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domingo, 17 de julho de 2011

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. N. 17.


DIA: 00.00.00. 17º.AULA. MÉDIUNS - MEDIUNIDADE.

            “ Se abraçaste a mediunidade, previne-te contra o orgulho como quem se acautela contra um parasito destruidor.”
                                                                                          EMMANUEL.

                                  MÉDIUNS E MEDIUNIDADE.
           Uma das partes mais fascinantes do Espiritismo é, sem dúvida, a mediunidade. É um campo rico de problemas, onde o estudioso encontrará farto material para observação e Estudos.

           Não nos alongamos na técnica da mediunidade, a qual poderá ser facilmente estudada em livros especializados. Queremos aqui simplesmente chamar a atenção para os dois pontos seguintes:
           1º. - A mediunidade não depende do Espiritismo.
           2º. - Por que o Espiritismo usa a mediunidade.

           A mediunidade é um meio de comunicação; ela serve para que duas esferas, ou se quiserem, dois mundos se comuniquem entre si: o mundo ou esfera material habitado por nós e o mundo ou esfera espiritual habitado pelos espíritos.

            É um erro supor que o Espiritismo inventou a mediunidade. A mediunidade sempre existiu, uma vez que sempre existiram as duas esferas.

           As pessoas que usam a mediunidade chamam-se médiuns. Também os médiuns não são exclusividade do Espiritismo; deles sempre houve e se manifestam não somente no seio do Espiritismo, como também no seio de todas as outras religiões, no de todas as camadas sociais, entre ricos e entre pobres, entre crentes e descrentes, entre letrados e iletrados.

            A mediunidade é uma qualidade inerente ao espírito e não há ninguém privado dela. E assim, num sentido geral, todos nós encarnados somos médiuns.

            Entretanto, o grau de mediunidade varia de pessoa para pessoa: em algumas é acentuado, em outras menos, chegando a um mínimo imperceptível em grande número. Acontece que poucos sabem usar conscientemente a mediunidade; a esses poucos é que se dá, especificamente, o nome de médiuns.
Médiuns, por conseguinte, são as pessoas que se dedicam com sinceridade e carinho ao intercambio entre os dois mundos, transmitindo-nos com mais facilidade as instruções e as explicações provindas dos desencarnados.

            Quando as pessoas que se dedicam às Belas Artes em geral, os escritores, os sábios, os religiosos, os benfeitores da humanidade, concretizam na Terra suas obras e seus ideais, recebem a inspiração necessária através da mediunidade de que são portadores. As grandes realizações humanas chegam à Terra, provindas dos planos superiores, pela mediunidade dos que estão aptos a entendê-las e executá-las.

            Sendo o Espiritismo uma religião que veio especialmente para demonstrar-nos a imortalidade da alma e a vida que passaremos a viver depois do fenômeno da morte, encontrou nos médiuns auxiliares preciosos para coadjuvá-lo nessa tarefa.

            Como os escafandristas que mergulham nos mares e de lá trazem notícias da vida submarina e mesmo tesouros que o fundo do mar guarda, assim o médium penetra na esfera espiritual e de lá traz informações valiosas acerca de nossa vida futura e lições importantes para vivermos nobremente enquanto formos encarnados.

             Médiuns e mediunidade não são privilégios do Espiritismo. O que acontece é que o Espiritismo sabe tirar todo o proveito possível da mediunidade, colocando-a a serviço da libertação da alma humana e descerrando-lhe horizontes espirituais ilimitados.

             Resumindo: através da mediunidade estudamos o mundo espiritual; vemos o estado em que lá vivem os desencarnados; conhecemos os resultados das ações que os desencarnados praticaram na terra; e como “homem prevenido vale por dois”, aprendemos a pautar nossa vida segundo as leis divinas consubstanciadas no Evangelho de Jesus, para evitarmos as péssimas conseqüências do desrespeito a essas leis.
Longe de ser combatida ou ironizada, a mediunidade precisa ser carinhosamente estudada, por constituir luminoso caminho de progresso para humanidade.(2º)

         NOÇÕES DE MEDIUNIDADE.
           O que é a mediunidade?

           A mediunidade é uma faculdade existente no homem que permite a comunicação entre os mundos material e espiritual? É uma espécie de “ janela “ pela qual o encarnado recebe influências do mundo invisível. Toda criatura viva possui mediunidade ou ao menos seus rudimentos. No homem, ela se apresenta mais complexa e pode, em alguns casos, ser utilizada de “ponte “ entre os dois planos da vida.
Allan Kardec denominava médiuns as pessoas capazes de produzirem fenômenos com intensidade patente, ostensivos. A mediunidade independe da moral do indivíduo. Às vezes, criaturas de moral duvidosa possuem belíssimas faculdades, enquanto outras, probas, cultas, dedicadas às coisas de Deus, não conseguem produzir pequenos efeitos. A mediunidade depende de uma organização física mais ou menos apropriada. Liga-se a uma disposição orgânica entre o corpo e o perispírito.

