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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. - AULA N º. 17. - MÉDIUNS E MEDIUNIDADE. - ANEXO N º. 120. MEDIUNIDADE E EVANGELHO. - CALIGRAFIA DOS ESPÍRITOS. - ODILON FERNANDES. (CARLOS A. BACCELLI.)

         MEDIUNIDADE E EVANGELHO.
  
             CALIGRAFIA DOS ESPÍRITOS.

                        “A mudança da caligrafia não ocorre senão com os médiuns mecânicos e semi-mecânicos, porque neles o movimento da mão é involuntário e dirigido pelo Espírito; não ocorre o mesmo com os médiuns puramente intuitivos, tendo em vista que, nesse caso, o Espírito atua unicamente sobre o pensamento (...)” (Cap. XVII – Segunda Parte – item 219)

            Na psicografia, de um modo geral, a caligrafia do Espírito mistura-se à do médium; seria exigir muito querer que, além de expressar os seus pensamentos numa mensagem escrita, o Espírito o fizesse com a sua própria letra... as dificuldades materiais e intelectuais a serem vencidas seriam enormes, para qual tal acontecesse.
            No médium puramente mecânico, O Espírito comunicante consegue reproduzir a sua caligrafia ou, pelo menos, aproximar-se dela o mais possível; entretanto, escrevendo com a sua própria letra, o Espírito não consegue produzir longos ditados...
            O que acontece na maioria das páginas psicográficas é uma “mistura de psiquismos”, ou seja: O Espírito entra com o pensamento e o médium, com a calegrafia que lhe é característica. Apenas, em alguns raríssimos casos, no momento de assinar a mensagem o Espírito procura fazê-lo de “próprio punho”, esforçando-se para dar aos destinatários uma prova maior de autenticidade.
            Porque a letra seja do médium não significa que o comunicado não seja autêntico. Kardec ensina que no ato da identificação de uma página mediúnica, sem mesmo o nome que a assina é mais importante do que as idéias que a estruturam, porque, se o nome pode ser o de um Espírito, as idéias podem não o ser...
            Em ordem decrescente de importância, diríamos que, na análise de uma mensagem de além-túmulo, o que primeiro deve ser levado em conta é o espírito da letra, ou seja os pensamentos e as emoções do comunicante; em segundo lugar, os detalhes e as informações fornecidas por ele; em terceiro, o nome com que se identifica; em quarto e último lugar a sua caligrafia e conseqüente assinatura.
            Consideremos um outro fator. Sabemos que o médium é uma pessoa comum, suscetível de variadas influências de caráter emotivo. Pode ser que num dos comunicados que receba, o Espírito encontre uma “situação”favorável para reproduzir, de forma idêntica ou semelhante, pela mão do médium, a sua assinatura. E, talvez, em diversos comunicados posteriores ele não consiga, apesar de seus esforços, reeditar a façanha.
            Não sendo uma máquina, a “resposta” do medianeiro aos Espíritos que dele se utilizam nem sempre é a mesma. De uma reunião para a outra, o médium pode alterar-se emocionalmente, quem sabe pressionado por problemas desconhecidos dos circunstantes... Essa alteração emocional pode tanto abatê-lo quanto motivá-lo a uma maior “entrega” ao ato mediúnico.
            Com o devido respeito, e não querendo gracejar com um assunto sério, diria que prever a reação emocional de um médium em face de um comunicado de que se constitua intérprete, seja psicográfico ou psicofônico, é o mesmo que tentar uma previsão do tempo com cem por cento de acerto...
            O próprio ambiente da reunião, um diálogo mantido instantes antes ou a abordagem de determinada pessoa, às vezes é mais simples presença de alguém no recinto pode alterar o comportamento do médium não deveria fazê-lo – mas, infelizmente, é esta a realidade e não podemos ignorá-la. Que os nossos irmãos médiuns nos perdoem, mas é justamente isto o que percebemos em nossos contatos...
            A grande maioria dos médiuns psicógrafos é intuitiva ou consciente e, por isto, são eles, os médiuns psicógrafos, que “revestem” o pensamento dos Espíritos com suas palavras e caligrafia.
            Que os médiuns bem intencionados, portanto, não se importem com as exigências que lhes façam os que desconhecem o mecanismo do intercâmbio mediúnico. Não se importem, inclusive, com os erros gramaticais que possam cometer na recepção da mensagem de consagrado escritor. O Espírito utiliza o médium que tem à sua disposição e não o que desejaria; isto constitui-lhe também uma prova de humildade, a fim de que não somente saiba falar ou escrever com acerto, mas sobretudo, viver com retidão.

Fonte: Livro Mediunidade e Evangelho - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 6o. Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP – Janeiro/2008..


                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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