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segunda-feira, 11 de julho de 2011

- OS TRÊS CRIVOS.

           
                                      Os Três Crivos.

            Certa feita, um homem esbaforido achegou-se a Sócrates e sussurrou-lhe aos ouvidos:

             - Escuta, na condição de teu amigo, tenho coisa muito grave para dizer-te, em particular...

             - Espera! Ajuntou o sábio prudente. Já passaste o que vais me dizer pelos três crivos?

             - Três crivos? - perguntou o visitante, espantado.

             - Sim, meu amigo, três crivos. Observemos se tua confidência passou por eles. O primeiro pé o crivo da verdade. Guardas absoluta certeza, quanto àquilo que pretendes comunicar?

             - Bem ponderou o interlocutor, - assegurar mesmo, não posso... Mas ouvi dizer e... Então...

             - Exato. Decerto peneiraste o assunto pelo segundo crivo, o da bondade. Ainda que não seja real o que julga saber, será pelo menos bom o que queres contar?

             Hesitando, o homem replicou:

             - Isso não... Muito pelo contrário...

             - Ah! - tornou o sábio - então recorramos o terceiro crivo, o da utilidade, e notemos o proveito do que tanto te aflige.

             - Útil?!?!... - aduziu o visitante ainda agitado - Útil não é...

             - Bem - rematou o filósofo num sorriso, - se o que tens a confiar não é verdadeiro, nem bom e nem útil, esqueçamos o problema e não te preocupes com ele, já que nada valem casos sem edificação para nós!...

              Ai está, meu amigo, a lição de Sócrates, em questão de maledicência.

                                                                                       Irmão: X. (Chico Xavier).


                                                           RHEDAM.(rhedam@gmail.com)


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