            Dois são os principais obstáculos para a prática da mediunidade. O primeiro deles é o uso que se dá a ela. Há quem utilize de modo inadequado e prejudicial. O outro é a presença dos maus Espíritos no exercício da faculdade, constituindo-se em verdadeiro estorvo ao progresso dos médiuns.

           Finalidades.

          A mediunidade tem várias finalidades. Serve de elo entre os dois mundos, provando a existência das coisas invisíveis. Permite que nos cheguem de lá, mensagens esclarecedoras sobre a vida e o Universo. Ajuda-nos a praticar a cura e o alívio de dores físicas e morais de enfermos e desajustados.

          É pelo canal mediúnico que o Espírito encarnado recebe influências boas e más, vindas do plano espiritual, excitando-o ao progresso. Usando seu livre-arbítrio, pode segui-las ou ignorá-las. Colhe, com isso, os frutos da lei do plantio e colheita, seguindo seu caminho de crescimento espiritual até adquirir domínio sobre si mesmo.

           Os encarnados estão em constantes ligações com os desencarnados e vice-versa. Esta interferenciação se dá através do pensamento e dos sentimentos individuais e coletivos.(1º)

         TIPOS DE MEDIUNIDADE.


            Mediunidade de efeitos físicos:

           É a faculdade capaz de produzir efeitos materiais que se destinam a chamar a atenção da incredulidade humana. Serviu de base para os fundamentos do Espiritismo.

            Mediunidade de efeitos inteligentes:

           É aquela em que o médium recebe comunicações de ordem instrutiva. Elas destinam-se a colher esclarecimentos do invisível a respeito da vida espiritual e de conceitos filosóficos sobre a vida humana.(1º)

         MÉDIUNS:

           Podemos classificar os médiuns da seguinte forma:

           Médiuns de efeitos físicos:

           São os capazes de produzirem fenômenos materiais, tais como: movimento de corpos inertes, ruídos, voz direta, curas, transportes etc.

           Esses médiuns podem ser divididos em dois grupos: os facultativos, que têm consciência do fenômeno que produzem; e os involuntários, ou naturais, que não tem consciência de sua faculdade e são usados pelos Espíritos para produzirem manifestações em lugares distantes. Algumas manifestações de espíritos em aparelhos eletrônicos, onde se afirma não serem necessários médiuns, são produzidas pelos sensitivos involuntários.

            Médiuns sensitivos ou impressionáveis:

          São as pessoas que possuem a sensibilidade de sentir a presença dos Espíritos. Essa variedade de mediunidade não é bem definida. Os médiuns em geral são impressionáveis. Seria mais uma qualidade geral do que especial, ou seja, uma faculdade rudimentar essencial ao desenvolvimento das outras.

         Médiuns audientes ou auditivos:

         Os médiuns auditivos são capazes de ouvir a voz dos Espíritos de forma clara e objetiva, quando estão nas reuniões mediúnicas. podem, assim, conversar com os desencarnados. É uma mediunidade agradável se o médium só ouve Espíritos bons. Mas, quando cai presa de um Espírito mau, pode caracterizar-se numa tenaz obsessão.

         Médiuns falantes ou de psicofonia:

         Esses médiuns recebem comunicações dos Espíritos através da fala. O médium falante pode não ter consciência do que diz, exprimindo idéia totalmente contrárias aos seus conhecimentos e vontades. Uns guardam lembranças do que transmitem, outros não.

         Há médiuns que não são totalmente passíveis á comunicação. Recebem por intuição as idéias do Espírito, expondo com suas próprias palavras o que ele quer dizer.

          Médiuns videntes:

          São os médiuns capazes de ver o mundo espiritual. Uns possuem uma faculdade em estado normal, estando perfeitamente acordados. Outros, têm-na em estado sonambúlico ou próximo do sonambulismo.

          Os médiuns videntes não vêem com os olhos da carne, mas sim com os da alma. Por isso, independe estarem de olhos abertos ou fechados para enxergarem os desencarnados.

          Além disso, é preciso separar a vidência das aparições acidentais e espontâneas. A vidência, embora varie de intensidade, consiste na possibilidade freqüente de se ver os Espíritos. Os videntes naturais, geralmente são limitados quanto à interpretação das visões espirituais.

          Já as aparições podem acontecer para qualquer um, mesmo que não seja vidente. Elas são freqüentes na hora de desencarne de pessoas queridas que, como numa prova da vida espiritual, aparecem para mostrar que não morreram. As aparições também englobam as visões durante o sono.

