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terça-feira, 25 de novembro de 2014

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. - AULA N º. 17. - MÉDIUNS E MEDIUNIDADE. - ANEXO N º. 121. -MEDIUNIDADE E EVANGELHO. - MEDIUNIDADE E PRIVILÉGIO. - Dr. ODILON FERNANDES. (CARLOS A. BACCELLI.)

          MEDIUNIDADE E EVANGELHO.

            MEDIUNIDADE E PRIVILÉGIO.

                        “14. Se é uma missão (a mediunidade), como ocorre que não seja o privilégio de homens de bem, e que essa faculdade seja dada a pessoas que não merecem nenhuma estima e que podem dela abusar?

                        Ela lhes é dada porque têm dela necessidade para a sua melhoria e para que esteja em condições de receber bons esclarecimentos; se disso não se aproveitam, sofrendo as conseqüências. Jesus não dava de preferência sua palavra aos pecadores dizendo que é preciso dar àquele que não tem?” (Cap. XVII – Segunda parte – item 220) 

            A Lei divina não concede privilégios a ninguém.
            A mediunidade é uma conquista evolutiva acessível a todos e a tarefa mediúnica é um compromisso reencarnatório.
            Pergunta porque Deus concede a mediunidade a quem dela não faz bom uso é o mesmo que perguntar por que igualmente lhe conceda inteligência, a visão, os órgãos da palavra...
            Não há quem reencarne para fazer o mal; todos corporificam-se no mundo em busca do próprio aperfeiçoamento. O caminho que tomamos é opção pessoal.
            A ninguém é negada a oportunidade de reajuste e ascensão espiritual, porque a Lei Divina prima pela imparcialidade.
            Se existem médiuns de maneira conveniente os talentos que lhes foram confiados, arcarão com as conseqüências. Não nos disse o Cristo: “...se a tua mão, ou o teu pé, te escandaliza, corta-o e lança-o fora de ti. Melhor é entrar na vida mancou ou aleijado,do que, tendo duas mãos ou dois pés, ser lançado no fogo eterno”? É por isto que muitos médiuns, quando não têm a faculdade suspensa, acabam se tornando vítimas da obsessão.
            Atualmente, já reencarnaram na Terra medianeiros que não souberam dignificar a mediunidade em existência pregressa... São jovens, homens e mulheres, com problemas psiquiátricos crônicos, com sucessivas internações nos sanatórios, onde se põem a “incorporar” os Espíritos que os assediam ou a preencher laudas e laudas de papel, acreditando-se missionários no campo da escrita mediúnica... Penaliza-nos ver a luta desses irmãos da mediunidade atormentada, lutando pela conquista do reequilíbrio. Nos centros espíritas são eles os companheiros-problemas que se crêem investidos de um mandato de ordem superior, refratários às orientações que recebem.
            Interpretando o tema sob outro prisma, gostaríamos de considerar que o único privilégio concedido pela mediunidade é o do serviço na seara do bem. Realmente, neste sentido, os médiuns devem se considerar “privilegiados” e valorizar a oportunidade de que dispõem, agarrando-se firmemente à bendita “enxada” que lhes permite cultivar a gleba da própria alma.
            Entretanto, que os médiuns não se considerem credores de uma “proteção especial”, ou algo que o valha.
            Toda construção do bem sobre a Terra se levanta sobre o alicerce de muitas lágrimas!
            Reflitamos no quanto sofreram os pioneiros da mediunidade, aqueles que legaram aos espíritas o patrimônio de luz que herdaram nas bênçãos da Doutrina Espírita... meditemos nas obras doutrinárias que nasceram em meio às grandes provações de seus idealizadores... pensemos no resignado silêncio de quantos se sacrificaram pela Terceira Revelação, demandando o Além de consciências tranqüila, mas de coração amargurado pelas decepções... E aqueles outros que, semeando flores sob os próprios passos, feriram- se nos espinhos da ingratidão e da calúnia, da indiferença e da intolerância...
            Os mártires anônimos da mediunidade, em que todo o mundo contam-se aos milhares... Confortados pelas vozes e pelas visões da Vida Espiritual, seguiram, de cruz as ombros, para o suplício, escalando o Calvário redentor em que o Mestre nos precedeu.
            No entanto, ao lado de tanta renúncia, mediunidade também é alegria.
            O médium que cumpre com seu dever experimenta um júbilo íntimo ao qual nada se compara. Que o digam os que sabem do que estamos falando, os medianeiros que servem com simplicidade, que não reclamam da rotina das reuniões, que não reivindicam atenção especial, que não se melindram que amam a tarefa e honram os seus compromissos, que se entregam Aos Espíritos com confiança, que perseveram com entusiasmo no aprimoramento de si mesmos...
            Para quem a carrega com alegria, toda cruz torna-se mais leve e transfigura-se em asas, arrebatando ao Infinito quem, assim, a transporta!

Fonte: Livro Mediunidade e Evangelho - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 6o. Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP – Janeiro/2008..


                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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