Powered By Blogger

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. N. 21


       21º. AULA -  REFORMA ÍNTIMA.

         “ Conhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral.”

                                                                                             Allan Kardec

                                   REFORMA MORAL

           As Condições Básicas para a evolução espiritual, e, muito especialmente, para médiuns curadores, como já estabeleceu André Luiz em ponto anterior, residem na reforma moral, insofismavelmente, seguida pelos esclarecimentos intelectuais.

            E como encetar a caminhada? Por onde começar a subir o primeiro degrau da escada evolutiva?
            “Não se perturbe o vosso coração”, disse o Mestre de Deus aos seus apóstolos. Procura a Luz do mundo, que é o Mestre, como ensinava João Batista, e traze-A para dentro do teu coração e segue com Ele o roteiro evangélico em direção as esferas sublimadas. Pela estrada, vá despindo o “homem velho “ e vestindo o “homem novo’, como ensinava Paulo de Tarso, para depois, se integrar na fé e nas obras enaltecedoras dos espíritos elevados.

            O primeiro passo para a reforma moral está no bom combate, segundo ainda o apóstolo dos gentios, aos seus próprios vícios e defeitos, vencendo-os com persistência e tenacidade, intransigentemente consigo mesmo. Antes, vença os vícios da carne, esses desejos muitas vezes incontidos; depois, as imperfeições morais que desequilibram o espírito, até chegar à limpeza completa afastando os inimigos, ainda mesmo que seja em vidas sucessivas.

            Os espíritos destes tempos são os seguidores cristãos dos tempos do Caminho, como eram chamados os discípulos de Jesus Cristo na primeira era cristã, vindos à terra com a missão de recristianizar a humanidade, disseminando a Terceira Revelação. Urge se compreenda que, sem a iniciação convicta nos Evangelhos do Mestre, exemplificada em obras, jamais se constará a evolução espiritual.

             Entretanto, para exemplo nosso, há pessoas incultas, sem preparo intelectual nem religião, que praticam o Evangelho intuitivamente, por palavras e obras com tão acentuada caridade e amor, que chegam a confundir os mais eminentes cientistas, teólogos e santos servidores do bem. São verdadeiros analfabetos no plano terreno porém sábios nas esferas superiores, que assimilam os ensinos do Mestre pela compreensão da necessidade do próximo. e praticam a caridade apenas pelo instinto de fazer o bem. Deduz-se, assim, que a elevação espiritual não está na cultura intelectual, nem na evangélica, mas nos valores do coração, conquistados nesta ou em outras vidas pretéritas, no campo de serviços prestados aos semelhantes.

             O médium curador para melhor poder servir ao enfermo, não deve desconhecer que antes de doutrinar seu irmão para a reforma moral, necessário se torna que, primeiro, doutrine a si mesmo. Os muitos insucessos e mesmos fracassos, devem os médiuns à sua própria imprevidência no terreno moral. Colocar pesados fardos nos ombros alheios, quando no nosso não suportamos nem uma grama, como adverte o Mestre, não é ação de um bom médium. Ademais, que moral pode pregar quem não a tem? A palavra que sai da boca de quem não tem moral, é como a comida fraca que não alimenta, por muito que se coma. A multidão continuará mais faminta ainda. A palavra que não sai da boca impregnada de moral sã, não possui o sal da terra, que é o magnetismo pelo ensino contagioso, capaz de envolver todos os ouvintes nas ondas vibratórias dos bons sentimentos. Quem ouve a palavra que prende e eleva o seu magnetismo são, ouve-a na hora somente para logo depois esquecê-la. Não alimenta nem mata a sede do espírito. ‘Cura-te primeiro para depois curares os teus.”

             “Deixai freqüentemente ensina Leroy Berrier, em suas lições sobre o magnetismo), que se manifeste o amor a bondade em vossos pensamentos, palavras e atos e, vossas capacidades aumentarão. Fazei intervir vossa vontade e aplicai-vos a amar tudo o que vos cerca. Quando apertardes a mão de uma pessoa tende o sentimento de que o amor e a bondade afluem para este ato, emanando do vosso ser.

