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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

- PROBLEMAS DE DROGAS EM SUA FAMÍLIA OU COM AMIGOS? - PROCURE O NAR-ANON. - No. 2,

             A Minha Gratidão ao Nar-Anon, procuro divulgar como pratiquei o "PROGRAMA ESPIRITUAL NAR-ANON".

           Introdução:

ESTUDANDO OS DOZE PASSOS DO NAR-ANON.

“Tolos àqueles que pensam serem sábios, sábios aqueles que pensam serem tolos”.

Quando nos encontramos perdidos, desesperados, sem sabermos o que fazermos com alguém que muito amamos, procuramos todos os tipos de recursos para eliminarmos o problema.
Pensamos que somos capazes de resolver essa situação, sozinhos, que conseguiremos convencer o ser amado através das nossas ponderações, dos exemplos e das convicções.
Tudo é inútil, pois não temos a capacidade de mudar a ninguém, a não ser a nós mesmos. Sabemos que é assim, mas, continuamos tentando até as nossas forças suportarem, vamos chegar a um determinado ponto que o sentimento de derrota invade-nos, sentimos o quanto somos incapazes, impotentes para seguirmos essa luta inglória.
Paramos.
Pensamos.
Vem a nossa mente a recordação do momento em que descobrimos que tínhamos um adicto entre nós. Criamos sérias dúvidas a esse respeito, mas, chegou o momento em que a situação fugiu do controle e somente a aceitação do problema alertou-nos para os perigos reais existentes. Nesse momento caiu por terra todo o discernimento que tínhamos de moral, de respeito, de autoridade diante do adicto. Começamos a duvidar de nós mesmos em todos os sentidos de nossa vida.
Nunca havíamos pensado que um dia poderíamos passar por uma situação como esta, da mesma forma que passou o José, a Maria e tantos outros. Procuramos acintosamente descobrir as responsabilidades e os responsáveis, os porquês, os como, de onde surgiu esse monstro, pois, criamos todos os membros da nossa família com princípios religiosos, com respeito, ensinando caráter, honestidade, amor para com todos, indistintamente, infelizmente, esse ser desequilibrou o nosso Lar.
Com essa situação, surgiu mais um mal em nós, o ressentimento em forma de ódio, raiva, ira, violência, desgastes físicos, emocionais, psíquicos e até espirituais, assim adoecemos.
Queríamos medir força e poder com este mal que nos atacava, e, mais uma nova descoberta surgiu, que nada somos, que nada podemos fazer contra a vontade dos outros, que só temos uma atitude a fazer, é a aceitar a situação, mesmo contrariando as nossas convicções, passando por constrangimentos, vergonha, medo, ameaças, e, as mais difíceis e inesperadas situações.
Lágrimas, dores, desesperanças, nos acolheram, criamos álibis ilusórios para acharmos as nossas responsabilidades, envolvemos outras pessoas que nada tinham a ver como caso, assumimos culpas indevidas, dividas que não eram nossas, vivíamos criando suposições, “Se eu...”, “Se fulano...”, “Se tivesse feito isso...”, nada nos conformava, não conseguíamos entender tudo o estávamos vivendo.
Porém, esquecemos que estávamos diante de um ser amado que conseguiu mostrar-nos, a realidade da vida, que ela não é como gostaríamos que fosse, pois, ele, o adicto, o enfermo, é livre para pensar e agir. Que o Poder Superior (P.S.), deu-nos a liberdade de escolha de nossas ações com respeito as nossas vidas, aceitando-as, mas, não nos livra das nossas responsabilidades diante delas.
Começando a agir sobre nós através de alguém o “P.S.”, envia-nos um familiar, um amigo, um semelhante, para sugerir a procura de ajuda Psicológica, grupo de auxílio a familiares também enfermos.
Começamos a refletir.
Que psicólogo?
Que grupo?
Que tipo de ajuda?
A onde estão esses abnegados servidores?
Diante das nossas suplicas esse enviado, nos diz, vá ao Nar-Anon.
Ótimo surge uma luz para iluminar o nosso caminho. Encontramos o lugar que esclarecerá o nosso problema. Deverão eles ter a solução do nosso problema. Mas, novamente a duvida nos assola.