          Médiuns sonambúlicos ou sonâmbulos:

          O sonâmbulo age sob a influência do seu próprio Espírito, quando em estado de desdobramento. É ele mesmo que, desprendendo-se do seu corpo, conversa com os desencarnados, vê, ouve e percebe o mundo espiritual e material sem as limitações dos sentidos corpóreos. Podemos dizer que conhece por antecipação como é a vida dos Espíritos.

          Este tipo de médium pode nos transmitir tudo o que lhe acontece no momento do seu transe mediúnico, inclusive os conselhos que recebe do plano espiritual. Também são conhecidos como sonâmbulos os médiuns psicofonicos que perdem a consciência durante as comunicações.

           Médiuns curadores:

           São os que tem o poder de curar ou de aliviar os males pela imposição das mãos ou pela prece. A fé, aliada ao magnetismo do médium e o auxilio dos Espíritos superiores, realiza os fenômenos de curas. Por produzirem efeitos materiais, os curadores também podem ser classificados como médiuns de “efeitos físicos”.

           Médiuns psicógrafos ou escreventes:

           São aqueles que transmitem a comunicação dos espíritos através da escrita. Estes médiuns são muito comuns. Dividem-se em: mecânicos, semimecânicos e intuitivos.

           Os mecânicos não têm consciência do que escrevem. A influência do pensamento do médium na comunicação é pouca. A idéia do Espírito se expressa com maior clareza, pois há grande domínio dele sobre a faculdade mediúnica.

           Já nos semimecânicos a comunicação sofre uma influência um pouco maior do pensamento do médium. A dominação sobre ele não é tão profunda. São em maioria sobre os psicógrafos.

           Os intuitivos são os que recebem a idéia do comunicante e a interpretam de acordo com seu conhecimento pessoal.

            Há outras variedades de médiuns que serão estudadas futuramente em “o Livro dos Médiuns”, no capítulo que trata de sua classificação; no curso de Médiuns.(1º)

CONSEQUENCIAS MORAIS:

            A prática da mediunidade no Espiritismo não tem como meta somente a produção de fenômenos físicos destinados a despertarem os incrédulos ou curar suas enfermidades carnais. Essas atividades servem para alertar o ser humano de que ele é algo mais que um corpo material e que precisa despertar para o real sentido da vida. Da prática mediúnica, acima de tudo, devemos tirar uma conseqüência de ordem moral.
Frente a este mundo repleto de interesses inferiores, o homem busca sua felicidade afogando-se na matéria.

             Perde-se em paixões mesquinhas e mundanas, não se atentando para o nobre ideal da vida que é o progresso do Espírito como criatura imortal. A mediunidade apresenta às pessoas novos conceitos e horizontes mais amplos a respeito da existência. Esclarece que ao morrermos, vivemos; que encarnaremos em outras ocasiões, ora numa condição social, ora noutra; que os princípios morais de Jesus Cristo, fazem nascer no home o sonhado Reino de Deus.

            O contato com os “ mortos “ mostra-nos que colhemos o que plantamos. que uma vida egoísta e orgulhosa só conduz ao sofrimento, ao passo que uma conduta pautada no evangelho nos encaminhará para a verdadeira felicidade.

          “ A mediunidade é ensejo de serviço e aprimoramento, resgate e solução.”
                                                                                       Emmanuel.

                                       “Para quem sabe ver não existe mistério”
                                                                                       Benedito Cardoso

                                       “ O Homem não inventa, só descobre.”
                                                                                       Araujo Porto Alegre


EXERCÍCIOS:
           1º. A mediunidade é exclusividade do espiritismo? Por quê?
           2º. Porque o espiritismo utiliza a mediunidade?
           3º. Como chamamos as pessoas que utilizam a mediunidade?
           4º. O grau de mediunidade é igual para todas as pessoas? Por quê?
           5º. O que é a mediunidade?
           6º. Como podemos classificar as manifestações mediúnicas?
           7º. Quais os tipos de mediunidade?
           8º. Qual a mediunidade mais importante? Por quê?

BIBLIOGRAFIA:

          1º. AUTORES: Diversos: LIVRO- Espiritismo Para Iniciantes- Cap. V. Pág. 45 à 51 -
3º Edição 1993- FACE - Grupo Espírita Bezerra de Menezes São José do Rio
Preto SP.

          2º. AUTOR: Eliseu Rigonatti - O Espiritismo aplicado- Pág. 54 e 55- Editora
Pensamento- São Paulo- SP.


                                                                    RHEDAM. (rhedam@gmail.com)






           Podemos dividir a mediunidade em duas grandes categorias: mediunidade de efeitos físicos e de efeitos inteligentes. Cada uma delas tem uma finalidade específica, frente à humanidade.
 

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