               Perseverai e o vosso poder de amar crescerá. Procurai encontrar tudo o que é bom e amável naquele com quem tratais e vosso amor se desenvolverá. Se desejais atrair coisas inanimadas, amai-as tão ardentemente que vosso amor reaja sobre vós mesmo. (2)

               . . . No ato mediúnico tanto se manifesta o espírito do médium como um espírito ao qual ele atende e serve. Os problemas mediúnicos consistem, portanto, simplesmente na disciplinação das relações espírito-corpo. É o que chamamos de educação mediúnica. Na proporção em que o médium aprende, como espírito, a controlar a sua liberdade e a selecionara as suas relações espirituais, sua mediunidade se aprimora e se torna segura. Assim o bom médium é aquele que mantém o seu equilíbrio psicofísico e procede na vida de maneira a criar para si mesmo um ambiente espiritual de moralidade, amor e respeito pelo próximo. A dificuldade maior está em se fazer o médium compreender que, para tanto, não precisa tornar-se santo, mas apenas um homem de bem. Os objetivos de santidade perseguidos pelas religiões, através dos milênios, gerou no mundo uma expectativa incômoda para todos os que se dedicam aos problemas espirituais. Ninguém se torna santo através de sufocação de poderes vitais do homem e adoção de um comportamento social de aparência piedosa. O resultado disso é o fingimento, a hipocrisia que Jesus condenou incessantemente nos fariseus, uma atitude permanente de condescendência e bondade que não corresponde às condições íntimas da criatura. O médium deve ser espontâneo, natural, uma criatura humana normal, que não tem motivos para se julgar superior aos outros. Todo fingimento e todo artifício nas relações sociais leva os indivíduos à falsidade e à trapaça. A chamada reforma - íntima esquematizada e forçada não modifica ninguém, apenas artificializa enganosamente os que a seguem. As mudanças inferiores da criatura decorrem de suas experiências na existência, experiências vitais e consciências que produzem mudanças profundas na visão íntima do mundo e da vida. . . . (3)

              . . . Pois que há Espíritos maus que obsidiam e Espíritos bons que protegem, perguntam muitos se os primeiros são mais poderosos do que os segundos.

              Não é que o bom Espírito seja fraco; o médium é que não tem força bastante para alijar de si o manto que lhe atiraram em cima, para se desprender dos braços que o enlaçam e nos quais, cumpre dizê-lo, às vezes se compraz. Neste caso, compreende-se que o bom Espírito não possa levar vantagem, pois que o outro é preferido. Admitamos, porém, que a vítima deseje desembaraçar-se do envoltório fluídico que penetra o seu, como a unidade penetra as roupas. esse desejo nem sempre bastará. a própria vontade nem sempre é suficiente.

                Trata-se de lutar contra um adversário. Ora, quando dois homens lutam corpo a corpo, aquele que dispõe de mais fortes músculos é que abate o outro. com um Espírito tem-se de lutar, não corpo a corpo, mas Espírito a Espírito e é ainda o mais forte que triunfa. Aqui, a força reside na autoridade que se possa exercer sobre o obsessor e essa autoridade está subordinada à superioridade moral. Está é como o sol que se dissipa o nevoeiro pela potencialidade de seu raios. Esforçar-se por ser bom, por se tornar melhor se já é bom, por purificar-se de suas imperfeições, por numa palavra, elevar-se moralmente o mais possível, tal o meio de o encarnado adquirir o poder de mandar sobre os Espíritos inferiores, para os afastar. De outro modo estes zombarão das suas injunções. (O Livro dos Médiuns, números 252 e 279.)

              Entretanto, objetar-se-á, por que os Espíritos protetores não lhes ordenam que se retirem?     
Sem dúvida, podem fazê-lo e algumas vezes o fazem. Mas, permitindo a luta, deixam ao atacado o mérito da vitória. Se consentem que se debatam criaturas que, sob certos aspectos, têm seus merecimentos, é para lhes experimentar a perseverança e para levá-las a adquirir mais força no campo do bem. A luta é uma espécie de ginástica moral.

