- MEDIUNIDADE.
“Por
que o Espírito livre não poderia se comunicar com O Espírito cativo, como o
homem livre com o que está aprisionado?”
(O
Livro dos Médiuns - Allan Kardec - IDE - Primeira Parte - Cap. I)
Com a
codificação Espírita, efetuada por Allan Kardec, a mediunidade passou a ser
mais bem compreendida. Antes, os próprios médiuns não tinham esclarecimento
sobre o fenômeno em que se observavam envolvidos. Agiam como meros
instrumentos, não raro tornando-se joguetes de Espíritos infelizes.
A
partir dos estudos de Kardec, a compreensão da mediunidade tornou-se possível a
todos os homens. Os médiuns passaram a atuar com conhecimento de causa. As
barreiras existentes entre os mundos visível e invisível transformaram-se em
pontes, interligando os dois planos da vida. Os Espíritos contavam agora com a
parceria consciente dos sensitivos, superando enormes dificuldades no intercâmbio.
Com
esse trabalho conjunto, O Espiritismo pode expandir-se e houve, por assim
dizer, uma maior integração entre a Terra e o Mundo Espiritual.
Hoje,
a mediunidade difundiu-se a tal ponto, que é impossível ao homem de bom-senso
duvidar da sobrevivência da alma após a morte.
Ser médium
não é privilégio dos espíritas, de vez que esse sentido psíquico é inerente a
todos e encontramos a mediunidade na base de tudo. A Bíblia é um repositório de
fatos mediúnicos incontestes. Os gênios da Humanidade foram, antes de tudo,
grandes medianeiros.
Todavia
a consciência espírita dota o médium de recursos mais amplos para o trabalho
que lhe compete desenvolver para o bem comum. Eis a diferença fundamental entre
um médium espírita e outro que não o seja. O médium espírita aprende a
sintonizar com os Espíritos esclarecidos, evitando a problemática da obsessão,
ao passo que o médium fora do conhecimento espírita atua sem o discernimento
necessário, podendo tornar-se num foco de perturbação, conforme exemplos inumeráveis
que a história registra.
O médium
espírita sabe que deve esforçar-se pela renovação íntima, e a mediunidade lhe é
prestimosa auxiliar na senda do progresso espiritual.
O médium
espírita sabe, ainda, que a mediunidade se desenvolva a cada dia com
desenvolvimento do Espírito e, por isso mesmo, procura cultivar a humildade e a
disciplina no clima da oração e do trabalho, do estudo e da vigilância.
Herdeiro
da Fé Raciocinada, o médium espírita procura ser fiel à Verdade, trazendo
sempre direcionado para a Luz o espelho dos próprios sentimentos, através do
qual os pensamentos divinos se refletirão em benefício de todos, iluminando os
que se demora nas sombras do fanatismo e da violência!
A
tendência da mediunidade é a generalizar-se ainda mais, no entanto, a tarefa de
evangelização das almas está apenas começando. Um grande caminho está para ser
percorrido.
Que
os médiuns presentemente a serviços na Doutrina Espírita não se distraiam,
deixando-se empolgar pelas novidades parapsicológicas, ciência a cujo estudo
procurei igualmente dedicar-me na Terra, mas porque o Espiritismo nos oferece
um campo de trabalho vinculado ao Cristo, eu nos recomenda “dar de graça o que
de graça recebemos”.
Fonte: Livro Mediunidade e
Doutrina - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 1o.
Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP - 1990.
RHEDAM.
(rhedam@gmail.com)
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