Como chegar até lá?
Saberão que eu tenho um adicto em minha companhia?
Que vergonha?
O que vão pensar de mim?
Nesse momento lembro-me de uma Tia (Cida) muito querida que sempre nos dizia: “vocês precisam fazer o que é bom para vocês, não devem se preocupar com que os outros vão pensar ou falar”.
Bem, o primeiro ato para chegarmos ao lugar de socorro já demos, que é aceitar a realidade de termos um adicto em nosso convívio, começamos a andar para a luz, para a cura.
O segundo ato, devemos deixar os preconceitos de lado e ir ao lugar indicado, isso, já é um ato de amor.
Para quem?
Pensamos ser para o enfermo, mas, não é.
É para nós mesmos.
Encorajados pela dor, pelo sofrimento, pelo desespero, nos encaminhamos para a sala do Nar-Anon.
No trajeto pensamos como seremos recebidos?
Quem nos receberá? Psicólogos? Médicos? Assistentes sociais?
Nada disso. Pura ilusão.
Quando chegamos à sala, somos recebidos por pessoas que passaram experiências semelhantes ou mais desastrosas que as nossas. Sofreram dores terríveis, também pensaram que nada poderia resolver os seus problemas, nem o do adicto. Para alguns, esse sentimento agudo, o sofrimento, tornaram-se crônicos, as feridas que possuíam, algumas delas conseguiram cicatrizá-las através do amor e do perdão, em outros, essas chagas continuam abertas purgando sentimentos muitas vezes involuntários, incontroláveis, de ódio, de rancor e de desequilíbrio. Sim, todos eles, por tudo que sofreram, com resignação e com amor foram diplomados em Psicologia, Medicina, Assistência Social, mas, principalmente em irmãos, pela Universidade da Vida, tendo como Magnífico Reitor o Poder Superior e, como mestres os Doze Passos, as Doze Tradições, os Lemas, as Literaturas e o trabalho de auxílio no grupo.
Acolheram-nos, como foram acolhidos, praticaram o que aprenderam e para nós transmitiram suas experiências, para que praticássemos e sanássemos a nossa insanidade. Pois, somente através da vivência desse Programa que é Espiritual e não religioso, conseguiremos vencer.
Essa é a nova forma de viver. Viver com esperança.
Acolheram-nos dizendo, aqui precisamos:
Admitir.
Cultivar a serenidade vinte e quatro horas.
Amar, desprendendo o Adicto com amor.
Cortar o cordão umbilical dos sentimentos de culpabilidade.
Respeitá-los como seres amados, por nós e pelo Poder Superior.
Viver um dia de cada vez.
Que precisamos viver e deixá-los viver, escolherem o tipo de vida que irão levar, assumindo suas responsabilidades.
Como fazer?
Qual a fórmula?
Não existe fórmula mágica, não tiraram nada da cartola como fazem os mágicos, não existem milagres. Só ação.
Essas ações dependerão de cada um de nós, do nosso entendimento, da nossa aceitação, da prática dos Doze Passos, das Doze Tradições, dos Lemas, das Literaturas e principalmente do trabalho que realizarmos no grupo, com o grupo e para o grupo.
Mas, isso cura o adicto?
Não, mas nos devolve uma vida saudável para podermos ajudá-los.
Somos indivíduos anônimos, juntos formamos uma unidade, chamados “Grupo Familiares Nor-Anon”, de familiares e amigos de enfermos, adictos.
Quais os princípios que norteiam o Grupo Nar-Anon?
São os mesmos ensinamentos do Al-Anon, que foi fundado no estado da Califórnia nos (E.U.A), pelas esposas e familiares de adictos do alcoolismo, que os acompanhavam nas reuniões do AA. Como não podiam participar ficavam reunidas em um lugar próximo, trocando experiências, confabulando suas dores e sentimentos, encontrando desse modo soluções para os seus problemas, sem aconselhamento.

                                          Sou o Carlos - Mais um Nar-Anon em recuperação.



                                                            RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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