            Muitas pessoas prefeririam certamente outra receita mais fácil para repelirem os maus Espíritos: por exemplo, algumas palavras que se proferissem, ou alguns sinais que se fizessem, o que seria mais simples do que corrigir-se alguém de seus defeitos. Sentimos muito; porém, nenhum meio eficaz conhecemos de vencer-se um inimigo, senão o fazer-se mais forte que ele. Quando estamos doentes, temos que resignarmos a tomar um medicamento, por muito amargo que seja; mas, também, se tivermos tido a coragem de bebê-lo, como nos sentimos bem e fortes! Temos pois que nos persuadir de que não há, para alcançarmos aquele resultado, nem palavras sacramentais, nem fórmulas, nem talismãs, nem sinais materiais quaisquer. De tudo isso riem-se os maus Espíritos e não raro se comprazem em indicar alguns, tendo sempre o cuidado de afirmá-los infalíveis, para melhormente captarem a confiança daqueles que querem iludir, porque, então, estes, confiantes nas virtudes do processo aconselhado, se entregarem sem receio.

             Antes de pretender, quem quer que seja, domar um espírito mau, precisa cuidar-se de domar a si mesmo. De todos os meios de adquirir-se força para chegar a isso, o mais eficiente é a vontade secundada pela prece, a prece do coração, entenda-se, e não a da palavras, dos quais a boca participa mais que o pensamento. Precisamos pedir ao nosso anjo guardião e aos bons Espíritos que nos assistam na lutam; não basta, porém, lhes peçamos que afastem o Espírito mau; devemos lembrar-nos desta máxima: ajuda-te a ti mesmo e o céu te ajudará e rogar-lhes, sobretudo, a força que nos falta para vencermos os nossos maus pendores, que são, para nós, piores que os maus Espíritos, porquanto são esses pendores que os atraem, como a podridão atrai as aves de rapina. Orando também pelo Espírito obsessor, retribuir-lhe-emos com o bem o mal que nos queira e nos mostraremos melhores do que ele, o que já é uma superioridade. Com perseverança, acaba-se as mais das vezes por induzi-lo à posse de melhores sentimentos e a transformá-lo de perseguidor em amigo grato.

             Em resumo: a prece fervorosa e os esforços sérios que a criatura faça por melhorar-se constituem os únicos meios de ela afastar os maus Espíritos, que reconhecem como seus senhores aqueles que praticam o bem, enquanto que as fórmulas lhe provocam o riso, do mesmo modo que a cólera e a impaciência os excitam. Precisa o perseguido cansá-los, demonstrando-se mais paciente do que eles. (4)

NECESSIDADE DO ESFORÇO PRÓPRIO

              Pergunta-se, ás vezes, por que razão não obstam os Espíritos esclarecidos, que em todos os tempos acompanham carinhosamente a marcha dos acontecimentos do orbe, as guerras que dizimam milhões de existências e empobrecem as coletividades, influenciando os diretores de movimentos subversivos nos seus planos de gabinete; inquira-se o porquê das existências amarguradas e aflitas de muitos dos que dedicam ao Espiritismo, dando-lhes o melhor de suas forças e sempre torturados pelas provas mais amargas e pelos mais acerbos desgostos. Daqui, contemplamos melancolicamente essas almas desesperadas e desiludidas, que nada sabem encontrar além das puerilidades da vida.
Em desencarnando, não entra o Espírito na posse de poderes absolutos. Á morte significa apenas uma nova modalidade de existência, que continua, sem milagres e sem saltos.
É necessário encarar-se a situação dos desencarnados com a precisa naturalidade. não há forças miraculosas para os seres humanos, como não existem igualmente para nós. O livre-arbítrio relativo nunca é ab-rogado em todos nós; em conjunto, somos obrigados, em qualquer plano d vida, a trabalhar pelo nosso próprio adiantamento.(5)

A NECESSIDADE DE REFORMA INTERIOR

             “(...) É, pois, indispensável que o obsidiado faça, por sua parte, o que se torne necessário para destruir em si mesmo a causas da atração dos maus Espíritos.”
( O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 479.)

