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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

- CONHECENDO OS ANIMAIS A LUZ DO ESPIRITISMO. - O LIVRO DOS ESPÍRITOS. - ALLAN KARDEC. - LIVRO II. - III - METEMPSICOSE. - QUESTÃO Nº. 613.


                        ESTUDANDO O LIVRO DOS ESPÍRITOS.

                                                               LIVRO II.

                                          III – METEMPSICOSE.

                        Questão No. 613. – Por mais errônea que seja a ideia ligada à metempsicose, não seria ela o resultado do sentimento intuitivo das diferentes existências do homem?

                        - Reconhecemos esse sentimento intuitivo nessa crença como em muitas outras; mas, como a maior parte dessas ideias intuitivas, o homem desnaturou.

            A metempsicose seria verdadeira se ela se estendesse a progressão da alma de um estado inferior para um superior, realizando os desenvolvimentos que transformaram a sua natureza; mas é falsa, no sentido de transmigração direta do animal para o homem e vice-versa, o que implicaria a ideia de retrogradação ou de fusão. Ora, não podendo realizar-se essa fusão entre os seres corporais de duas espécies, temos nisso um indício de que encontram em graus não assimiláveis e que o mesmo deve acontecer com as espíritos que os animam. Se o mesmo Espírito pudesse animá-los alternativamente, disso resultaria uma identidade de natureza que se traduziria na possibilidade de reprodução material. A reencarnação ensinada pelos Espíritos se funda, pelo contrário,sobre a marcha ascendente da Natureza e sobre a progressão do homem na própria espécie, o que não diminui em nada a sua dignidade. O que o rebaixa é o mau uso que faz das faculdades que Deus lhe deu para seu adiantamento. Como quer que seja, a antiguidade e a universalidade da doutrina da metempsicose, e o número de homens eminentes que a professaram, provam que o princípio da reencarnação tem suas raízes na própria natureza; esses são, portanto, argumentos antes a seu favor do que contrários.
            O ponto de partida do Espírito é uma dessas questões que se ligam ao princípio das coisas e estão nos segredos de Deus. Não é dado ao homem conhecê-los de maneira absoluta e ele só pode fazer, a seu respeito, menos suposições, construir sistemas mais ou menos prováveis. Os próprios Espíritos estão longe de tudo conhecer, e sobre o que não conhecem podem ter também opiniões pessoais mais ou menos sensatas.
            É assim que nem todos pensam da mesma maneira a respeito das relações existente entre os homens e os animais. Segundo alguns o Espírito não chega ao período de humano senão depois de ter sido elaborado e individualizado nos diferentes graus dos seres inferiores da Criação. Segundo outros o Espírito do homem teria sempre pertencido à raça humana, sem passar pela fieira animal. O primeiro desses sistemas tem a vantagem de dar uma finalidade ao futuro dos animais que constituiriam assim os primeiros anéis da cadeia dos seres pensantes; o segundo é mais conforme a dignidade do homem e pode resumir-se da maneira que segue.
            As diferentes espécies de animais não procedem intelectualmente uma das outras, por via de progressão; assim o Espírito da ostra não se torna sucessivamente do peixe, da ave, do quadrúpede e do quadrúmano; cada espécie é um tipo absoluto, física e moralmente, e cada um dos seus indivíduos tira da fonte universal a quantidade de princípio inteligente que lhe é necessária, segundo a perfeição dos seus órgãos e a tarefa que à massa após a morte.
            Aqueles dos mundos mais adiantados que o nosso (ver item 188) são igualmente constituídos de raças distintas, apropriadas às necessidades desses mundos e ao grau de adiantamento dos homens que são seus auxiliares, mas não procedem absolutamente dos terrestre, espiritualmente falando. Com o homem já não se dá o mesmo.
            Do ponto de vista físico o homem constitui evidentemente um canal do canal seres vivos; mas do ponto de vista moral há uma solução de continuidade entre o homem e o animal. O homem possui, com sua particularidade, a alma ou o Espírito, centelha divina que lhe dá o senso moral e um alcance intelectual que os animais não possuem ; é o seu ser principal, preexistente e sobrevivem ao corpo, conservando a sua individualidade. Qual a origem do Espírito? Onde está o seu ponto de partida? Forma-se ele do princípio inteligente individualizada? Isso é um mistério que seria inútil procurar e penetrar e sobre o qual, como dissemos, só podemos construir sistemas.
            O que é constante e ressalta ao mesmo tempo do raciocínio e da experiência é a sobrevivência do Espírito, a conservação de sua individualidade após a morte, sua faculdade de progredir, seu estado feliz e infeliz, proporcional ao seu adiantamento na senda do bem, e todas as verdades morais que são a consequência desse princípio. Quanto às relações misteriosas existentes entre o homem e os animais, isso repetimos, está nos segredos de Deus, como muitas outras coisas cujo conhecimento atual nada importa para o nosso adiantamento e sobre as quais seria inútil nos determos.  

Fonte: O Livro Dos Espíritos - 54o. Edição - Editora LAKE - São Paulo, SP - 1994.

            * Estude o “Livro dos Espíritos” e conhecereis a verdadeira vida, e, quem és verdadeiramente! 
                                               Dr. Humberto.

                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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