ENERGIA MEDIÚNICA.
A mediunidade,
em alta função evangélica, faz circular, em torno do medianeiro, uma energia
divina, capaz de remover de qualquer pessoa muitas doenças e problemas vários,
servindo como lição e despertar em quem recebe o calor da verdade, que sempre
liberta.
A energia mediúnica, quando nascida de
um coração bem formado no bem comum, computa outras forças similares e se
transforma em magnetismo superior nas mãos dos benfeitores invisíveis, cuja
disposição de servir faz com que muitos necessitados recebam o conforto e a
paz, predispondo as criaturas à esperança e ao trabalho, avivando, igualmente,
o interesse para os segredos da natureza.
Não estamos
colocando o médium como anjo, nem qualificando-o de santo. O médium instruído e
educado é apenas um homem que entendeu o chamado da vida para a sua própria
felicidade. Ele é um devedor comum, com possibilidades de ressarcir suas velhas
dívidas na casa bancária da consciência. A energia mediúnica flui das suas
mãos, da mente e da boca, como fonte de vida e, dependendo da vida que leva,
com um potencial inesgotável, quando o amor domina o seu coração.
Querer ser
médium é o desejo ardente de mui-tos. No entanto, passar pelos caminhos que
devem ser trilhados por um instrumento sensível ao bem, poucos suportam. Há
muitas flores na roseira, mas os espinhos são incontáveis. O descortino da
energia mediúnica, com Jesus, transcende a vasta literatura já escrita e ainda
o que se possa escrever, por muito tempo. Comandada por mente adestrada, a
mediunidade assegura o bem-estar em todas as suas modalidades e sustenta a
esperança em todos aqueles que conhecem e confiam no seu mecanismo. É nesse
empenho que trabalhamos, sem esmorecer, no preparo dos médiuns de boa vontade,
para que o amor se estenda por toda parte, levando a confiança e a certeza de
que a vida continua, consolando os que sofrem e choram, no ambiente da dúvida.
Médium nenhum
está livre do guante da dor, nem dos arrochos dos problemas. Essas duas forças
fazem com que eles caminhem para o verdadeiro sentido das suas missões, no
ministério da vida. Eis aí a razão das sucessivas devassas na vida dos médiuns
em evidência, nunca em busca da verdade, mas sempre à procura da mentira. Como
os iguais sempre se atraem, por lei, aqueles que realizam tais devassas começam
a identificar fatos, quase sempre distorcendo-os, colocando o medianeiro, mesmo
o mais vigilante, como embusteiro.
O intermediário
dos Espíritos, comprovado por muitos anos nas lides do amor, que não vende nem
compra, que não fere nem altera a lei da caridade, é um verdadeiro laboratório
onde transmutam todos os tipos de fluidos em luz benfeitora, enaltecendo a vida
e estimulando corações para uma conduta reta, em todos os aspectos. O médium
curador não precisa, em todas as horas em que se dedica às suas faculdades,
receber os Espíritos amigos que o auxi Iiam nesse trabalho de luz. A sua
presença já configura a presença deles, trabalhando nos dois planos,
objetivando um só ideal: a harmonia de todas as criaturas. A doutrina dos
Espíritos surgiu na face da Terra para disciplinar a mediunidade e, na
seqüência, prover uma educação nos moldes dos preceitos de Jesus. Quem não se
sujeita às modificações
necessárias,
pode não se dar bem com a Lei, estabelecida pelo Criador em todas as linhas da
Sua Criação. Cada pessoa pode ser uma fonte de magnetismo animal, de amor ou de
discórdia. Quando procura e entende as leis naturais, serve sempre para ajudar,
servindo de instrumento onde haja necessidade. Mas, se ignora o bem que pode
fazer, cria embaraços para os seus próprios pés. O médium com os dons
aflorados, como um terapeuta divino, sentir-se-á dotado de mil meios, providos
pela espiritualidade, para a cura mais eficiente das criaturas enfermas.
Quando um grupo
de criaturas afins se reúnem, com os sentimentos puros, no afã de ajudar, o
ambiente torna-se qualificado e, havendo um médium curador nesse meio, ele se
sentirá fortificado pela fé, que é manifestada em conjunto. A energia mediúnica
desprende-se do médium, busca as forças compatíveis nos companheiros e se
agiganta para restabelecer os enfermos e equilibrar os pensamentos dos
sofredores. Se algum irmão manifestar desconfiança no mediador, ele estorvará
as energias sublimadas em ação e isolará a força curativa e a disposição dos
auxiliares invisíveis. A pessoa que não tem sintonia com o grupo, no trabalho
da caridade, deve se afastar, para não atrapalhar.
Costumamos falar
que o médium, no serviço da fraternidade, quando está rodeado de companheiros
que com ele não simpatizam, apaga a luz que surge dos seus sentimentos, já que
não existem, no ambiente, combustíveis para a propagação luminosa. É este
assunto e muitos outros, de capital importância, que sempre pedimos a todos
para estudar com mais profundidade, na vasta literatura espiritualista, porque,
se cada um compreender a mecânica das leis, a harmonia se fará mais fácil e a
felicidade mais duradoura.
Limpemo-nos,
pois, do ciúme, e apaguemos os melindres do orgulho e da vaidade, se quisermos
nos tornar livres, alcançando um estado de consciência tranqüila. A mediunidade
é um dom que não altera nem apaga os outros sentidos físicos, mas é uma força
poderosa para a educação de todas as nossas qualidades, porque reúne meios para
nos fazer compreender e sentir o melhor para a nossa felicidade.
Todos conhecemos
o bem e o mal, e sabemos o que devemos escolher mas, para isso, nos faltam
desprendimento e método, que podem nos levar à consciência do equilíbrio e a
compreender o tipo de vida que nos cabe viver bem.
Médium,
lembra-te da energia mediúnica que se encontra à tua disposição, e usa-a com
critério. Ela é virgem e, sem as bênçãos da razão, obedece cegamente aos teus
sentimentos, tomando o caráter das tuas idéias. São sementes vivas e
nascedouras, que sempre voltam para as mãos de quem plantou. Confere o que
dizemos e faze o que a consciência em Cristo te inspirar. Que Deus te abençoe.
Livro: “SEGURANÇA MEDIÚNICA”, - MIRAMEZ., - Psicografado
por João Nunes Maia, - 12 ª edição, - Editora Fonte Viva, - BELO HORIZONTE, MG,
- 1998..
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