             Um mal existente há muitos anos, há séculos mesmo, não se resolve de súbito. Procedimentos enraizados e que se perdem na poeira do passado não se consegue modificar repentinamente.
Essa dificuldade é comum tanto ao obsidiado quanto ao obsessor. E nas almas em conflitos, que se debatem no emaranhado de compromissos do pretérito, mais difícil se torna a assimilação de novos hábitos, que modifiquem conceitos e até, mais ainda, sentimentos.

              Hábitos de ódio, de revolta, de vingança; condicionamentos de modos de proceder egoísticos e cruéis, sentimentos que foram cultivados durante séculos somente se transformarão no momento em que, cansados de sofrer, de se machucar nos espinheirais do caminho, no exato instante em que sorverem o conteúdo completo da taça de fel, forem tais irmãos conquistados pela forças suaves e persuasivas do Bem e do Amor.

              A transformação moral é (presume-se) meta principal de todo espírita, daquele que sente dentro de si mesmo despertarem todas as potências. É a luz que se acende. O chamado que repercute. O romper dos primeiros elos que nos manietavam ao jugo das servidões inferiores. O cair das “escamas”: ” E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas e recuperou a vista.” (Atos, 9: 18.)

              Emmanuel analisa magistralmente o instante em que Ananias, sob o influxo do Mestre, devolve a visão a Paulo de Tarso, alertando-nos para outras escamas que também nos revestem: “Não somente os olhos se cobriram de semelhantes excrescências. Todas as possibilidades confiadas a nós outros hão sido eclipsadas pela nossa incúria, através dos séculos. Mãos, pés, línguas, ouvidos, todos os poderes da criatura, desde milênios permanecem sob o venenoso revestimento da preguiça, do egoísmo, do orgulho,da idolatria e da insensatez.” ( Nº 22. Vinha de Luz -Emmanuel- P/ F. C. X.)

               E Emmanuel prossegue explicando que , após render-se incondicionalmente ao Cristo, Paulo entre na cidade onde iria receber a ajuda de Ananias. Mas, que sendo-lhe restituída a visão, Paulo daí em diante entregar-se-ia de corpo a alma à causa do Senhor, e, à custa de extremos sacrifícios, consegue “extrair, por si mesmo, as demais escamas que lhe obscureciam as outras zonas do ser”.

              E o que temos feito nós para sair de dentro de nossas escamas, que são como couraça nos revestirem? De que maneira temos trabalhado para conseguir isso?

               A Doutrina Espírita nos faculta todos os meios para atingirmos esse desiderato.

               Já não podemos mais postergar o labor de nossa transformação íntima.

              Hoje, que reencontramos a palavra do mestre em toda sua pureza e simplicidade nos ensinos do consolador; agora, que sentimos integralmente todo o peso de nossa responsabilidade e quanto permanecemos até o presente cegos, surdos , paralíticos e hebetados, soou, enfim o instante decisivo em nossa romagem evolutiva. é definição que de nós esperam aqueles que nos amam e nos aguardam no Plano Espiritual Maior.

              Não só para os portadores de obsessões declaradas enfatizamos a imperiosa inadiável necessidade de reformas moral, mas para todos nós, espíritas ou não.

               A importância dos trabalhos desobsessivos, dos estudos que estamos efetuando em torno desse tema é, por isso, grandiosa, já que os primeiros beneficiados somos nós, os que estamos lidando nessa abençoada seara.

              Para termos condições morais de colaborar numa tarefa dessa envergadura torna-se imprescindível que apliquemos, de início, em nós mesmos, as lições que tentamos transmitir aos outros.

