritismo que o estudo é imprescindível para o entendimento, a prática e o caminhar da Doutrina. Kardec enfatizou bem essa necessidade, no seu tempo, ao colocar a razão como sustentação indispensável da fé, sem o que cairíamos inevitavelmente na mesma cegueira pela qual as regiões vieram encaminhando seus adeptos através dos tempos. Somente para apoiar as religiões nessa mesma base, o Espiritismo não se faria necessário, porque, em matéria de fé, as religiões sempre souberam levar a bom termo seus intentos. O Espiritismo surgiu como uma resposta à crendice sustentada pelo misticismo religioso, de um lado, e ao ateísmo proclamado pela Ciência, de outro, colocando-se como elemento integrador entre o sentimento e a razão, já que o homem deve ser visto em sua totalidade e não como um ser compartimentado. Eis porque o Espiritismo não ignora a Ciência e nem despreza a Religião, sustentando, pelo contrário, a necessidade de um e de outro. No entanto, estudar exige sempre algum esforço (o que para muitos é, até mesmo, sacrifício; ainda não faz parte integrante da cultura brasileira, que favorece à acomodação, a realização sem esforço, a fé sem raciocínio, a preguiça mental. Ao contrário do que sempre falou Kardec, nossos Centros Espíritas, em sua grande parte, dão prioridade às atividades mediúnicas, incentivando a aceitação sem exame, a busca do espetacular, do maravilhoso e até mesmo  do “sobrenatural”, sem exigir os estudos que favorecem do domínio dos conteúdos doutrinários. Kardec considerou os “espíritas exaltados”, - aqueles que em tudo acreditam, sem recorrer ao estudo e ao exame criterioso – os que mais causam prejuízo ao Espiritismo, pelo perigo que representam e pelo mal que a expõem ao ridículo perante a sociedade Ver o Livro dos Médiuns – Método, Capítulo III). Há muita gente interessada nos fenômenos curiosos, nas curas milagrosas, nas revelações espetaculosas, mas que, na verdade, não passam de analfabetos em Espiritismo e, o que é pior, não demonstram o mínimo interesse em aprender. Porque leram dois ou três livros espíritas, - mas jamais foram capazes de realizar um bom estudo, no seu Centro, sobre apenas um deles – julgam-se dotados da maior sabedoria, quando não delegam aos “espíritos orientadores” ou “guias” a mais ampla competência para decidirem sobre qualquer assunto. É claro que, como já dissemos, esse lamentável quadro faz parte da realidade cultural mais ampla neste País, e para tentar invertê-lo – pelo menos dentro das fronteiras espíritas – Os Centros teriam que pautar sobre uma linha rigorosamente kardequiana (retomando o espírito da Codificação), Criando uma programação de atividades que coloque como meta prioritária a formação espírita de seus freqüentadores. Isso não quer dizer que as atividades mediúnicas e assistência social devem deixar de ser feitas; quer dizer apenas que o estudo doutrinário e a formação espírita são condições “sine qua non” para que as demais atividades possam ser bem desenvolvidas. Do contrário, o Centro continuará promovendo a ignorância dos seus freqüentadores, estimulando dentro de suas paredes, o desenvolvimento de um anti-Espiritismo, o mais temível inimigo da Doutrina.     

Pergunta elaborada por: Djanira Ferraresi. – Vera Cruz. SP.

Fonte: Revista Informação – Ano XVI – Nº. 190. - Setembro de 1992.

                        RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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