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terça-feira, 2 de maio de 2017

- MENSAGEM PARA OS JOVENS. - N º. 196. - ELUCIDANDO DÚVIDAS DOS JOVENS. - ALMA IMATERIAL!?... SÃO TOMÁS DE AQUINO. - REVISTA INFORMAÇÃO.

  ELUCIDANDO DÚVIDAS DOS JOVENS.

ALMA IMATERIAL!?... SÃO TOMÁS DE AQUINO.

         S. Tomás de Aquino, teólogo da Igreja, afirma que a alma é imaterial e que, unida ao corpo, passa a constituir uma unidade corpo-alma; que, separada do corpo, a alma perde a sua capacidade de ação e, portanto, fica claro que ela não têm meios de se manifestar. Essa unidade alma-corpo é que nos dá a compreensão exata da necessidade da ressurreição, porque, então, voltando a se unir ao corpo no Juízo Final, o homem retoma a sua individualidade e atinge o seu destino. Como que o Espiritismo Vê essa questão? Não estaria havendo uma contradição dos espíritas ao afirmarem que a alma dos mortos pode se manifestar? Se é alma, não tem corpo, como ela pode se manifestar?

            O Espiritismo também afirma que o homem tem corpo e alma. Quando essa alma se desvincula do corpo, preferimos chamá-la de espírito, porque o termo alma(de “anima”, do latim) tem o sentido etimológico de animar, dar vida. Quando ela esta unida ao corpo, ela realmente da vida ao corpo; quando se desprende, deixa de ter essa função, para se constituir num ser espiritual ou espírito. Na verdade, os estudos espíritas, iniciados por Allan Kardec por volta de 1854 e desenvolvidos por vários pesquisadores depois de Kardec, mostraram que o ser humano é constituído de corpo, alma \\\(espírito) e perispírito, sendo este uma espécie de corpo semi-material (ou formado de uma matéria mais sutil),que se constitui justamente no meio de manifestação do espírito, quando desencarnado.  A visão de Tomás de Aquino é apenas filosófica, sem qualquer base experimental, de modo que ele julgou ser a alma algo completamente imaterial em oposição a constituição física do corpo. Está questão é semelhante àquela do filósofo tomista que, ante a iminência de um cientista construir uma máquina qe produziria o vácuo, afirmou que essa máquina seria inviável; ele partira da premissa de que o vácuo e ausência do ar, e a ausência do ar é o nada; como o nada não existe, o vácuo seria um absurdo filosófico e, portanto, impossível. Parece que Tomás de Aquino, por ser tomista também, considerou a alma tão imaterial, que a transformou em nada quando, na verdade, a alma é alguma coisa. A filosofia sem Ciência acaba caindo nessas inconsistências, que não encontram apoio na realidade do mundo. Para o Espiritismo, com base em experiências de manifestações físicas de espíritos, existe aquela extrutura de formação etérea, fora do alcance de nossos sentidos comuns, porém, ainda material e que sobrevive à morte do corpo, guardando mais freqüentemente seus traços e características. Em “O LIVRO DOS MÉDIUSN” (1861), a respeito do assunto Kardec afirmou: “Quando dizemos que ela (a alma) é imaterial, é preciso entender-se no seu sentido relativo e não absoluto, porque a imaterialidade absoluta seria o nada; ora, a alma ou o espírito é alguma coisa, queremos dizer que a sua essência é de tal sorte superior que não tem nenhuma analogia com o que chamamos matéria e assim, para nós ela é imaterial”. Note, aqui, que Kardec estava na metade do século XIX e o conhecimento que se tinha, naquela época, da matéria era muito restrito em relação ao que se tem hoje. A partir da descoberta da “matéria radiante” por William Crookes (que, por sinal, foi um dos mais destacados experimentadores do espírito em fenômenos de materialização), as investigações sobre a natureza da matéria tomaram outro rumo, formulando-se sucessivas teorias a respeito da estrutura atômica. Com Albert Einstein, já no século XX (1905), surgiu praticamente uma nova concepção de matéria e energia, concorrendo plenamente para a confirmação daquilo que Kardec havia dito numa fase embrionária. Somente em 1913, Niels Bohr estabeleceu o novo modelo de átomo e Paul Adrien Maurice Dirac, em 1928, prenunciou a existência do anti-elétron, partindo a Ciência para a investigação da chamada anti-matéria. Hoje, sabe-se que, teoricamente, não existe diferença entre matéria e energia, e que tanto a constituição física do corpo quanto a chamada “semi-matérial” do perispírito são aspectos de uma mesma realidade material de que o Universo e formado. Portanto, essas novas descobertas da Ciência acabaram revolucionando os conhecimentos que se tinham a respeito da matéria e, até mesmo, mudando o conceito de matéria. Mas elas não contrariam os pressupostos que o Espiritismo havia levantado, na metade do século XIX, antes, porém, reafirmaram a visão espírita de que não existe apenas esta matéria palpável e “grosseira” de que o homem vem tendo conhecimento há milênios. O perispírito, por conseguinte, como afirmava Kardec, é constituído de uma outra matéria, mas não deixa de ser instrumento de manifestação do espírito. Na outra dimensão da existência, os desencarnados continuam, portanto, tendo o seu “corpo”, através do qual se manifestam, podendo não só se comunicar pelo pensamento através dos médiuns, mas podendo até mesmo concorrer para a produção de fenômenos de efeitos físicos, que podem ser observados e constatados concretamente. Por outro lado, se há ressurreição ela pode ser  existir no sentido atribuído pelo apóstolo Paulo, que afirmou que “morremos num corpo material e ressuscitamos num corpo espiritual” (no caso, o perispírito), e esse fenômeno acontece todos os dias, cada vez que uma pessoa desencarna. O mesmo fenômeno aconteceu com Jesus, por ocasião de sua visita à casa de Pedro e na estrada de Emáus, quando Ele, depois de morto, apareceu aos discípulos. Acreditar na ressurreição dos mortos num juízo final, sabe Deus quando, sabendo que o processo de transformação da matéria (orgânica) é continuo e irreversível, é incorrer na mais ingênua concepção das leis naturais e contrariar o mais elementar princípio da Ciência.  Maiores informações a respeito podem ser encontradas na  Obra “ESPÍRITO, PERISPIRITO E ALMA” de Hernani Guimarães Andrade, Editora Pensamento S. Paulo.

Pergunta elaborada por: - Anônimo.

Fonte: Revista Informação. – No. 184. – Março de 1992.

                        RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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