                A moralização íntima é assim condição essencial para a cura tanto do algoz quanto da vitima. E para a nossa própria cura. (6)

A PERFEIÇÃO MORAL

                Todos os nossos esforços devem tender a conseguirmos a perfeição moral, único meio de aproveitarmos totalmente nossa reencarnação.

                A perfeição moral é a chave que nos abre as portas dos mundos e das colônias espirituais superiores; granjeia-nos aqui na terra o respeito e a estima dos homens e nos dá a tranqüilidade de consciência.

                É preciso que nos esforcemos por não cometer nenhuma falta, em tempo algum. E como já sabemos distinguir o bem do mal, é lógico e sensato que devemos sempre cultivar o primeiro e evitar o segundo.

                Não nos iludamos, todavia, julgando que isso seja tarefa fácil; não é; requer muita vigilância sobre atos, muita atenção e sobretudo grande força de vontade.

               Aos nossos leitores que desejarem trabalhar pelo seu aperfeiçoamento moral, propomos o seguinte roteiro que, bem seguido, os conduzirá a resultados surpreendentes e compensadores do sacrifício que fizerem:

                Temperança
                Não comas nem bebas demais. Evita o fumo e o álcool. Modera os teus desejos. Refreia tuas ambições.

                Silêncio
Fala apenas o que podes beneficiar aos outros ou a ti mesmo. Evita conversas fúteis. Não te entretenhas com conversas ou leituras nocivas.

                Ordem
Que todas as tuas coisa tenham o seu lugar e todas as tuas obrigações sejam feitas em seu devido tempo. Cumpre rigorosamente teus deveres materiais e espirituais.

                Resolução
Resolve fazer o que deve ser feito e faze com decisão o que tiveres resolvido fazer. Sê resoluto e firme em uma conduta reta, nunca te desviando nem mesmo para servir a amigos. Te propósito é servir a Deus e não a caprichos de amigos ou de familiares.

               Frugalidades
Não faças gastos a não ser para beneficiares os outros ou a ti mesmo. Não desperdice nada. Evita o jogo, qualquer que seja. Não contraias empréstimos. Vive unicamente de teus honorários ganho honestamente. Antes de assumires um compromisso presta muita atenção.

               Indústria
Não percas tempo; esteja sempre ocupado em fazer alguma coisa proveitosa. Divide o dia: oito horas para o trabalho; oito, para o repouso, e oito, para as restantes obrigações, inclusive diversões diversas, orações e estudos. Sê útil a todos, não importando a crença, a cor, a raça, ou a posição social a que pertençam.

                Sinceridade
Não uses de mentiras perniciosas. Pensa inocente e justamente. E quando falares, fala sinceramente. não digas mentiras agradáveis a quem que seja; nem verdades desagradáveis que possam ofender ou humilhar. Usa do silêncio quando não puderes ajudar pela palavra.

                Justiça
Não desprezes as oportunidades de servir a teus semelhantes. Defende os que forem injuriados ou caluniados injustamente. Aceita as ofensas pessoais com resignação.

                 Moderação
Evita os extremos. Não te ressintas de injúrias ou males que te causarem. Não guardes rancor, nem ressentimentos de ninguém. Cultiva a harmonia entre ti e os outros. Sê enérgico apenas para contigo mesmo; moderado para com os outros.

                 Pureza
Mantém em toda parte pensamentos puros.

                Tranqüilidade
Não te perturbes por bagatelas, ou por acontecimentos que não podes evitar. Teu caráter deverá ser brando, sereno, construtivo. Vigia teus pensamentos para que eles sejam harmoniosos. Não te entregues à ira, nem ao nervosismo.

                 Castidade
Guarda fidelidade ao altar doméstico. Vê no sexo oposto irmãs ou irmãos.

                 Humildade
Procura imitar Jesus, vivendo de acordo com o seu Evangelho. Jamais desprezes alguém, por mais modesta que seja a criatura.

                Os preceitos acima não são para ser lidos uma vez apenas e depois esquecidos; devem ser meditados e seguidos rigorosamente. Durante o dia esforcemo-nos por pô-los em prática; à noite, ao deitarmo-nos, façamos um exame de consciência para ver se não transgredimos nenhum deles. Em pouco tempo, descobriremos os pontos fracos de nosso caráter e então os combateremos com mais facilidades.
                Aos preceitos acima, ajuntaremos mais os seguintes princípios de conduta religiosa;

               Evita seguir religiões dogmáticas. As religiões dogmáticas, por não trazerem auxílio ou benefício ao espírito, constituem um entrave ao progresso espiritual de quem as professas. E como o progresso espiritual é uma das finalidades da reencarnação, as religiões dogmáticas causam o estacionamento espiritual de seus profitentes.

                Se és casado, ou casada, e tua companheira, ou companheiro, não compartilha de teu modo de pensar, segue em separado o teu caminho espiritual.

                Se és solteiro, ou solteira, e vieres a construir teu lar, que tua companheira, ou companheiro, pelo menos aceite o princípio da Reencarnação e da Imortalidade da alma.

                Guia teus filhos dentro da doutrina que professas, fazendo com que eles assistam às aulas da Evangelização Infantil, bem como a todos os trabalhos do Centro Espírita, compatíveis com a idade deles.

                 Estuda o Evangelho e a doutrina Espírita.
                 Faze tuas orações em hora certa, diariamente.
                 Institui o culto do Evangelho em teu lar, uma vez por semana, pelo menos.
                 Não forces ninguém aceitar tuas idéias religiosas.
                 Analisa todas as opiniões a respeito de tua doutrina.
                 E lembra-te de que: Há um só Deus que criou o Universo e tudo o que o Universo contém; ele é o teu pai celeste, ao qual deves respeito e amor; governa o Universo por meio de leis sábias; pode ser amado pela adoração, pela prece e pela gratidão; mas a melhor maneira de o amares é fazendo o bem ao teu próximo.
                 Tu és imortal e progrides através de sucessivas reencarnações.
                As leis divinas recompensam o bem e a virtude e punem o mal e os vícios, agora ou no futuro.

              Acabamos de estudar um roteiro seguro para que possamos aproveitar integralmente nossa reencarnação. Como vimos, não é um trabalho tão fácil como a princípio parece. Contudo não é irrealizável e está ao alcance de todos nós, bastando para isso que tenhamos boa vontade.(1º)

EXERCÍCIOS:
1º. Porque nos é necessário a reforma íntima?
2º. O que é a elevação espiritual?
3º. Como conseguiremos realizar a nossa reforma íntima?

BIBLIOGRAFIA:
1º. AUTOR: Eliseu Rigonati - O Espiritismo Aplicado- pág. 40 à 43. - 1º Edição- 1975 -
Editora Pensamento - São Paulo SP.
2º. AUTOR: Wenefledo de Toledo - Passes e Curas espirituais- Cap. Introdução - Pág. 38 à 40 - 1º Edição - 1975 - Editora Pensamento - São Paulo- SP.
3º. AUTOR: José Herculano Pires - Mediunidade - Cap. I - Pág. 14 e 15 - 2º Edição- 1992 - Editora Paidéia - São Paulo - SP.
4º. AUTOR: Allan Kardec - Obras Póstumas - I Parte - Cap. VI - nº 58- Pág. 69 a 71- 17º Edição - 1978- Editora F.E.B.- Rio de Janeiro - RJ.
5º. AUTOR: Emmanuel/ F.C.X.- Emmanuel - Cap. I - Pág. 22 e 23 - 9º Edição - 1981 -
Editora F.E.B.- Rio de Janeiro- RJ.
6º. AUTOR: Suely Caldas Schubert - Obsessão e Desobsessão - II Parte - Nº 4 - Pág. 96 à 98 - 2º Edição - 1981 - Editora F.E.B. - Rio de janeiro - RJ -

                                                       REDAM. (rhedam@gmail.com)

Nenhum comentário:

Postar um comentário